Novo fundo de capital de risco apoia investimentos nas energias renováveis;

Paulo Rodrigues, diretor da Banca Comercial do Bankinter Portugal, confiante no sucesso do Helia Renovables IV
Novo fundo de capital de risco apoia investimentos nas energias renováveis
“O Bankinter vai continuar a estar inteiramente empenhado em trabalhar juntamente com as famílias e as empresas para a recuperação da economia no pós-pandemiama Paulo Rodrigues.
O Bankinter lançou, a 10 de maio, em Portugal o Helia Renovables IV, um fundo de capital de risco com uma “tranche” de 25 milhões de euros para investimento em energias renováveis.
O Private Banking é um segmento “onde temos vindo a reforçar a nossa proposta de valor e onde queremos continuar a crescer”, afirma Paulo Rodrigues, diretor da Banca Comercial e membro da Comissão Executiva do Bankinter Portugal.
O Helia Renovables IV foi lançado em maio de 2020 em Espanha e captou 255 milhões de euros.
Vida Económica – Por que decidiu o Bankinter lançar em Portugal o fundo de capital de risco para investimento em energias renováveis?
Paulo Rodrigues –
Com o lançamento do Helia Renovables IV o Bankinter cumpre dois objetivos: por um lado, apresentamos mais uma solução de investimento inovadora para os nossos clientes do segmento Private Banking e, por outro, contribuímos para dinamizar projetos associados às alterações climáticas e melhoria da sustentabilidade ambiental.
De facto, através deste fundo, os clientes do Bankinter têm a oportunidade de diversificarem os seus portfólios, investindo num setor com futuro como é o das energias renováveis e em ativos com rentabilidades estimadas muito interessantes e não correlacionados com os mercados financeiros tradicionais, principalmente no atual contexto de taxas de juro baixas.

VE – Quais são as caraterísticas do Helia Renovables IV e qual o seu montante?
PR –
O Helia Renovables IV foi lançado a 10 de maio com uma “tranche” de 25 milhões de euros.
Com este lançamento em Portugal quisemos dar a possibilidade a um maior número de clientes no nosso país de participarem neste fundo de capital de risco para investimento em energias renováveis destinado a investidores com perfil de investimento dinâmico e que, com um objetivo de distribuição média anual previsto de 5%, se assume como uma alternativa de investimento extremamente interessante.
De referir aliás que, em Espanha, o Helia Renovables IV foi lançado com sucesso em maio de 2020 e permitiu captar 255 milhões de euros.

VE – A quem se destina e quais são as condições de acesso?
PR –
O Helia Renovables IV foi especialmente concebido para responder às necessidades de diversificação e rentabilização dos investimentos dos clientes do Private Banking do Bankinter, prevendo um montante mínimo de investimento de 200 mil euros a um prazo de sete anos.
Os clientes Private são um dos segmentos mais importantes para a estratégia do Bankinter, onde temos vindo a reforçar a nossa proposta de valor e onde queremos continuar a crescer.

VE – Este fundo permitirá realizar em concreto o quê?
PR –
Para os clientes do Bankinter, o fundo representa a possibilidade de investirem num setor com grande potencial, nomeadamente em ativos com rentabilidades muito interessantes e de certa forma “imunes” à conjuntura de baixas taxas de juro.
Já para o setor das renováveis, o fundo permitirá canalizar recursos financeiros muito importantes para o seu desenvolvimento e consolidação, nomeadamente no que diz respeito a parques de produção de eletricidade em funcionamento em Espanha e Portugal por recurso a fontes de energia solar, eólicas e mini-hídricas.

Distribuição de 365 milhões em dividendos

VE – Que outros veículos de investimento alternativo estruturou o Bankinter Investiment? Pensam vir a lançar novos instrumentos deste género?
PR –
O Bankinter, através do Bankinter Investment, a nossa área de Banca de Investimento, foi um dos primeiros bancos a desenvolver alternativas de investimento em fundos inovadores para os seus clientes Private. Até ao momento, já foram estruturados 14 veículos de investimento alternativo que representam um investimento total de 5,4 mil milhões de euros que permitiram já distribuir 365 milhões de euros em dividendos aos acionistas.
Os ativos subjacentes aos fundos Bankinter Investment incluem retalho alimentar, hotéis, energias renováveis, residências de estudantes, infraestruturas e venture capital, tendo como gestores operacionais players relevantes em cada um dos setores, que são simultaneamente acionistas dos respetivos fundos.
A este respeito, recordo que, recentemente o Bankinter Investment foi igualmente responsável pela criação da ORES Portugal, a primeira SIGI portuguesa (Sociedade de Investimento e Gestão Imobiliária), em parceria com a Sonae Sierra.

VE – Qual é o parceiro deste projeto e que significado tem esta parceria?
PR –
O parceiro é a Plenium Partners, operador de referência no mercado espanhol em termos de capacidade instalada e com reconhecida experiência em investimento e gestão em várias tecnologias (eólica, fotovoltaica, solar, térmica e pequenas produções hidroelétricas).
Além disso, o facto de o Bankinter e a Plenium Partners investirem em conjunto com os clientes é um factor de confiança adicional nas potencialidades deste sector.

VE – As empresas podem continuar a contar com o Bankinter como parceiro de investimento? Em que termos?
PR –
Em 2016, quando chegou a Portugal, o Bankinter veio com a determinação de apoiar as famílias e as empresas a realizarem os seus projetos e contribuir para o crescimento da economia, com base num modelo relacional assente na proximidade com os clientes e no conceito de banca universal.
É isso que temos estado a fazer nos últimos cinco anos. Para já e no curto prazo, o Bankinter vai continuar a estar inteiramente empenhado em trabalhar juntamente com as famílias e as empresas para a recuperação da economia no pós-pandemia.
VIRGÍLIO FERREIRA (virgilio@vidaeconomica.pt), 10/06/2021
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