Honrar a tradição mas a olhar o futuro;

Ensaio - RENAULT MEGANE E-TECH PLUG-IN Hybrid RS Line 160
Honrar a tradição mas a olhar o futuro
O mundo mudou, rumo a uma descarbonização, e a Renault acompanhou a tendência num mercado que tão bem conhece.
Há anos que se reconhece à Renault competências tanto na eletrificação dos seus modelos como na competente Renault Sport e, por fim, na sua ligação à F1, onde testa e recolhe muitos ensinamentos que depois incorpora nos seus modelos. E não é estranho que, também por isso, a Mercedes use os seus motores diesel e gasolina.
Indissociável da realidade atual, a hibridização ou eletrificação automóvel estão no nosso dia a dia e o Mégane, anteriormente, um “parceiro” do diesel, fez o “turnaround”, rumo a este novo mundo, de modo a manter-se na liderança do segmento.

Também por isso, falar do Megane significa falar de um familiar que atravessa gerações, bem construído, confortável, competente e com amplo espaço a bordo

Nesta versão em particular – a RS Line – contava com bancos ainda com mais apoio lateral – quase umas bacquets (que, pelo seu formato tiram um pouco de espaço para as pernas no banco traseiro), um volante específico  e, exteriormente, mesmo mantendo o traço comum dos restantes Megane, conta com JLL específicas e as duplas “ponteiras de escape” traseiras – como elemento de design.

Em resumo, esteticamente, a marca atualiza e rejuvenesce o seu modelo de referência enquanto não chega o e-TECH elétrico apresentado no salão de Munique.

E em estrada?

Em estrada, a marca mantém as características a que a Renault já nos habituou nos seus modelos e, no particular destas versões mais desportivas que têm sempre a “mão” da Renault Sport, com um comportamento e direção mais precisa e uma especificação de suspensões mais desportiva.

A motorização híbrida combina o motor a gasolina de 90 cv com a eletrificação, com cerca de 150 patentes, para, no cômputo geral, termos uns mais que suficientes 160cv. Em estrada e autoestrada estes revelam-se mais que suficientes para podermos ficar sem alguns pontos na carta de condução e, em curvas mais encadeadas, vem ao de cima o trabalho nas suspensões, bem como a tecnologia e-tech desenvolvida em ambiente real na F1, com o único senão que “roubou” algum espaço na bagageira, onde surge a bateria.

O Megane possui três modos de condução – Pure, Sport e Mysense, com um sistema de gestão da bateria que nos oferece uns realísticos 50 km de autonomia elétrica, calibrado para privilegiar sempre este modo e onde conseguimos efetuar consumos reduzidos, sendo que, sem carga elétrica, o consumo foi de  6,2 l.
Em resumo, a marca volta a mostrar porque é importante a sua presença no desporto automóvel onde desenvolve sistemas e tecnologia que depois incorpora nos produtos do dia a dia, seja ao nível do sistema de propulsão, software, tecnologia híbrida, chassis e suspensões. Por tudo isto, continua a ser um automóvel a considerar na sua lista na hora de escolher o seu próximo automóvel.
Jorge KM Farromba (Jorgefarromba@gmail.com), 07/10/2021
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