Angola quer aumentar relações económicas com Portugal;

Angola quer aumentar relações económicas com Portugal
O embaixador da República de Angola, Carlos Carvalho Fonseca apresentou há dias o álbum “Avanços de Angola 2015-2022”, editado pelo ACNAE – Conselho de Negócios para o Desenvolvimento Afro-Europeu, uma câmara de comércio recém-criada com o propósito de reforçar o intercâmbio entre os dois continentes. Perante uma plateia de seis dezenas de empresários,  gestores, consultores e juristas ligados às atividades económicas no continente africano, que se deslocaram à Fundação Medeiros e Almeida, foi apresentado um balanço dos investimentos realizados no ultimo quinquénio pelo governo angolano.     
Segundo Miguel Almeida Dias, vice-presidente do ACNAE, “entre 2017 e 2022 Angola sofreu uma profunda transformação, que correspondeu ao primeiro mandato presidencial de João Lourenço. Quase nada ficou igual na política e na economia, tendo-se assistido a uma tentativa de reforma interna de um sistema com necessidade de reforma. Só tempo permitirá aferir o seu sucesso”. Outros intervenientes na sessão foram o deputado social-democrata Nuno Carvalho, que abordou a visão internacional sobre Angola e o advogado Eliseu Gonçalves, que integrou a Casa Civil da Presidência da República de Angola, e ainda Rui Santos Verde, docente na Universidade de Oxford, e Manuel Gil Antunes, administrador delegado da Algora, que tratou da questão energética. Estiveram também presentes os parlamentares Catarina Rocha Ferreira e Tiago Moreira de Sá e o embaixador da Guiné Equatorial, Tito Mba Ada.

A direção da ACNAE manifestou a satisfação pela adesão de um elevado número de quadros ao evento e pela representatividade dos mesmos. De acordo com Miguel Almeida Dias “tivemos uma amostra significativa do tecido empresarial que suporta as relações económicas de Angola e Portugal, áreas como a banca, a saúde, a industria, a energia, os escritórios de advogados, a metalomecânica fizeram-se representar.” E acrescentou: “O momento atual é de caminhada. O combate à corrupção, a liberalização económica e estabilização financeira, as transferências sociais, grandes obras de construção de hospitais para melhorar o sistema de saúde e barragens para minorar a seca são alguns dos avanços a registar durante este período. Também um país mais discutido, agricolamente sustentável e com um câmbio flexível foram outras das apostas conseguidas de João Lourenço. Este foi só o início de um caminho que se pretende de progresso e desenvolvimento para todos e sobretudo para as futuras gerações. A juventude é, obviamente, o futuro de Angola e é para ela que se está a trabalhar afincadamente, público e privado, para deixar um país prÓspero e justo. Este Álbum espelha este movimento e retrata os seus principais eixos”.
Materializando esta vontade de reforçar as parcerias luso-angolanas foi realizado um beberete na Fundação Medeiros e Almeida, com vinhos das marcas durienses Vértice e Quanta Terra, produzidos sob a orientação de Celso Pereira, uma dos mais destacados enólogos a trabalhar em Portugal, que é oriundo de Angola.   
 
 
Susana Almeida, 04/07/2022
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