Fiamma aposta no segmento doméstico de luxo;

Fiamma aposta no segmento doméstico de luxo
FERNANDA SILVA TEIXEIRA
fernandateixeira@vidaeconomica.pt
A Fiamma, fabricante portuguesa especializada em máquinas de café para o setor profissional e que exporta 70% da sua produção para 70 países, acaba de lançar um novo modelo vocacionado para o segmento doméstico de luxo.
 
Especializada em máquinas de café para o setor profissional, a Fiamma aposta agora no setor doméstico com o modelo Vela, uma máquina de café profissional ideal para ter em casa ou no escritório, permitindo que o consumidor possa ser “um barista” e tirar o melhor de cada café.
A Fiamma regista um crescimento contínuo e exponencial, contando hoje com uma distribuição global direcionada para mais de 70 países. Assumindo que os mercados externos são “uma parte vital na atividade da empresa”, Pedro Serra salienta que a marca exporta “quase 70%” da sua produção. “A União Europeia continua a absorver um terço das nossas vendas e nos últimos anos crescemos muito na Ásia e no Médio Oriente”, indica o CEO da Fiamma. 
Tendo superado a marca dos nove milhões de euros de volume de negócio em 2019, o grupo tinha previsto para este ano crescer novamente a dois dígitos. Contudo, devido à atual situação de pandemia “estas previsões deixaram de fazer sentido. Vamos agora olhar para 2021 com esperança e a convicção de que 2020 foi apenas um percalço”, frisa o responsável. Para que isso aconteça, os objetivos da marca passam por consolidar a sua presença nos mercados onde opera, mas sobretudo ter “uma estratégia de consolidação da imagem que cultivámos durante mais de 40 anos, repercutindo na marca Fiamma todo o valor acrescentado que o produto em si já incorpora”. 
Contudo, ressalva Pedro Serra, estas perspetivas dependem da evolução da economia nacional. “Sendo o setor do turismo tão relevante no contexto económico nacional, é facilmente percetível que o canal Horeca o persegue de perto. Nesse sentido, o aparecimento de novos alojamentos, restaurantes e cafés é proporcional ao fluxo de turistas que chegam ao país, com uma importância de 71,6% no setor e, consequentemente, de 6,3% do Produto Interno Bruto (PIB)”. 
 
Muitas empresas vão desaparecer 
 
João Costa, diretor de Marketing da Fiamma, alerta ainda que “muitas empresas vão desaparecer do mercado e, por isso, vamos, com certeza, assistir a um momento de transformação do setor. Vamos todos precisar de tempo para recuperar o volume de negócio a que estávamos a habituar-nos, mas vamos com certeza aproveitar esta fase para redescobrir novas capacidades dentro de casa”.
Com várias marcas concorrentes, particularmente estrangeiras e olhando sobretudo para a perspetiva internacional da Fiamma, o grande fator de diferenciação entre esta e outras marcas está no facto de ser muito flexível. “Os clientes Fiamma gostam de poder intervir sobre o desenvolvimento do produto e o facto de sermos muito recetivos a essa intervençã, faz com que consigamos ter uma relação muito estreita com todos”, remata João Costa. 
 
FERNANDA SILVA TEIXEIRA fernandateixeira@vidaeconomica.pt, 02/07/2020
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