Capital de Risco na Lusofonia: Angola
Celso Lourenço
Consultoria de Gestão
Adivinha-se um 2019, para a economia angolana em particular, bastante desafiante, que implicará que grande parte do empresariado nacional assuma uma nova postura perante a conjectura económica actual do País, que depende principalmente do petróleo como a maior fonte de receitas fiscais em moeda estrangeira. Contudo, a baixa do preço do precioso líquido e a desvalorização galopante da moeda nacional Kwanza, e com o difícil acesso ao financiamento por parte da banca local devido as altas taxas de juros, urge que se recorra ao acesso a novas fontes de capital que possam impulsionar os sectores prioritários da economia no âmbito do apoio à produção, na substituição das importações e na diversificação das exportações, fomentação da produção agrícola, pecuária, recursos aquáticos vivos, aquicultura sustentável, produção da indústria transformadora e desenvolvimento da modernização das actividades geológico-mineiras, de acordo com o novo Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022.
Neste âmbito, o capital de risco apresenta-se, à partida, como uma interessante fonte de capital a complementar ao crédito bancário, considerando a baixa taxa de fundos próprios de uma grande maioria das Pequenas e Médias Empresas (PME) angolanas.
O capital de risco é um tipo de capital privado que funciona como uma forma de financiamento disponibilizado por empresas especializadas a pequenas empresas emergentes em estágio inicial, consideradas como tendo alto potencial de crescimento ou que demonstraram alto crescimento. As empresas de capital de risco assumem o risco de financiar start-ups, na esperança de que essas empresas que apoiam se tornem bem-sucedidas. As start-ups que beneficiam de capital de risco geralmente têm uma tecnologia ou modelo de negócios inovadores e geralmente são de indústrias de alta tecnologia, como tecnologias da informação e comunicação, tecnologias limpas ou biotecnologia.
O típico investimento de capital de risco ocorre após um primeiro ciclo de financiamento em seed capital, disponibilizado pela família ou amigos dos fundadores, ou por um ou mais business angels. Após essa primeira etapa, vem o primeiro ciclo de capital de risco institucional para financiar o crescimento – a emissão de acções privilegiadas a favor da empresa de capital risco. Privilegiadas, porque as acções incorporam privilégios em termos de direitos de voto, direito de veto, direitos de preferências para dividendos e outros privilégios, dos quais os fundadores não beneficiam. Esses benefícios e preferências compensam o risco assumido pela empresa de capital de risco no investimento à empresa.
O objectivo da empresa de capital de risco é o de gerar retorno, com a criação de valor accionista através da alienação de acções a terceiros, o que se chama um “evento de saída”, ou seja, é quando a empresa vende as suas acções ao público ou através de uma transacção de fusão e aquisição “M&A” da empresa.
Uma empresa de capital de risco nunca terá como objectivo manter-se a longo prazo como accionista da empresa em que investiu. Embora possa ser arriscado para os investidores que investem os recursos financeiros de capital de risco, o potencial de retorno é acima da média – através a venda do pacote de acções da empresa –, sende esse o factor motivador dominante.
Para as novas empresas ou empreendimentos que têm um histórico operacional limitado, o financiamento de capital de risco está a tornar-se uma fonte popular – até mesmo essencial – para captar capital, especialmente se não tiverem acesso aos mercados de capitais, empréstimos bancários ou outros instrumentos de dívida, considerando que empresas jovens geralmente não têm capacidade de pagar juros.
A principal desvantagem neste modelo é que os investidores em capital de risco se tornam sócios na empresa e deste modo têm uma palavra a dizer nas decisões da empresa e outros “inconvenientes”, que podem restringir a liberdade dos empresários fundadores.
O capital de risco pode ser uma fonte interessante de capital para o desenvolvimento do empreendedorismo angolano, nomeadamente as Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME) dinâmicas e inovadoras, que através deste acesso a fundos próprios podem ajudar a impulsionar o crescimento da economia angolana, quando acompanhados de uma gestão profissional e rigorosa e de uma estratégia acompanhada de um plano de negócio bem pensado e estruturado.
