OCDE melhora previsões do défice para Portugal
A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) está em linha com as previsões do Governo português no que toca ao défice. Espera que as administrações públicas encerrem o presente ano com um défice de 1,5% e o próximo com cerca de um ponto percentual. Apesar deste otimismo, a organização não deixa de avisar para a necessidade de garantir um crescimento sustentado.
A OCDE prevê um abrandamento do crescimento já no ano que vem, passando de 2,1%, no presente exercício, para 1,6% nessa altura. Defende a entidade que é necessário um crescimento mais forte para se conseguir a sustentabilidade orçamental. Para tal, é preciso apostar nas exportações, o que implica investir no aumento das competências dos trabalhadores. Afirma a este propósito: “As prioridades devem ser uma maior ênfase na educação vocacional, na melhoria da formação dos professores e nas educações pré-primária e primária.” As referidas exportações vão crescer 0,3%, no ano que vem, o que compara com 0,2%, no presente exercício.
As perspetivas são pois otimistas, mas nem por isso a OCDE deixa de lançar alguns alertas. Um dos problemas que se coloca prende-se com a procura interna, em especial devido ao elevado endividamento do setor privado. Em contrapartida, é possível que o investimento seja dinamizado, por via da recuperação no setor bancário. Neste caso, continua a colocar-se o acesso restrito ao financiamento. Muitas empresas estão endividadas ou a rentabilidade é reduzida. Assim, a organização aconselha que “são precisas medidas de política que encorajem a redução do stock de créditos malparados no balanço dos bancos”.
As notícias também são mais animadoras no que toca à dívida pública. Há a convicção que, ainda este ano, vai descer para 128,6% do PIB, voltando a cair em 2018, para 126,5%. Mas fica mais um alerta por parte da OCDE. É que a redução corre o risco de ser penalizada pela necessidade de um maior apoio público para o setor público ou por um aumento das taxas de juro. Relativamente ao eventual aumento do salário mínimo, adianta a a organização liderada por Angel Gurría: “Deve ser garantido que salários mínimos mais altos não têm como resultado um aumento do desemprego entre os pouco qualificados ou uma maior compressão para aqueles que ganham pouco mais do que o salário mínimo”.
As perspetivas são pois otimistas, mas nem por isso a OCDE deixa de lançar alguns alertas. Um dos problemas que se coloca prende-se com a procura interna, em especial devido ao elevado endividamento do setor privado. Em contrapartida, é possível que o investimento seja dinamizado, por via da recuperação no setor bancário. Neste caso, continua a colocar-se o acesso restrito ao financiamento. Muitas empresas estão endividadas ou a rentabilidade é reduzida. Assim, a organização aconselha que “são precisas medidas de política que encorajem a redução do stock de créditos malparados no balanço dos bancos”.
As notícias também são mais animadoras no que toca à dívida pública. Há a convicção que, ainda este ano, vai descer para 128,6% do PIB, voltando a cair em 2018, para 126,5%. Mas fica mais um alerta por parte da OCDE. É que a redução corre o risco de ser penalizada pela necessidade de um maior apoio público para o setor público ou por um aumento das taxas de juro. Relativamente ao eventual aumento do salário mínimo, adianta a a organização liderada por Angel Gurría: “Deve ser garantido que salários mínimos mais altos não têm como resultado um aumento do desemprego entre os pouco qualificados ou uma maior compressão para aqueles que ganham pouco mais do que o salário mínimo”.