BCE alerta para entusiasmo excessivo com aumento das taxas de juro;

BCE alerta para entusiasmo excessivo com aumento das taxas de juro
O Banco Central Europeu alerta os bancos para não se entusiasmarem em excesso com o aumento das taxas de juro. Pode não ser evidente o aumento das margens de intermediação e da rentabilidade. Há fatores que podem afetar os balanços da banca e travar a procura de crédito. E a subida dos juros poderão não ser nem progressiva nem moderada. Muito depende da inflação.
Desde logo, a banca deve ter em conta que a concessão de crédito deverá abrandar, o que vai penalizar as expetativas de lucros, em especial num contexto tão incerto como o atual. Tudo aponta para que a morosidade aumente, a economia desacelere e a inflação se mantenha em níveis elevados. Como tal, os bancos europeus terão de ser cuidadosos. Ou seja, terá de continuar a garantir almofadas e provisões para fazer face ao que pode estar para vir nos próximos trimestres. Entretanto, o BCE está a preparar a ferramenta antifragmentação, que se aplicará a mercados e jurisdições específicas.
A boa notícia tem a ver com o emprego, em níveis elevados, devido ao investimento e à criação de postos de trabalho na função pública. Ainda assim, o banco reviu em baixa as previsões de crescimento para a Zona Euro, fixando-se em 2,8% este ano e descendo para 2,1% no próximo. A inflação, atualmente a rondar os 8%, poderá descer para os 6,8% no fecho do exercício. A guerra, os problemas nas cadeias de abastecimento, os preços da energia, entre outros aspetos, implicam estratégias cautelosas e bem definidas por parte do sistema financeiro.
30/06/2022
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