A visibilidade do negócio familiar ;

Reflexões sobre Empresas Familiares
A visibilidade do negócio familiar
As famílias empresárias tradicionalmente não são muito abertas nem recetivas a atos de exposição pública. É uma posição natural, especialmente em Portugal onde, no período pós-revolução de 1974, os empresários e respetivas famílias viveram momentos deveras conturbados tendo mesmo provocado movimentos migratórios, em especial das mais influentes e conhecidas. 
No entanto, ao deterem e controlarem uma empresa, a sua postura de maior ou menor abertura acaba por se refletir de forma significativa na vertente comunicacional, pelo que facilmente se identificam distintas vias de comunicação de um negócio familiar.
A mais visível aparece quase sempre associada à tradicional publicidade, com recurso a pessoas ou elementos distintivos da própria família - caso de Henrique Granadeiro que dá o rosto pelos seus vinhos; a Quinta da Aveleda que, na sua totalidade ou através de partes da mesma, figura em vários dos seus rótulos de vinho; ao recurso a meios mais subtis e diferenciados como é o caso do prémio D. Antónia Ferreira que, desde 1989, já vai na 25ª edição de atribuição a figuras femininas portuguesas com idêntico espírito empreendedor e caraterísticas humanas desta marcante mulher no mundo dos vinhos, e é uma vontade expressa dos seus descendentes e da família Guedes que detém a Sogrape e as marca associadas à Casa Ferreirinha.

A Lameirinho é uma empresa familiar fundada por Joaquim Coelho Lima, em 1948. Envolvendo-se ainda com os seus filhos na gestão da empresa, esta é liderada pelo filho Albano e a família vai já na sua terceira geração. É sem dúvida uma empresa referência no setor têxtil nacional, distribuindo anualmente pelos 5 continentes mais de 12,5 milhões de peças (90% para exportação). A empresa produz diversas marcas como Ana Salazar, Namorar Portugal (inspirada nos “lenços dos namorados”), António Miro e Agatha Ruiz de la Prada, uma espanhola que revolucionou a área de têxtil lar na Europa. O seu design reflete um estado de espírito cheio de humor, boa disposição e otimismo que se consegue visualizar pela seleção de cores alegres e vivas sob as formas mais simples como flores, corações e nuvens… que contrastava com os tradicionais linhos, brancos ou cores sóbrias.
Esta feliz associação ilustra uma forma de comunicação distinta e geradora de grande visibilidade da entidade, que acaba por ser reconhecida por todos os seus stakeholders.

Temas para reflexão:
  • Como é a nossa empresa percecionada pelo mercado?
  • Possui a imagem e presença que desejamos?
  • O que podemos fazer para melhorar?
António Nogueira da Costa
Especialista em Empresas Familiares
antonio.costa@efconsulting.es


Especialistas na consultoria a Empresas Familiares
e elaboração de Protocolos Familiares
Santiago – Porto   www.efconsulting.pt

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