O investimento em capital de risco realiza-se através da tomada de uma participação no capital social da empresa, o que implica a existência de uma equipa de gestão promotora forte, que deve ter as competências requeridas e fazer parte da equipa de gestão a tempo inteiro durante o horizonte temporal do investimento da empresa de capital de risco. Essa equipa de gestão promotora será responsável pela execução do plano de negócios, simultaneamente em que se envolve com o novo accionista, que o apoiará na obtenção da robustez financeira de que necessita provisoriamente.
A participação em capital de risco normalmente dura o tempo necessário para atingir a próxima etapa de crescimento (provavelmente entre quatro a seis anos em África), a acontecer quando a empresa atinge o tamanho crítico, o valor da venda das acções permitirá à empresa de capital risco ter um lucro significativo na venda das acções da empresa. Neste momento de vida da empresa, ela passará para um novo “dono”, que comprará as acções e a levará a novos desafios de crescimento, continuando a desenvolver a empresa durante o seu ciclo de vida.
Os empresários angolanos que optarem por recorrer ao capital de risco deverão estar dispostos a ter um sócio ambicioso focado no crescimento e na geração de lucros ou quotas de mercado, e os promotores deverão abraçar uma verdadeira parceria ambiciosa.
É importante destacar que o capital de risco não dá subsídios nem incentivos. É um investidor privado focado em lucros e resultados, que assume uma posição dominante no capital e nos direitos de voto da empresa. Para tal, selecciona projectos empresariais onde investe valores específicos, com o objectivo de os rentabilizar através da posterior venda da sua participação com uma mais-valia significativa (geralmente acima de 30% por ano do investimento na empresa).
Assim, o capital de risco pode ser uma fonte viável para algumas empresas que apresentem desafios importantes para o mercado angolano; contudo, temos sempre de levar em consideração os seguintes aspectos:
Desafios culturais: a cultura financeira angolana é dominada pelo financiamento através do crédito. As empresas angolanas geralmente têm fundos próprios baixos, que frequentemente não são superiores ao capital mínimo previsto por lei. Estas empresas esperam dos parceiros de capital a disponibilização de montantes significativos, de modo geral, muitas vezes os fundos próprios das empresas. Deixar um parceiro na estrutura accionista de uma empresa também pode ser culturalmente problemática, e, quando permitida, os accionistas existentes não gostam das condições impostas pelas sociedades de capital de risco (direitos de voto preferenciais, restrições no pagamento de dividendos, direito de veto na assembleia geral, etc.). Além disso, o montante de capital necessário pode ser muito elevado, comparado aos fundos próprios existentes, o que dificultará a criação de uma quota minoritária nos fundos próprios. Assim, o casamento de uma empresa angolana com uma empresa de capital de risco não será fácil, e em muitos casos o noivado não terminará em casamento. Os empreendedores angolanos ainda têm pouca sensibilidade acerca da gestão financeira e de riscos que caracteriza o negócio de capital de risco. Também ainda não existem profissionais suficientes com formação específica na área de gestão empresarial no mercado angolano que possam satisfazer os requisitos das sociedades de capital de risco. Finalmente, ainda existem poucos empreendedores angolanos que criam novas empresas na perspetiva de uma venda após 4 - 6 anos. A grande maioria cria empresas familiares, cujo objectivo é criar um retorno estável e duradouro para a sustentabilidade da família, e não empresas cujo objetivo é o crescimento rápido, a fim de atingir a próxima etapa de desenvolvimento, que precisará de novo capital e ainda mais capacidade de gestão ou internacionalização dos negócios, ou talvez a venda da empresa a novos investidores especializados. Assim, o alinhamento dos objetivos entre os promotores e a empresa de capital de risco não será algo fácil e algumas vezes impedirá parcerias por razões culturais.
