Empresas têm margem para reduzir os custos operacionais;

De acordo com Sara Freitas, partner da Expense Reduction Analysts
Empresas têm margem para reduzir os custos operacionais
“A redução de custos incide em áreas não ‘core’ e a empresa é remunerada de acordo com os resultados obtidos”, explica Sara Freitas. 
“As empresas têm sempre margem para reduzir custos operacionais e assim originarem poupanças e ganhos que poderão viabilizar novos investimentos”, defende Sara Freitas, partner da Expense Reduction Analysts, empresa de redução de custos das rubricas que não são atividade “core” dos seus clientes. Isto porque é nessas áreas que têm menos experiência e em que colocam menos foco e recursos nas respetivas gestão e otimização. 
 
Vida Económica – Até que ponto é possível reduzir os custos das empresas nacionais?
Sara Freitas - Com base na experiência em projetos implementados em mais de 30 países e nos mais diversos setores de atividade, podemos apontar como referência uma redução média de 15% nestes custos, muitas vezes não identificados pelas organizações. Temos proporcionado a muitas empresas nacionais elevadas reduções de custos, que conduzem a um crescimento da liquidez, capital que assim podem canalizar para novos investimentos, mais funcionários, para aumentar a competitividade e inovação ou a optimização de lucros.
 
VE- Pela vossa experiência, em que áreas acontecem os maiores “desperdícios”?
SF - De acordo com a nossa experiência, ainda que possa haver algumas flutuações de indústria para indústria, há sete áreas onde existe, habitualmente, maior oportunidade de ganhos (em percentagem e em valor absoluto), que  são a logística, packaging (englobando embalagens e consumíveis industriais), energia, limpeza, seguros, deslocações e estadias.
 
VE - Há soluções concretas para reduzir os custos operacionais?
SF - As soluções que apresentamos a cada cliente para redução dos custos operacionais são sempre muito concretas, mas não há soluções standard aplicáveis a qualquer organização. As propostas que apresentamos resultam de um estudo e análise prévios e detalhados da realidade de cada cliente. Apenas após validação desse diagnóstico com o cliente avançamos para o desenho concreto da proposta de solução que se ajusta à sua realidade e necessidades. A fase mais avançada, de implementação, avança somente após validação do cliente. 
 
VE - Qual a realidade do mercado em que operam?
SF - A Expense Reduction Analysts trabalha com organizações de média e grande dimensão que, tipicamente, têm volumes negócio anuais superiores a 10 milhões de euros. Ainda que sejam estruturas altamente profissionalizadas, a nossa experiência diz-nos que têm também sempre grandes oportunidades de poupança, por via da otimização de custos. Temos projetos implementados, quer na área industrial, quer de serviços em empresas de referência e líderes no seu setor de atividade. A título de exemplo, este ano, desenvolvemos projetos com clientes nos sectores de produção alimentar, bebidas, energia, hotelaria, cerâmica, mobiliário, hospitalar, loiças e grande distribuição. De notar que trabalhamos com o enquadramento global legal existente e não sentimos que represente uma limitação.
 
VE - A concorrência existe e como opera, em termos práticos, a vossa empresa?
SF - Não temos concorrência direta que atue com o mesmo modelo de negócio. Desenvolvemos uma metodologia de trabalho única que assegura ao cliente que, caso não sejam encontradas poupanças, não são cobrados honorários. A Expense Reduction Analysts tem total confiança num modelo operacional próprio assente em quatro fases (análise, pesquisa/avaliação de opções, seleção/decisão e implementação e monitorização/acompanhamento por 24 meses), cujo objetivo é trazer benefícios duradouros aos nossos clientes, potenciando a poupança e, por essa via, o lucro. A nossa proposta de valor assenta em avaliar a oportunidades de redução de custo, garantindo manutenção ou melhoria de serviço, num modelo de “success fee” (remuneração por resultados) e suportados em especialistas por categoria de compra. A nossa grande diferenciação é implementarmos todos os projetos e  garantirmos acompanhamento durante 24 meses, certificando que tudo corre como planeado e que qualidade e nível de serviço melhoram ou se mantêm.
Guilherme Osswald guilherme@vidaeconomica.pt, 10/10/2019
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