Inflação da Zona Euro converge para o objectivo pretendido;

Na perspetiva do Banco Central Europeu
Inflação da Zona Euro converge para o objectivo pretendido
O presidente do BCE, Mario Draghi, admite que o crescimento e a confiança vão continuar a pressionar os salários em alta.
O BCE prevê que a inflação da Zona Euro suba até ao seu objetivo, que é uma taxa ligeiramente abaixo dos 2%, na medida em que os salários estão a crescer. A expanção económica da região da moeda única é ampla, ainda que os últimos indicadores tenham sido menos bons do que o esperado.
A evolução dos salários é vista como o fator que aumenta a confiança nas perspetivas para os preços de consumo. Com efeito, o crescimento salarial da Zona Euro, de acordo com o BCE, acelerou até aos 2,3%, no segundo trimestre, o que compara com os 1,9% dos três meses anteriores. O que significa que a pressão sobre os salários aconteceu em linha com as perspectivas do banco central. Ora, estas subidas salariais refletem um reforço do mercado laboral, o que sucede quando cai o desemprego e se reduzem os postos livres. Neste caso, os salários crescem porque as empresas têm mais dificuldades em encontrar trabalhadores.
O principal impulso do crescimento dos salários foram as negociações. Nalguns países, que já se defrontavam com limitações de capacidade, os aumentos foram ainda mais acentuados. Ao mesmo tempo, os mecanismos de indexação dos salários, como o ajustamento à inflação, tornaram-se menos importantes desde a crise financeira em alguns países, pelo que os efeitos da segunda volta podem ser menos relevantes do que no passado. A solidez da economia da Zona Euro e o aumento dos sinais de que se criam pressões em alta sobre os salários leva a um reforço da confiança de que a inflação vai convergir para o objectivo pretendido pelo BCE.
Susana Almeida, 29/11/2018
Partilhar
Comentários 0