Combustíveis Pos-CV19;

Ciência e Economia
Combustíveis Pos-CV19
A pandemia nos trouxe a rara oportunidade de rever o que se usa e polui e usar novas tecnologias. A McKinsey publicou nesta crise bons estudos, como este, com PMEs e profissionais de alto nível.
Dos respondentes, 54% dizem estar muito preocupados com as mudanças climáticas e 53% que as companhias aéreas deveriam se tornar neutras em carbono. Um quilo de jet-fuel produz 3,15kg de CO². Dos jovens de 18-34 anos 56% quer pagar até US$20 mais pelo voo neutro em carbono; acima de 65 anos, só 34% pagaria. No 1º grupo, 40% quer voar menos; no 2º apenas 18%.
De todos, 33% acha que a população deve voar menos. Mas apenas 8% já tomou medidas para voar menos. Aeronaves de longa distância que usem 2 e não 4 turbinas economizam 20% de jetfuel. Mas combustíveis menos poluentes ainda demoram a chegar. Contudo pequenas aeronaves estão a testar o uso de híbridos com hidrogénio ou hidrogénio puro, para voos curtos.

Plantar árvores para compensar a poluição de aviões custa uns US$5-9 por mTon de CO² capturado; i.e, uns US$1 por passageiro em voo curto.

Ao preço de US$70-75/barril de crude, o preço de jetfuel com impostos, deve ficar pelos US$1000 nas próximas décadas. Entretanto o jetfuel sintético que hoje custa uns 3-4mil para o mesmo efeito, deve cair para mil pelo ano 2035-45.

“Plantar árvores para compensar a poluição de aviões custa US$5-9 por mTon de CO² capturado; i.e, uns US$1 por passageiro em voo curto”

Entre as sugestões para acelerar este processo estão:

1. Impor prazos para reduzir o CO², como na Noruega;

2. Motivar clientes com cartão de milhas a usá-las para financiar a plantação de árvores;

3. Acelerar a transição para biocombustíveis e barateá-los para uso também em aviões.

Para limitar a poluição de carros, os elétricos têm aumentado as vendas. A Europa, que liderava as vendas no mundo, continuou a crescer em 2019 com 44%, para 590mil carros. Mas a China a ultrapassou, com 1,2milhões vendidos.

Na Europa as vendas caíram algo no 1ºtrim/2020, comparado com o 4ºtrim/19, exceto na Holanda. Os Nórdicos, Noruega, Suécia, Islândia, Finlândia, HongKong e agora Holanda têm os maiores índices de venda; em volume é China, EUA e Alemanha. Tesla lidera as vendas.

O problema é as baterias. Os carteis mundiais do crude e das baterias têm feito tudo para impedir uso da moderna íon-lítio, e não só. Os sistemas de transmissão dos motores deverão melhorar para perder menos energia. E as novas baterias devem pesar menos. Na China a maioria dos carros elétricos são mui pequenos e com autonomia de até 200km.

Devido a fragmentação do mercado, os carregadores ainda são pouco comuns e caros. É um dos motivos de limitação nas vendas dos elétricos.

Em 1963 um motor a hidrogénio foi testado por uma giga-marca. Um diretor impediu a produção em série, pois o maior lucro está na manutenção, no pós-venda de motor a combustão. Taxas sobre sobressalentes e serviços obrigarão uma transição mais rápida.

Há 50 anos o Brasil obriga a gasolina levar 24% de etanol de de cana sacarina. Hoje quase todos carros lá usam flexfuel ou etanol em 90%. O mesmo nas Filipinas. A Suécia seguiu este caminho e importava muito etanol. Agora usa a sua beterraba para produzi-lo. Em Coruche ainda temos a usina que fabricava açúcar de beterraba e que podemos reutilizar.

YES, WE CAN! Nossos beterraba e lítio a travar a poluição!

 

 

 

 

 

 

Jack Soifer, 09/10/2020
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