Microempresas representam 84% das insolvências
A maioria das empresas envolvidas em processo de insolvência são microempresas que empregam até 10 pessoas – revelam os dados da Iberinform/Crédito y Caución.
O número de insolvências teve um crescimento elevado em 2016 e continua a crescer em 2017. O número de insolvências declaradas crescem 49% no primeiro trimestre de 2017, de acordo com os dados da Iberinform/Crédito y Caución.
O número de insolvências teve um crescimento elevado em 2016 e continua a crescer em 2017. O número de insolvências declaradas crescem 49% no primeiro trimestre de 2017, de acordo com os dados da Iberinform/Crédito y Caución.
Apesar do aumento do número de insolvências declaradas, há uma diminuição das empresas que se apresentam à insolvência (-11%) e das empresas que são alvo de requerimento de insolvência (-8%).
Na extinção das empresas, a forma com mais expressão é a dissolução que em 2016 determinou o fim de 42858 empresas, atingindo o nível mais elevado dos últimos anos.
De acordo com os números da Iberinform/Crédito Y Caución, cerca de 83% das empresas em insolvência são microempresas e empregam até 10 trabalhadores. Do total de processos de insolvência registados no primeiro trimestre de 2017, há 1502 empresas que empregam até 5 pessoas, representando 71% do total. As empresas com entre 5 e 10 trabalhadores são 277, o que significa 13% das insolvências. As PME representam apenas 16% e correspondem às empresas que empregam entre 10 e 250 pessoas. Neste período não há registo de insolvências em empresas acima de 250 pessoas, ao contrário do que aconteceu em 2016.
A análise do volume de negócios das empresas confirma a dimensão reduzida da maioria das empresas em insolvência. Do total de 6700 empresas apurado pela Iberinform, 5101 empresas, ou seja, 76%, têm uma faturação anual inferior a 250 mil euros. E apenas 7 empresas que entraram em insolvência no ano passado apresentavam um volume de vendas superior a 25 milhões de euros.
Enquadramento é desfavorável às microempresas
O peso elevado das microempresas nos processos de insolvência contrasta com a falta de um enquadramento específico para os operadores de reduzida dimensão. Pelo contrário, as microempresas enfrentam uma dificuldade acrescida em lidar com as normas aplicáveis no plano fiscal, laboral e contabilístico.
As microempresas têm um endividamento médio inferior às médias e grandes empresas, mas apresentam maiores fragilidades de gestão e enfrentam mais obstáculos no acesso ao financiamento bancário.
Menos empresas criadas
O número de empresas constituídas teve uma quebra de 2% em 2016, com o nascimento de 37150 novas sociedades. No primeiro trimestre de 2017 a evolução foi mais favorável, com 12062 empresas criadas, que representam um crescimento de 9% face ao período homólogo do ano anterior.
De acordo com os dados da Iberinform, o capital envolvido é geralmente baixo. Mais de 10 mil empresas, ou seja, cerca de 84%, tem um capital social até J5000.
Do total de sociedades constituídas, cerca de metade tem o estatuto de sociedade unipessoal. De facto, não são verdadeiras sociedades e estão mais próximo da figura do empresário em nome individual, o que acentua a dimensão reduzida dos projetos e a natureza individual.
De acordo com uma fonte da Iberinform, um número elevado de novas sociedades extingue-se pouco tempo após a constituição e não consegue sequer ultrapassar os obstáculos do início da atividade.
Tal como acontece em relação às insolvências, o enquadramento legal é desfavorável ao arranque e sobrevivência de novos projetos empresariais.
Mas a elevada taxa de mortalidade das novas empresas verifica-se na maioria dos países da União Europeia.
De acordo com um relatório da Coface, em França são constituídas anualmente mais de 330 mil novas sociedades, mas cerca de 30% desaparecem nos primeiros três anos de atividade.