Desafios na governação corporativa: por enquanto, já se falou muito sobre a governação corporativa em Angola, a grande maioria das empresas no país ainda apresentam notas bastantes insuficientes nesta área. Gestão transparente, a confusão entre o dinheiro da empresa e o dinheiro da família é recorrente, incumprimento com contratos e acordos assinados, o cumprimento da lei e dos regulamentos é insuficiente e pouco rigoroso, contas anuais são raramente auditadas e a lei não é respeitada o suficiente. Ainda não se fizeram sentir os efeitos da operação resgate nas empresas nacionais. Para uma empresa de capital de risco, esses factores traduzem-se em acréscimo de riscos, que, se não for compensado por um acréscimo significativo de lucro para a empresa de capital de risco, pode resultar na desistência do investimento.
Desafios sectoriais: nem todos sectores são interessantes para o capital de risco. Sectores significativos e destacados no Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022 tocam o sector primário, a agricultura, o sector secundário, a indústria, que não são os sectores preferenciais das sociedades de capital de risco, porque falta nestes sectores a capacidade quase sem limites de crescimento. Os sectores primários e secundários têm taxas de crescimento e de retorno limitados e necessidades de investimentos elevados, o que limitará o retorno sobre o capital e tornará a empresa menos interessante para uma empresa de capital de risco, comparado às empresas dos sectores TIC e ligadas às novas tecnologias, empresas ainda pouco presentes no panorama económico angolano. Nesta altura de inflação elevada e de alta desvalorização da moeda, com taxas de juros elevadas, as expectativas nas taxas de retorno esperadas pelas sociedades de capital de risco são ainda mais elevadas – como se sabe, o custo dos fundos próprios é sempre mais elevado do que o custo de uma dívida, considerando a dimensão dos riscos incorridos. Uma empresa do sector agrícola ou de uma indústria clássica nunca poderá satisfazer as expectativas de retorno de uma empresa de capital de risco se não estiver associada a uma actividade inovadora do ponto de vista mundial.
Concluindo, o capital de risco pode ser uma interessante fonte de capital para algumas empresas angolanas num futuro muito próximo, mas nunca será uma solução de financiamento para todos os grupos empresariais. Os factores determinantes para o sucesso, sob o ponto de vista angolano, no financiamento com capital de risco, são inúmeros e apenas as empresas sustentáveis e fortes nos sectores de crescimento com negócios inovadores e ligados a tecnologia saberão aproveitar de forma inteligente esta fonte de capital para o crescimento da economia angolana.
*Por opção do autor, este texto não segue o Novo Acordo Ortográfico
Neste âmbito, o capital de risco apresenta-se, à partida, como uma interessante fonte de capital a complementar ao crédito bancário, considerando a baixa taxa de fundos próprios de uma grande maioria das Pequenas e Médias Empresas (PME) angolanas.
O capital de risco é um tipo de capital privado que funciona como uma forma de financiamento disponibilizado por empresas especializadas a pequenas empresas emergentes em estágio inicial, consideradas como tendo alto potencial de crescimento ou que demonstraram alto crescimento. As empresas de capital de risco assumem o risco de financiar start-ups, na esperança de que essas empresas que apoiam se tornem bem-sucedidas. As start-ups que beneficiam de capital de risco geralmente têm uma tecnologia ou modelo de negócios inovadores e geralmente são de indústrias de alta tecnologia, como tecnologias da informação e comunicação, tecnologias limpas ou biotecnologia.
O típico investimento de capital de risco ocorre após um primeiro ciclo de financiamento em seed capital, disponibilizado pela família ou amigos dos fundadores, ou por um ou mais business angels. Após essa primeira etapa, vem o primeiro ciclo de capital de risco institucional para financiar o crescimento – a emissão de acções privilegiadas a favor da empresa de capital risco. Privilegiadas, porque as acções incorporam privilégios em termos de direitos de voto, direito de veto, direitos de preferências para dividendos e outros privilégios, dos quais os fundadores não beneficiam. Esses benefícios e preferências compensam o risco assumido pela empresa de capital de risco no investimento à empresa.
