Euro digital vai circular a partir de 2025
A implementação do euro digital poderá acontecer apenas depois de 2025, mas na fase de preparação para a sua implementação que está a decorrer, o Banco Central Europeu estabeleceu como prioridade a segurança dos utilizadores. O novo estudo sobre o tema do Observador Cetelem, marca comercial do grupo BNP Paribas Personal Finance, revela que 93% dos portugueses estão preocupados com a possível adoção do euro digital e é precisamente a segurança um dos motivos mais apontados (62%) para existir inquietação em relação a este tema. Além disso, 44% dos inquiridos teme o risco de exclusão digital, 35% a dependência excessiva do digital e 31% menor privacidade.
As dúvidas sobre se o euro digital será tão seguro como o dinheiro físico é bem clara e apenas 20% dos inquiridos acreditam que a nova forma de pagamento electrónico será tão segura como o dinheiro físico. Não é de estranhar, por isso, que metade dos portugueses seja contra a substituição total do dinheiro físico pelo euro digital – algo que não faz parte dos planos de implementação das instituições europeias. Ainda assim, 14% admitem que seriam a favor dessa substituição integral no futuro.
No que respeita ao impacto do euro digital na sociedade, 1 em cada 3 considera que será moderado na inclusão financeira dos cidadãos. A par disso, o estudo reflete que há a percepção de que o setor bancário e financeiro (45%) serão os mais impactados pelo euro digital, seguido pelos cidadãos (39%) e comerciantes (30%).
49% dos portugueses apontam a conveniência como maior vantagem do euro digital
Apesar de ainda haver algum desconhecimento em relação ao assunto – 86% dos portugueses não sabem o que é – os cidadãos acreditam que poderão vir a ser vantagens do euro digital: a conveniência (49%); a menor dependência do dinheiro físico e de cartões (45%); e mais segurança nas transações financeiras (29%). Porém, os inquiridos calculam que haverá desafios na adaptação ao novo método de pagamento, como risco de exclusão digital (57%), segurança cibernética (55%) e adaptação tecnológica (50%).
Quando questionados sobre onde tencionam poder vir a usar esta forma de pagamento electrónico, 57% utilizarão para fazer compras online, 45% para pagamento de gastos no estrangeiro e 39% para a realização de pagamentos em lojas físicas.
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