Vinhos portugueses são os segundos mais consumidos no Brasil;

Paulo Nunes de Almeida faz balanço positivo do Portugal Premium
Vinhos portugueses são os segundos mais consumidos no Brasil
O Portugal Premium resultou de uma parceria entre a AEP, a TAP e o Turismo de Portugal que serviu para dar a conhecer alguns dos nossos melhores vinhos e produtos agroalimentares a centenas do “opinion makers”, “media” e profissionais desses ramos que acorreram recentemente ao Consulado de Portugal em São Paulo, Brasil, durante dois dias. Paulo Nunes de Almeida faz à “Vida Económica” um balanço positivo da iniciativa.
 
Vida Económica - Como surgiu a ideia de promover em simultâneo vários setores de atividade numa só iniciativa?
Paulo Nunes de Almeida - A ideia de mesclar setores de atividade distintos num evento único decorre de uma visão há muito estudada como caso de sucesso e implementada de forma a concorrer para a promoção da marca Portugal. O selo de qualidade é transversal aos produtos e serviços nacionais; assim, envolver empresas do setor agroalimentar, dos vinhos e dos têxteis contribui sempre para consolidar uma matriz identitária, que é o “made in Portugal”.
 
VE - Qual foi a adesão das empresas exportadoras a esta ação?
PNA - A adesão foi relevante. Tivemos a participação de mais de uma dúzia de empresas no âmbito do programa conjunto de internacionalização que a AEP executa. O retorno que obtivemos de todos é uníssono. Os que estiveram no Portugal Premium numa dimensão e com um objetivo  prospetivo encontraram parceiros para iniciarem desde já o seu processo de certificação no Brasil e a breve trecho efetuarem exportações concretas.
 
VE - O mercado brasileiro é difícil tendo em conta as barreiras alfandegárias existentes?
PNA - O mercado brasileiro continua a apresentar algumas dificuldades no que ao quadro regulatório em geral concerne, e que às barreiras alfandegárias em particular se refere. O exacerbado protecionismo da economia tem concorrido para refrear o ímpeto de exportação de muitas empresas em setores mais tradicionais como a construção e engenharias. Apesar destas dificuldades e agregando a superlativa carga fiscal,  no setor dos vinhos ocupamos já um lugar relevante, o segundo país, no que diz respeito ao consumo de vinhos.    
 
VE - O turismo representa uma oportunidade de aumento das exportações?
PNA - Sem qualquer dúvida. Por isso, entre as entidades envolvidas no Portugal Premium estiveram a Transportadora Aérea Nacional (TAP), o Turismo de Portugal, o Consulado Geral de Portugal em São Paulo e a AICEP Brasil. 
 VE- Qual é o balanço do projeto BOW - “Business on the Way”?
PNA - O projeto BOW encontra-se na sua décima edição e já apoiou cerca de duas mil empresas, em mais de 2800 participações, em 328 ações de internacionalização. Na edição de 2018-2020 propomo-nos organizar cerca de 70 ações de promoção externa em 51 mercados distintos. 
A internacionalização e promoção externa é uma área de intervenção para a qual a AEP tem vindo a canalizar os seus esforços, consciente do seu papel junto do tecido 
Susana Almeida, 09/05/2019
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