Volvo cresce em contraciclo ao mercado;

Depois de um primeiro semestre “felizmente ainda melhor” do que o mesmo período do ano passado, a mesma fonte prevê um resto de 2019 positivo. “Trabalhamos para continuar a crescer face ao ano passado, se tal acontecer estabeleceremos mais um recorde nacional de vendas”, prevê Aira de Mello.

As variantes híbridas têm sido um dos motores do crescimento da Volvo Car Portugal. “Toda a gama tem evidenciado uma procura muito positiva, destacamos a performance do novo Volvo XC40 e dos modelos XC60 e V60. De referir o grande aumento de procura das nossas versões híbridas”, salienta a nossa fonte.

Quanto ao recente S60, a diretora de marketing e comunicação da Volvo Car Portugal salienta que o modelo “não é de grande volume em Portugal”, mas realça que é, “sem dúvida, um elemento de enorme importância para as vendas globais da marca e o primeiro [modelo] produzido na nova fábrica da Volvo dos Estados Unidos”. 

Quanto à da rede de retalho da Volvo em Portugal, esta está, de acordo com a entrevista, madura, mas ainda assim preveem-se ajustes para os meses mais próximos. “A rede está equilibrada, mas será inaugurado um novo ponto de vendas em Vila do Conde no segundo semestre do ano”, indica Aira de Mello.

 

 

O previsível alargamento, nas frotas empresariais, de dedutibilidades do litro gasóleo a alguns veículos movidos a gasolina pode ser um “acelerador” nesse segmento, de acordo com a nossa fonte. “Claro, todas as medidas de apoio às empresas terão um efeito benéfico nas vendas desse canal. Tirando as frotas comerciais (onde não temos produto), existem imensas viaturas vendidas a frotas (quadros médios e superiores) que poderiam ser versões a gasolina se os apoios fossem outros”, refere.

Por outro lado, esse alargamento, a confirmar-se, se for apenas para híbridos plug-in, como alguns governantes já aventaram em declarações públicos, isso é considerado redutor por alguns operadores, pelo menos nesta fase do desenvolvimento tecnológico do setor. No caso da marca premium sueca, porém, isso não será um problema. “Para a Volvo, neste momento, seria benéfico, pois os nossos híbridos plug-in são, exatamente, a gasolina”, indica a diretora de marketing e comunicação da Volvo Car Portugal. 

A Associação dos Construtores Europeus de Automóveis reviu, há poucas semanas, em baixa as previsões para 2019 e antecipa agora uma quebra de 1%. O mercado português também vem abrandado e os analistas consideram que terá havido uma inversão de ciclo em Portugal e na Europa. Aira de Mello prefere, porém, esperar para ver. “Existe uma ligeira quebra do mercado em relação a 2018, é no entanto cedo para antecipar cenários ou tirar conclusões”, salienta a nossa fonte.

Portugal ainda sem elétrica Polestar    A Polestar, marca de automóveis elétricos que o construtor sueco propriedade da chinesa Geely está a lançar não vai entrar, em Portugal na primeira fase de comercialização. Os mercados iniciais incluem China, Estados Unidos, Bélgica, Alemanha, Holanda, Noruega, Suécia, e o Reino Unido.  O grupo Volvo indica que “estão a ser estudados novos mercados para expansão futura”, mas não há indicações quais serão esses novos destinos e se o nosso país será um desses. “Para já, apenas podemos adiantar que Portugal não está incluído nos mercados piloto onde será lançada esta marca de performance elétrica”, indica-nos ”, a diretora de marketing e comunicação da Volvo Car Portugal, Aira de Mello.