O objectivo da empresa de capital de risco é o de gerar retorno, com a criação de valor accionista através da alienação de acções a terceiros, o que se chama um “evento de saída”, ou seja, é quando a empresa vende as suas acções ao público ou através de uma transacção de fusão e aquisição “M&A” da empresa.
Uma empresa de capital de risco nunca terá como objectivo manter-se a longo prazo como accionista da empresa em que investiu. Embora possa ser arriscado para os investidores que investem os recursos financeiros de capital de risco, o potencial de retorno é acima da média – através a venda do pacote de acções da empresa –, sende esse o factor motivador dominante.
Para as novas empresas ou empreendimentos que têm um histórico operacional limitado, o financiamento de capital de risco está a tornar-se uma fonte popular – até mesmo essencial – para captar capital, especialmente se não tiverem acesso aos mercados de capitais, empréstimos bancários ou outros instrumentos de dívida, considerando que empresas jovens geralmente não têm capacidade de pagar juros.
A principal desvantagem neste modelo é que os investidores em capital de risco se tornam sócios na empresa e deste modo têm uma palavra a dizer nas decisões da empresa e outros “inconvenientes”, que podem restringir a liberdade dos empresários fundadores.
O capital de risco pode ser uma fonte interessante de capital para o desenvolvimento do empreendedorismo angolano, nomeadamente as Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME) dinâmicas e inovadoras, que através deste acesso a fundos próprios podem ajudar a impulsionar o crescimento da economia angolana, quando acompanhados de uma gestão profissional e rigorosa e de uma estratégia acompanhada de um plano de negócio bem pensado e estruturado.
O investimento em capital de risco realiza-se através da tomada de uma participação no capital social da empresa, o que implica a existência de uma equipa de gestão promotora forte, que deve ter as competências requeridas e fazer parte da equipa de gestão a tempo inteiro durante o horizonte temporal do investimento da empresa de capital de risco. Essa equipa de gestão promotora será responsável pela execução do plano de negócios, simultaneamente em que se envolve com o novo accionista, que o apoiará na obtenção da robustez financeira de que necessita provisoriamente.
A participação em capital de risco normalmente dura o tempo necessário para atingir a próxima etapa de crescimento (provavelmente entre quatro a seis anos em África), a acontecer quando a empresa atinge o tamanho crítico, o valor da venda das acções permitirá à empresa de capital risco ter um lucro significativo na venda das acções da empresa. Neste momento de vida da empresa, ela passará para um novo “dono”, que comprará as acções e a levará a novos desafios de crescimento, continuando a desenvolver a empresa durante o seu ciclo de vida.
Os empresários angolanos que optarem por recorrer ao capital de risco deverão estar dispostos a ter um sócio ambicioso focado no crescimento e na geração de lucros ou quotas de mercado, e os promotores deverão abraçar uma verdadeira parceria ambiciosa.
É importante destacar que o capital de risco não dá subsídios nem incentivos. É um investidor privado focado em lucros e resultados, que assume uma posição dominante no capital e nos direitos de voto da empresa. Para tal, selecciona projectos empresariais onde investe valores específicos, com o objectivo de os rentabilizar através da posterior venda da sua participação com uma mais-valia significativa (geralmente acima de 30% por ano do investimento na empresa).
