“Crescimento só é sustentável por via do reforço da inovação e da modernização das empresas”
Nos últimos cinco anos, as exportações e importações de bens e serviços registaram taxas de crescimento médias anuais de 4,2 e 2,8%, respetivamente, sendo que, em 2016, as exportações verificaram um aumento de 2% face ao ano anterior. Só a indústria metalomecânica e metalúrgica portuguesa exportou mais de 14 mil milhões de euros em 2016. Para o secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos, não há dúvidas: “exportar é o caminho mais imediato” para a economia portuguesa crescer. No entanto, diz, “este crescimento só é sustentável por via do reforço da inovação e da modernização das empresas”.
Vida Económica - A que se deve esta capacidade exportadora da indústria metalomecânica e metalúrgica nacional?
João Vasconcelos - A produção industrial encontra-se a crescer e o mercado interno não absorve toda a produção, pelo que as empresas têm como destino o mercado externo. Os empresários do setor têm feito um esforço de modernização e de inovação dos seus processos industriais, bem como uma melhoria constante da qualificação dos seus colaboradores, de forma a ganhar competitividade e afirmarem-se melhor no mercado internacional.
VE – E exportar é o caminho certo para a economia portuguesa crescer?
JV - É o caminho mais imediato. Vivemos numa economia global com poucos recursos endógenos. A internacionalização das nossas empresas e as exportações têm crescido de forma apreciável e, a prazo, este crescimento só é sustentável por via do reforço da inovação e da modernização das empresas, nomeadamente com a aplicação das tecnologias da indústria 4.0.
VE – Mas como conseguir que haja mais empresas a exportar em todos os setores de atividade? Que passos é preciso dar?
JV - É necessário atuar em várias frentes: na capacitação dos recursos humanos, na cooperação tecnológica, na criação da startup I4.0, no apoio ao investimento, na internacionalização e na adaptação legal e normativa. Este processo está já em curso com a mobilização de medidas do Portugal 2020 para a consciencialização, adoção e massificação de tecnologias associadas ao conceito de Indústria 4.0. e também com a implementação do Programa de Competências Digitais ou com o lançamento de cursos técnicos i4.0, através da revisão da carteira de cursos profissionais técnicos, com a promoção de ‘learning factories’, através da promoção e apoio na criação de infraestruturas físicas com equipamento tecnológico que recriem ambientes empresariais i4.0, etc. Isto, para além de outras medidas relacionadas com a Startup Portugal.
VE - Quando abrem as candidaturas aos fundos europeus para apoiar as empresas neste processo de digitalização e robotização da indústria e da economia?
JV - Desde janeiro têm vindo a abrir candidaturas, sendo que a Indústria 4.0 é transversal para toda a indústria e podem ser consultados no site https://www.portugal2020.pt/Portal2020 onde consta informação sobre os processos.
VE - Qual é o montante financeiro total disponível e o ‘teto’, por assim dizer, por empresa e/ou por setor de atividade?
JV - Prevê-se um investimento de 2,26 milhões de euros do Portugal 2020, que, no total, se espera que mobilize a economia em cerca de 4,5 milhões de euros, já que nem todo o financiamento provém destes fundos. Estima-se que terão um impacto sobre mais de 50 mil empresas a operar em Portugal e, numa fase inicial, permitirão requalificar e formar em competências digitais mais de 20 mil trabalhadores.
João Vasconcelos - A produção industrial encontra-se a crescer e o mercado interno não absorve toda a produção, pelo que as empresas têm como destino o mercado externo. Os empresários do setor têm feito um esforço de modernização e de inovação dos seus processos industriais, bem como uma melhoria constante da qualificação dos seus colaboradores, de forma a ganhar competitividade e afirmarem-se melhor no mercado internacional.
VE – E exportar é o caminho certo para a economia portuguesa crescer?
JV - É o caminho mais imediato. Vivemos numa economia global com poucos recursos endógenos. A internacionalização das nossas empresas e as exportações têm crescido de forma apreciável e, a prazo, este crescimento só é sustentável por via do reforço da inovação e da modernização das empresas, nomeadamente com a aplicação das tecnologias da indústria 4.0.
VE – Mas como conseguir que haja mais empresas a exportar em todos os setores de atividade? Que passos é preciso dar?
JV - É necessário atuar em várias frentes: na capacitação dos recursos humanos, na cooperação tecnológica, na criação da startup I4.0, no apoio ao investimento, na internacionalização e na adaptação legal e normativa. Este processo está já em curso com a mobilização de medidas do Portugal 2020 para a consciencialização, adoção e massificação de tecnologias associadas ao conceito de Indústria 4.0. e também com a implementação do Programa de Competências Digitais ou com o lançamento de cursos técnicos i4.0, através da revisão da carteira de cursos profissionais técnicos, com a promoção de ‘learning factories’, através da promoção e apoio na criação de infraestruturas físicas com equipamento tecnológico que recriem ambientes empresariais i4.0, etc. Isto, para além de outras medidas relacionadas com a Startup Portugal.
VE - Quando abrem as candidaturas aos fundos europeus para apoiar as empresas neste processo de digitalização e robotização da indústria e da economia?
JV - Desde janeiro têm vindo a abrir candidaturas, sendo que a Indústria 4.0 é transversal para toda a indústria e podem ser consultados no site https://www.portugal2020.pt/Portal2020 onde consta informação sobre os processos.
VE - Qual é o montante financeiro total disponível e o ‘teto’, por assim dizer, por empresa e/ou por setor de atividade?
JV - Prevê-se um investimento de 2,26 milhões de euros do Portugal 2020, que, no total, se espera que mobilize a economia em cerca de 4,5 milhões de euros, já que nem todo o financiamento provém destes fundos. Estima-se que terão um impacto sobre mais de 50 mil empresas a operar em Portugal e, numa fase inicial, permitirão requalificar e formar em competências digitais mais de 20 mil trabalhadores.