TAYLOR'S DECLARA VINTAGE CLÁSSICO PELA TERCEIRA VEZ CONSECUTIVA;

Vintage 2018
TAYLOR'S DECLARA VINTAGE CLÁSSICO PELA TERCEIRA VEZ CONSECUTIVA
O ano de 2018 produziu uma "situação incomum" para o grupo The Fladgate Partnership, com a Taylor's, uma das suas insígnias, a declarar um 'Vintage Clássico', algo que nem a Fonseca nem a Croft o vão fazer.
O CEO da Taylor's, Adrian Bridge, sublinha que "este é um ano em que as condições gerais foram excelentes, mas excecionais, no Douro superior". E, "como a Taylor's é a única das nossas casas com uma extensa propriedade nesta parte do Douro, conseguiu fazer um Vintage clássico". Isto, embora todas as propriedades da companhia sejam "cultivadas de maneira que todas as suas uvas possam ser transformadas em vinho do Porto Vintage".
David Guimaraens, director técnico e de enologia, refere que "o Douro Superior desfrutou da combinação de abundante água subterrânea e clima quente durante o Verão, o que muitas vezes produz magníficos Vintages". E isso deu-lhes "excelente maturidade fenólica, típica de um período de maturação quente, mas com maravilhosas camadas de fruta e uma acidez fresca que normalmente vemos em anos mais frescos".
Adrian Brigde ainda acrescenta que, "embora uma declaração clássica [de Vintage] normalmente aconteça apenas três vezes por década, a sequência excecional de anos fez com que a Taylor's conseguisse fazer um terceiro Vintage consecutivo. Isso é muito incomum, mas o nosso princípio é que apenas declaramos um Vintage Clássico quando a qualidade está presente e isso é ditado pelo ano, e não por qualquer outra consideração". Portanto, "atendendo à situação económica que vivemos, engarrafaremos os vinhos em Julho como de costume, mas apenas iniciaremos a sua comercialização no início de 2021", garante o CEO.
A Fonseca também lançará o Vintage Guimaraens 2018, o primeiro Guimaraens desde 2015. Adrian Bridge diz-se "muito satisfeito em lançar o Guimaraens Vintage de 2018", cujo conceito é "único", sendo "um vinho com a mesma constituição e caráter que os clássicos Fonseca Vintages, mas feito com um estilo mais acessível e de maturação mais precoce".
Já David Guimaraens acredita que o Vintage Guimaraens 2018 seja "um dos melhores exemplos recentes de um Guimaraens Vintage, com os seus ricos e densos frutos da floresta e taninos resistentes, mas optimamente integrados".
Por sua vez, a Croft lançará um Vintage de Quinta a partir de sua histórica Quinta da Roêda. Adrian Bridge fz questão de dizer que "o Quinta da Roêda 2018 oferece a caraterística fruta madura e perfumada que são a apanágio dos vinhos da Roêda, juntamente com os taninos tensos e a frescura do ano".
Sobre o ano de 2018, David Guimaraens refere que a colheita "produziu excelentes Vintages, embora o ano tenha tido os seus desafios. Um deles foi a severa tempestade de granizo que devastou muitas vinhas do vale do Pinhão, no dia 28 de maio, entre elas a Quinta do Junco da Taylor's". Ainda assim, "é importante notar que os vinhos de 2018 têm a mais alta intensidade de cor dos últimos anos, o que é sempre um sinal de boa extracção e longevidade".
 


TERESA SILVEIRA - teresasilveira@vidaeconomica.pt, 22/04/2020
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