Maturidade irreverente ;

Ao volante do Nissan Juke
Maturidade irreverente
A segunda geração do Nissan Juke chegou há poucos meses. Em nove anos, a primeira geração do SUV do segmento B (que criou o segmento) vendeu quase um milhão de unidades. Em Portugal, rondam 14 mil as unidades Juke em circulação. 
A segunda geração chega com o “peso” dessa responsabilidade, mas o maior espaço e o ganho tecnológico aligeiram a “carga”. O novo Juke não só tem um design mais sóbrio como está maior. O comprimento total é de 4210 mm (+7,5 cm), a distância entre eixos de 2636 mm (+10,5 cm), a altura de 1595 mm (+3 cm) e a largura de 1800 mm (+3,5 cm). Este crescimento tem reflexos no interior, havendo mais espaço para as pernas nos bancos traseiros (+5,8 cm) e mais 20% de capacidade na bagageira, para 422 litros (a anterior geração tinha 354 litros).
A tecnologia, além do maior espaço, é a estrela a bordo da segunda geração Nissan Juke. Um amplo leque de tecnologia que inclui o Nissan ProPILOT e o sistema de infotenimento NissanConnect com In-Car Wi-Fi, a integração do smartphone e as atualizações Over The Air (OTA). De realçar ainda para a aplicação NissanConnect Services através da qual os utilizadores do crossover podem verificar o estado do fecho das portas do automóvel e fechar ou abrir o seu carro diretamente a partir do smartphone.



Mais leve e dinâmico

Apesar de estar maior, a segunda geração Juke está mais leve 23 kg do que o antecessor, graças à nova plataforma mais rígida e leve, o que tem reflexos dinâmicos. O novo Nissan Juke é alimentado pelo motor três cilindros 1.0 DIG-T (turbo a gasolina) de 117 cv (sem o 1.5 diesel da anterior geração), disponível com transmissão manual de seis velocidades ou caixa automática de dupla embraiagem (DCT) de sete marchas.
Os novos motores turbo a gasolina de baixa cilindrada são o maior “ovo surpresa” da indústria automóvel. Isto porque se é verdade que a maioria tem desempenho digno de motores de maior cilindrada e potência, outros fazem lembrar os pequenos motores sem turbo que se “arrastam” quando precisamos de fazer algum percurso em estrada aberta.



Este 1.0 DIG-T (turbo a gasolina) de 117 cv que conduzimos (associado a caixa DCT) aproxima-se do primeiro grupo, isto é, do que tem um desempenho bastante desenvolto. Sem ser propriamente um desportivo, está sempre disponível para responder ao acelerador com determinação, com a caixa DCT a dar aqui um excelente auxílio (embora a passagem de caixa pudesse ser um pouco mais tranquila). Outro fator de nota são os três modos de condução, Eco, Standard e Sport, a alterarem a gestão eletrónica de motor e caixa para oferecerem uma disponibilidade de acordo com a escolha do condutor. Em termos de comportamento, as maiores dimensões do modelo contribuem para uma rigidez que dá confiança na “negociação” das curvas.



Em suma, a ideia que o modelo japonês no passou é que está mais maduro, sem deixar de “sublinhar” que se trata de um Juke. Os preços variam entre 19 900 e 26 mil euros (precisamente o PVP das versão N-Design DCT que conduzimos). De referir que o modelo conta com várias campanhas em curso, podendo chegar a 3500 euros nas versões mais equipadas, associando financiamento do banco da marca, o RCI. A garantia, como em todos os Nissan de passageiros, é de cinco anos ou 100 mil km.


 
Aquiles Pinto, 28/10/2020
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