Concurso MAISTec converte ideias em negócios viáveis;

Financiamento é assegurado pelo Portugal 2020
Concurso MAISTec converte ideias em negócios viáveis
O presidente da Câmara de S. João da Madeira, Jorge Sequeira, abriu a apresentação do MAISTec.
O Projeto MaisTec visa aumentar a produtividade da região Norte através da transferência de conhecimento científico e tecnológico das entidades e daí para as empresas – afirmou Jorge Sequeira. O presidente da Câmara de S. João da Madeira abriu a apresentação do MAISTec, que decorreu nas instalações da Sanjotec.

A sessão de lançamento do MAISTec decorreu na Sanjotec.


Este concurso começou a ser preparado em janeiro e tem financiamento do Portugal 2020. O consórcio envolve a Sanjotec, enquanto coordenador e parque de ciência e tecnologia que também cumpre a sua missão e é um exemplo nacional e internacional de como se faz incubação de negócios e se promove uma dinâmica empresarial robusta na região. O ISQ participa como entidade tecnológica nacional, em cooperação com a Universidade de Aveiro e a Tecminho, como associação de interface entre a Universidade do Minho e o mundo empresarial.
O projeto pretende desbloquear algumas falhas de mercado que existem também para adoção da inovação nas empresas. Verifica-se que a nível nacional ainda existe falta de investimento privado em iniciativas de investigação e desenvolvimento.
 
Inovação confronta empresas
com mais desafios e oportunidades

 
A sessão de lançamento do MAISTec incluiu um painel de discussão onde participaram Eduardo Soares, da Amorim Cork Composites, Gerson Ferreira, da Simoldes Plásticos, Andreia Costa, da OLI – Sistemas Sanitários, e David Macário, da Heliotêxtil.
No caso da Simoldes, Gerson Ferreira apresentou o trabalho realizado nos dois últimos anos ao nível dos revestimentos no setor automóvel. “ A unidade de reinvestimentos é uma unidade produtiva que resulta de um investimento de cerca de nove milhões de euros em alterações de infraestruturas e aquisição de equipamentos. Atualmente, reveste as peças de injeção com materiais mais novos, como são o pvc, o têxtil, a alcântara.
Segundo referiu, todos os dias estamos em contacto comm veículos com peças plásticas, como painéis de porta.
O trabalho realizado envolve os processos de colagem, revestindo essencialmente três grandes peças, que são o grupo das cinturas superiores, o apoio de braços e o medalhão. “Temos também algumas peças que são os pilares, pilares do cinto e pilar do pára-brisas” – acrescentou.
 
Inovar em indústrias tradicionais
 
No caso da Heliotêxtil, o projeto de inovação começou a ser implementado há cerca de quatro anos.
A Heliotêxtil é uma PME de São João da Madeira, com cerca de 100 trabalhadores, tendo sido fundada em 1964. Está dividida em dois complexos industriais e especializou-se-se ao longo de 50 anos de atividade na produção de acessórios têxteis. “Fazemos as transferências têxteis basicamente sobre tudo o que são números e desenhos que nós vemos nas t-shirts, nos equipamentos de futebol” – afirmou  David  Macário.
Todos os números incluídos nos equipamentos de futebol da Primeira Liga são produzidos na Heliotêxtil. A empresa faz também etiquetas, etiquetas impressas, etiquetas têxteis, fitas, utilizadas por uma série de setores, entre eles o calçado. Tem também uma vertente de produtos promocionais, como pulseiras, fitas de pescoço. Uma das vertentes da inovação surge com a transformação do produto base que são as novas fitas personalizadas com utilização crescente em eventos musicais e desportivos. Por exemplo, no NOS Primavera Sound, as pulseiras dos participantes incluíram um dispositivo eletrónico que os identificava e permitia pagar as compras efetuadas no recinto do evento.

Transferir conhecimento para as empresas
 
O projeto MAISTec visa aumentar a competitividade da Região Norte (Entre Douro e Vouga), nomeadamente do tecido empresarial, através da transferência de conhecimentos científicos e tecnológicos do sistema de I&I, investigação e inovação.
Esta iniciativa aposta na qualificação da comunidade empresarial local e regional por via da tecnologia.
O objectivo é privilegiar a especialização presente na região, como é o caso de tecnologias de produção, polímeros, compósitos e materiais avançados, moldes, materiais, energia, fomentando a fabricação/ manufatura digital e aditiva, fabricação por filamento e design de produto.
Com este projeto irá incentivar-se o aumento do investimento das empresas em I&I e promover a cooperação com as instituições de investigação.
O projeto é composto por um consórcio, cujo líder é a Sanjotec, e do qual fazem parte o ISQ, o TecMinho  e a Universidade de Aveiro.

 

HÉLDER SANTOS/TERESA SARAIVA agenda@vidaeconomica.pt, 21/06/2018
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