Uma empresa regional que leva a Madeira ao mundo;

WalkMe Mobile Solutions
Uma empresa regional que leva a Madeira ao mundo
Uma equipa de jovens estudantes da Universidade da Madeira juntaram a paixão pelas caminhadas e Levadas  da Madeira às competências técnicas adquiridas na área da informática e criaram a WalkMe Mobile Solutions. “A ideia surgiu em 2012 quando estávamos na última disciplina do Mestrado de Engenharia Informática na Universidade da Madeira”, recorda Lígia Gonçalves, uma das fundadoras da empresa. 
 
Começaram por fazer um guia para os que querem descobrir as maravilhas da ilha, como as Levadas da Madeira, e avançaram para outras aplicações informáticas em áreas como, por exemplo, os jogos móveis. Já contam como mais de 22 milhões de utilizadores em todo o globo. Dado que exportam cerca de 90% do que produzem e que a maior parte das suas receitas é gerada no estrangeiro, o Centro Internacional de Negócios da Madeira tornou-se uma janela de oportunidade que agarraram. 
Depois de criada a aplicação WalkMe | Levadas Madeira, que é um guia para todos aqueles que querem descobrir as maravilhas naturais da Ilha da Madeira, passaram a desenvolver várias aplicações em áreas (como as notícias, utilitários, fitness) para experimentar diferentes mercados/áreas móveis e, em paralelo, desenvolveram aplicações à medida para empresas regionais e internacionais (Noruega). Tornaram-se a primeira empresa regional de desenvolvimento de aplicações móveis a 100%. Posteriormente, “o salto” foi dado para a jogos móveis, com jogos maioritariamente de Quiz e Palavras. 
A Walkme tem um mercado global com aplicações móveis disponíveis em todo o mundo e, com jogos em pelo menos 7 idiomas e utilizadores um pouco por todo o globo, com destaque os Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, Itália e França. O sucesso dos jogos fez-se notar e foram contratados para desenvolver um produto para uma academia de polícias de Espanha que, basicamente, é um jogo que prepara os candidatos nas provas teóricas para a admissão ao corpo nacional de polícias. O feedback tanto dos alunos como da instituição tem sido muito positivo.
A grande maioria dos utilizadores da WalkMe encontra-se fora de Portugal e, consequentemente, a maior parte das receitas da empresa chega também de fora. A entrada no CINM foi uma oportunidade que na altura surgiu. Segundo Lígia Gonçalves, “naturalmente que estar inseridos no CINM é importante pelos benefícios que obtemos, pelo facto das receitas serem internacionais. Podemos afirmar que exportamos cerca de 90% daquilo que produzimos. Literalmente, da Madeira para o Mundo.” A equipa de trabalho é jovem e são todos formados na Ilha da Madeira: quatro engenheiros informáticos (com mestrado) e um designer. 
Desafiada a dar mensagem aos jovens empreendedores Lígia Gonçalves não hesita e diz que “acima de tudo é preciso ser muito proativo, persistente e encarar os desafios de forma positiva. A concorrência está sempre lá e por isso temos que ter um fator diferenciador e tentar inovar cada vez mais. Estar um passo à frente e dar todos os dias o melhor de nós. Parar é morrer.”
Para a WalkeMe, o facto de residir na Madeira “não representou de todo um obstáculo mas antes um privilégio e uma oportunidade”. A tecnologia que temos hoje em dia permite viver e trabalhar ara clientes que estão espalhados pelo mundo inteiro. E só para consolidar esta afirmação, relembro que já chegámos a mais de 22 milhões de pessoas em todo o mundo, o que equivale a mais do dobro da população de Portugal e não saímos da Madeira. 
Quanto ao futuro, garante Lígia Gonçalves, continuarão a sair novos projetos, como é disso exemplo a versão completamente renovada da aplicação de caminhadas WalkMe e do respetivo website, cinco anos depois do seu lançamento inicial.  
 
Susana Almeida, 08/08/2019
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