Os familiares e as suas funções na Empresa Familiar;

Reflexões sobre Empresas Familiares
Os familiares e as suas funções na Empresa Familiar
Quando se pensa numa empresa familiar associa-se de imediato a ideia de membros da família a trabalharem na mesma. Para além de ser natural, esta particularidade é mesmo uma das condições para a organização se enquadrar na definição de empresa familiar assumida pela Comissão Europeia.
Os participantes no estudo da Atrevia (Os valores e a comunicação na empresa familiar) identificaram as principais funções que os membros da família empresária assumiam nas suas empresas, tendo-se observado as seguintes particularidades:
  • 79% estavam na Administração,
  • 69% e 58% assumiam funções de Direção-Geral ou Administrador, respetivamente,
  • 44% exerciam cargos de Direção (linha abaixo do órgão de gestão de topo).
Se é assumido com naturalidade que a gestão da empresa seja assegurada ou inclui representantes da família, também é uma realidade, em especial no panorama empresarial português, encontrar outros familiares em muitas outras funções, sejam elas técnicas ou mais ou menos indiferenciadas.
O que é importante é que cada um percecione que deve, ou tem mesmo, de ser um bom profissional e executar as tarefas que lhes estão atribuídas - sejam elas quais forem - e que a sua condição, de pertencer à família que controla a empresa, ainda lhe acrescenta mais responsabilidades, pois espera-se que seja uma referência exemplar e positiva para os colegas.

A história da SERSAN remonta a 1975, quando nasceu como uma empresa em nome individual que viria a transformar-se, em 1986, na sociedade por quotas SERSAN - Serralharia Santos, Lda. Como a designação indicia, os irmãos Santos começaram por se dedicar à serralharia civil, contudo, estando inserida numa região onde, já nessa altura, imperava o setor corticeiro, começaram a efetuar reparações a máquinas dessa indústria. Com a natural expansão dos negócios entraram também na produção de máquinas simples: perfuradoras, rabaneadeiras e topejadeiras. Atualmente, para além de desenvolver e produzir equipamentos para a indústria corticeira, a SERSAN concebe e implementa soluções integradas que correspondem às necessidades de qualquer cliente deste setor.
Mais de quarenta anos depois, a empresa familiar carateriza-se por um grande envolvimento de familiares na empresa:
  • Os 5 irmãos continuam sócios e assumem funções de direção, operacionais e de apoio,  
  • Quatro membros da 2ª geração exercem funções que vão desde a gerência a funções técnicas ou operativas nas áreas administrativa e financeira, qualidade, comercial, produção,
  • Existem também cônjuges da 2ª geração a trabalhar na empresa.
A fiabilidade dos equipamentos e nível de serviço, associados à melhoria contínua e inovação, têm assegurado a evolução competitiva da empresa e sua sustentabilidade, como o comprova o estatuto de PME Empresa Excelência / Líder atribuído desde 2010.

 
Temas para reflexão:
  • Que funções desejamos ver asseguradas pelos membros da família empresária?
  • O que podemos fazer para os preparar adequadamente para o exercício dessas incumbências?
  • Como vamos gerir a situação de ter diferentes familiares na empresa a exercerem variadas funções?

António Nogueira da Costa
Especialista em Empresas Familiares
antonio.costa@efconsulting.pt
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http://www.facebook.com/ajncosta
 

Especialistas na consultoria a Empresas Familiares
e elaboração de Protocolos Familiares
Porto   http://www.efconsulting.pt
 
 
 

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