Antiga Arco Têxteis em Santo Tirso avança com a reconversão e tem vários operadores interessados;

Investimento de 40 milhões de euros
Antiga Arco Têxteis em Santo Tirso avança com a reconversão e tem vários operadores interessados
Com uma localização privilegiada, situadas no coração da cidade de Santo Tirso, junto à Câmara Municipal, as antigas instalações da Arco Têxteis já têm vários operadores interessados e “irão seguramente tornar-se mais um caso de sucesso”, destaca Carlos Récio, diretor A&T Retail da CBRE, consultora responsável pela comercialização.
Depois da abertura de um supermercado Mercadona, em junho passado, e de um drive do McDonalds, a CBRE destaca que “neste momento, existem negociações com vários operadores, algumas em estágio avançado e perto de poderem ser concluídas. Os setores vão desde a decoração, bricolagem, eletrónica até ao setor automóvel”.
A antiga Empresa Industrial de Santo Tirso, mais tarde Arco Têxteis, foi fundada em fevereiro de 1923, chegando a ser uma das maiores e mais reconhecidas indústrias têxteis do Vale do Ave, empregando aproximadamente 1500 pessoas.
Comprada pela empresa Rota Própria, num investimento total de 7,5 milhões de euros, com o objetivo da reconversão urbana deste antigo espaço industrial numa nova centralidade para a cidade de Santo Tirso, possui 100.000 m2 de área e tem um projeto com valências essencialmente dedicadas ao comércio, serviços e habitação e 50.000 m2 de área coberta. A Mercadona e a McDonald’s ocupam cerca de 15.000 m2. Beneficia ainda da proximidade do rio Sanguinhedo, propício para o desenvolvimento do comércio local e de novos negócios.
Na inauguração da loja da Mercadona, Alberto Costa, presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, referiu que este é um “projeto de grande valor que vem validar a estratégia definida pela câmara na captação de investimento e criação de novos postos de trabalho no concelho”.
A empresa Rota Própria prevê que, no total, o investimento dos diferentes agentes privados que ali se irão fixar ascenderá a 40 milhões de euros e criará mais de 500 postos de trabalho.

Ativos com grande potencial

“Os investidores, quando procuram este tipo de projetos, têm como objetivo rentabilizar um ativo que ao longo do tempo perdeu as suas características funcionais e produtivas, mas que representa uma localização com potencial e capacidade construtiva para o desenvolvimento de projetos de uso misto”, destaca Carlos Récio. Acrescentando que “é natural que os investidores procurem obter uma rentabilidade para o capital aplicado e depois, em função do seu perfil e estratégia, podem permanecer com o ativo em carteira, gerando um rendimento, ou optar por vender a outra entidade”.
De acordo com o responsável da CBRE, “existem outros empreendimentos que resultam da reabilitação de antigas unidades fabris que deixaram de ter o seu papel produtivo, mas a localização e potencial construtivo tornam-nas interessantes para projetos mais focados em setores como o retalho e os serviços”.
Destaca ainda que o segmento do comércio está novamente a mostrar sinais positivos e a comercialização da Arco Têxteis é prova disso mesmo. Uma resposta às necessidades exigentes de mercado, num segmento que procura espaços de maior dimensão.
ELISABETE SOARES (elisabete.soares@vidaeconomica.pt), 22/01/2021
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