Assim, o capital de risco pode ser uma fonte viável para algumas empresas que apresentem desafios importantes para o mercado angolano; contudo, temos sempre de levar em consideração os seguintes aspectos:
Desafios culturais: a cultura financeira angolana é dominada pelo financiamento através do crédito. As empresas angolanas geralmente têm fundos próprios baixos, que frequentemente não são superiores ao capital mínimo previsto por lei. Estas empresas esperam dos parceiros de capital a disponibilização de montantes significativos, de modo geral, muitas vezes os fundos próprios das empresas. Deixar um parceiro na estrutura accionista de uma empresa também pode ser culturalmente problemática, e, quando permitida, os accionistas existentes não gostam das condições impostas pelas sociedades de capital de risco (direitos de voto preferenciais, restrições no pagamento de dividendos, direito de veto na assembleia geral, etc.). Além disso, o montante de capital necessário pode ser muito elevado, comparado aos fundos próprios existentes, o que dificultará a criação de uma quota minoritária nos fundos próprios. Assim, o casamento de uma empresa angolana com uma empresa de capital de risco não será fácil, e em muitos casos o noivado não terminará em casamento. Os empreendedores angolanos ainda têm pouca sensibilidade acerca da gestão financeira e de riscos que caracteriza o negócio de capital de risco. Também ainda não existem profissionais suficientes com formação específica na área de gestão empresarial no mercado angolano que possam satisfazer os requisitos das sociedades de capital de risco. Finalmente, ainda existem poucos empreendedores angolanos que criam novas empresas na perspetiva de uma venda após 4 - 6 anos. A grande maioria cria empresas familiares, cujo objectivo é criar um retorno estável e duradouro para a sustentabilidade da família, e não empresas cujo objetivo é o crescimento rápido, a fim de atingir a próxima etapa de desenvolvimento, que precisará de novo capital e ainda mais capacidade de gestão ou internacionalização dos negócios, ou talvez a venda da empresa a novos investidores especializados. Assim, o alinhamento dos objetivos entre os promotores e a empresa de capital de risco não será algo fácil e algumas vezes impedirá parcerias por razões culturais.
Desafios na governação corporativa: por enquanto, já se falou muito sobre a governação corporativa em Angola, a grande maioria das empresas no país ainda apresentam notas bastantes insuficientes nesta área. Gestão transparente, a confusão entre o dinheiro da empresa e o dinheiro da família é recorrente, incumprimento com contratos e acordos assinados, o cumprimento da lei e dos regulamentos é insuficiente e pouco rigoroso, contas anuais são raramente auditadas e a lei não é respeitada o suficiente. Ainda não se fizeram sentir os efeitos da operação resgate nas empresas nacionais. Para uma empresa de capital de risco, esses factores traduzem-se em acréscimo de riscos, que, se não for compensado por um acréscimo significativo de lucro para a empresa de capital de risco, pode resultar na desistência do investimento.
Desafios sectoriais: nem todos sectores são interessantes para o capital de risco. Sectores significativos e destacados no Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022 tocam o sector primário, a agricultura, o sector secundário, a indústria, que não são os sectores preferenciais das sociedades de capital de risco, porque falta nestes sectores a capacidade quase sem limites de crescimento. Os sectores primários e secundários têm taxas de crescimento e de retorno limitados e necessidades de investimentos elevados, o que limitará o retorno sobre o capital e tornará a empresa menos interessante para uma empresa de capital de risco, comparado às empresas dos sectores TIC e ligadas às novas tecnologias, empresas ainda pouco presentes no panorama económico angolano. Nesta altura de inflação elevada e de alta desvalorização da moeda, com taxas de juros elevadas, as expectativas nas taxas de retorno esperadas pelas sociedades de capital de risco são ainda mais elevadas – como se sabe, o custo dos fundos próprios é sempre mais elevado do que o custo de uma dívida, considerando a dimensão dos riscos incorridos. Uma empresa do sector agrícola ou de uma indústria clássica nunca poderá satisfazer as expectativas de retorno de uma empresa de capital de risco se não estiver associada a uma actividade inovadora do ponto de vista mundial.
Concluindo, o capital de risco pode ser uma interessante fonte de capital para algumas empresas angolanas num futuro muito próximo, mas nunca será uma solução de financiamento para todos os grupos empresariais. Os factores determinantes para o sucesso, sob o ponto de vista angolano, no financiamento com capital de risco, são inúmeros e apenas as empresas sustentáveis e fortes nos sectores de crescimento com negócios inovadores e ligados a tecnologia saberão aproveitar de forma inteligente esta fonte de capital para o crescimento da economia angolana.
*Por opção do autor, este texto não segue o Novo Acordo Ortográfico