Leiria tem vocação industrial e exportadora;

António Poças, presidente da Nerlei, afirma
Leiria tem vocação industrial e exportadora
A inovação é uma das principais características das empresas da região de Leiria. Para o seu sucesso tem sido essencial a articulação entre as várias  entidades, com especial destaque para o Instituto Politécnico – considera António Poças, presidente da Nerlei, Associação Empresarial da Região de Leiria  Esta estrutura associativa conta com mais de mil empresas e tem vários projetos a decorrer, com uma forte incidência na promoção da inovação.
A região de Leiria caracteriza-se pela capacidade produtiva, sobretudo devido à inovação do tecido empresarial. O concelho representa 3% das exportações nacionais e 1,8% das importações, o que significa uma taxa de cobertura muito favorável. “A densidade de empresas por km2 é muito superior à média da região Centro e a produtividade está acima da média nacional. É uma região com bons indicadores, precisamente porque as empresas são inovadoras”, afirma António Poças. A Nerlei é uma associação com 37 anos e de cariz multissetorial, ou seja, tendo uma forte ligação ao território e ao seu desenvolvimento.
Há um conjunto vasto de serviços prestados aos associados, em parceria com o Politécnico de Leiria, com escolas, a câmara e outras associações. Cerca de 40% dos associados vêm da indústria e 20% do comércio. O dirigente associativo destacou que na área da inovação e do empreendedorismo há um conjunto vasto de projetos, como o “Empresas 4.0” (tem muito de inovação na indústria), o “International Business”, o “Advance Premier” (está focado em spin-offs das empresas e é desenvolvido em conjunto com o Politécnico) e o “Ecostartup”. Por sua vez, o CR Inove pretende ser um catalisador regional de inovação da Região Centro. “A grande ideia aqui é fazer uma aproximação entre a academia e as empresas. Trata-se de resolver problemas concretos das empresas. Um outro projeto é o “Knowledge Circle”, que pretende potenciar a valorização económica dos resultados de I&D. As agendas mobilizadoras são também uma oportunidade para fazer grandes coisas na área da inovação”, adiantou António Poças.
O presidente do Nerlei chamou ainda a atenção para o facto de o ecossistema de inovação pressupor uma forte colaboração (trabalho em rede), a divulgação, os casos de sucesso e a atração. “No fundo, trata-se de conseguir um ciclo virtuoso de sucesso, sob a liderança da Startup Leiria. Todas as entidades têm de colaborar entre si para se obter sucesso. Acontece também que a inovação não é só nas empresas, também é na administração pública. A inovação tem de ser transformadora”, concluiu.
29/09/2022
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