“Reduzir o IVA da construção nova para o nível da taxa da reabilitação iria beneficiar tanto o setor como as famílias”;

João Sousa, CEO JPS Group, afirma
“Reduzir o IVA da construção nova para o nível da taxa da reabilitação iria beneficiar tanto o setor como as famílias”
A JPS lançou recentemente o Terraços de São Francisco e na primeira semana de lançamento teve 14 reservas, destaca João Sousa.
“Naturalmente que existe um esforço gigante que uma empresa como a nossa faz para conseguir preços de venda que se adequem à classe média e média alta do nosso país”, a pagar 23% de IVA sobre os materiais de construção, destaca em entrevista João Sousa.
 
Como tem decorrido a atividade da JPS Group nesta fase de desconfinamento?
Na JPS Group a atividade tem sido constante. Mesmo durante o mês e meio que durou o estado de emergência em Portugal, continuámos a realizar negócios com vendas fechadas. E só no primeiro fim de semana após o período de confinamento, recebemos mais de 150 contactos de clientes à procura de casa. Uma situação que motivou o lançamento do nosso novo site – o JPS Group Real Estate – dedicado à compra e venda de imóveis, que contempla não só o nosso produto interno, como também casas de quem nos procura para ajudarmos na venda. A nossa aposta na mediação imobiliária não é de agora, mas a forte procura que temos registado nos últimos meses gerou a necessidade de criar algo mais apelativo, com novo design, de forma a podermos dar uma resposta mais eficiente aos nossos clientes. Com a JPS Group Real Estate, queremos tornar-nos numa referência no mercado imobiliário, contribuindo desta forma não só para economia de uma forma geral como também para a recuperação do mercado. 
 
Qual tem sido a postura de clientes e investidores nesta fase?
Temos naturalmente encontrado várias posturas nesta fase. Há investidores que continuam a investir com otimismo, mas também os há com mais receios do futuro. Também tem muito a ver com as áreas de negócio em que se encontram inseridos. Em relação aos produtos JPS Group, como têm uma excelente relação qualidade/preço, felizmente não temos tido um impacto tão negativo como seria expectável, e temos estado a fechar vários negócios. O próprio lançamento do Terraços de São Francisco vem confirmar isso, pois na primeira semana de lançamento tivemos 14 reservas, o que é excelente para esta época que estamos a passar.
 
As medidas do Governo para apoiar o setor e as empresas estão a ser suficientes para aguentar o impacto da pandemia? 
É um “lugar-comum”, mas na realidade ninguém estava preparado para esta pandemia. Nem os cidadãos nem os governos dos vários países no mundo.  Diria que o impacto foi gigante e que muito já foi feito mas ainda muito poderia ser feito. Reduzir o IVA da construção nova para o nível da taxa da reabilitação poderia ser uma das maiores decisões que iriam beneficiar tanto o setor como as famílias portuguesas. Até porque a verdade é que temos obras de reabilitação a serem vendidas por milhões e que pagaram 6% de IVA sobre os materiais de construção e temos construção nova a pagar 23% de IVA sobre os mesmos materiais, naturalmente que existe um esforço gigante que uma empresa como a nossa faz para conseguir preços de venda que se adequem à classe média e média alta do nosso país.
 
Que outras medidas considera que serão importantes que o Governo e outras entidades tomem de forma a reativar a atividade? 
Existem muitas medidas que poderiam ser importantes para o sector. Aliás, a APPII já avançou com o programa Relançar, que, a meu ver, inclui medidas essenciais para reativar a atividade. A do IVA é uma delas, bem como o relançamento dos Golden Visa, entre outras medidas. 
 
Qual vai ser o impacto da pandemia sobre os diferentes segmentos do mercado imobiliário e da construção? 
Com a pandemia, os estilos de vida alteraram-se. As pessoas, mais do que nunca, aperceberam-se da importância de ter uma casa com determinadas características e isso também está a impulsionar as vendas nesta altura.
As necessidades de hoje não são as mesmas que tínhamos ontem, e com isto, tudo está a mudar. A pandemia veio alterar alguns hábitos e fez muitas pessoas perceberem o que realmente valorizam numa casa. Por exemplo, a procura de moradias aumentou durante o este período. As pessoas começaram a valorizar mais espaços amplos, de preferência com varandas e terraços grandes, ou mesmo jardins, quando possível. Perceberam que é essencial disporem de um espaço dedicado ao trabalho em casa. E a JPS Group prepara-se todos os dias para os desafios que vão surgindo. 
Na parte residencial, serão mais estas as tendências, os outros setores vão ter que se reinventar. Começam a surgir ideias geniais em vários setores. Como diria Platão, “a necessidade é a mãe de todas as invenções” e assim estamos nós, enquanto mundo, atualmente.
 
Em relação ao JPS Group, qual é a sua expectativa em termos de atividade até ao final do ano?
Neste momento, acabámos de lançar o empreendimento Terraços de São Francisco, em Alcochete. É um projeto com características muito atrativas de uma forma geral, não só devido aos espaços interiores e exteriores mas também pelos valores especiais de início de comercialização. Mais uma vez, procuramos dar respostas às necessidades do mercado, e agora, mais especificamente, às exigências resultantes da pandemia causada pela Covid-19 e mais uma vez estamos a ter um grande sucesso logo nos primeiros dias de lançamento.
Acredito que, seguindo o mesmo caminho que temos feito, só podemos ter sucesso e capacidade para ultrapassar os desafios difíceis e constantes com os quais nos vamos deparando. Oferecemos aos nossos clientes qualidade nos produtos, preço, retornos elevados, sem esquecer o suporte dado por várias equipas altamente profissionais que os acompanha nas diversas fases da venda, desde o primeiro contacto até ao momento em que o cliente vai vivenciar a casa. Isto tudo com muito empenho, trabalho e esforço à mistura. 
Estou muito confiante em relação ao futuro do setor imobiliário de uma forma geral, e muito otimista em particular com o que ainda vamos conseguir alcançar até ao final do ano. Para já, o Green Valley, o Royal Evolutee e os Terraços de São Francisco são o nosso foco.
 
ELISABETE SOARES elisabetesoares@vidaeconomica.pt, 10/07/2020
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