Últimos quatro anos ficaram marcados por estabilidade profissional e financeira;

Paula Franco, bastonária da OCC, considera
Últimos quatro anos ficaram marcados por estabilidade profissional e financeira
Paula Franco, bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC), fez um balanço positivo do seu primeiro mandato, apesar de ter sido “muito desafiante”. Considerou que os quatro anos foram conseguidos com estabilidade profissional e financeira. Na sua perspetiva, os profissionais estão hoje numa melhor situação no que respeita à sua qualidade de vida. As declarações da responsável da OCC ocorreram durante a apresentação e aprovação do Relatório e Contas 2021 e do plano de atividades e orçamento para este ano.
A bastonária, reconduzida no seu segundo mandato, mostrou satisfação pelo facto de o objetivo de aumentar os fundos patrimoniais e diminuir o passivo ter sido alcançado. Quanto ao ano passado, no que concerne à demonstração de resultados por naturezas, Paula Franco destacou “a diminuição considerável de gastos” e assinalou que, apesar dos dois anos de pandemia e da descida acentuada nos rendimentos, “foi possível servir os membros, aumentar os serviços prestados e fazer mais com menos”. O resultado líquido foi de mais de 205 mil euros, “o resultado possível dadas as circunstâncias”, frisou. Quanto ao relatório, considerou que o mesmo é digno de orgulho enquanto instituição e contabilistas certificados, sendo que qualquer membro que o ler fica a par de tudo.
A responsável da OCC também aproveitou a ocasião para justificar algumas das opções tomadas ao longo dos quatro anos correspondentes ao primeiro mandato, tendo sido possível garantir “poupanças significativas”. A revista “Contabilista” passou a ser enviada em suporte papel apenas a quem o solicite expressamente, o que se traduziu numa poupança de dois milhões e meio de euros. A contratação pública originou uma economia, em quatro anos, de 2,4 milhões de euros. Houve um aumento considerável dos esclarecimentos técnicos, “algo possível porque se investiu em mais recursos humanos, num esforço enorme”. E em destaque esteve ainda a qualidade dos atendimentos telefónicos, a serem considerados muito bons pela grande maioria dos interessados.

Publicação da Lei nº 7

Mas, para Paula Franco, o grande feito do ano passado foi a publicação da Lei nº 7, de 26 de fevereiro, vista como uma “autêntica revolução na vida dos contabilistas”, tendo em conta as implicações positivas para o desempenho profissional. Férias fiscais, alteração do regime de responsabilidade do contabilista certificado, alteração substancial no regime de dispensa e atenuação especial de coima, clarificação da obrigação de disponibilização dos formulários com 120 dias de antecedência foram pontos destacados daquela lei, que consagra “uma maior qualidade de vida para todos os contabilistas. A publicação da Lei nº 7 é um marco, o momento do ano”, adiantou a bastonária na sua intervenção.
O momento foi aproveitado para referir que, quando tomou posse (no seu primeiro mandato), a situação financeira da Ordem era complicada e vivia-se de contas caucionadas para gestão corrente. Os gastos com órgãos sociais foram reduzidos em cerca de 2,7 milhões de euros, relativamente ao mandato anterior, ao mesmo tempo que houve um esforço no sentido da valorização dos colaboradores. A redução dos financiamentos também ajudou ao equilíbrio financeiro e traduziu-se num decréscimo de quase 52%, em quatro anos, num valor de 5,270 milhões de euros. Face a todas as medidas tomadas, a autonomia financeira passou para 70,1%, o rácio de solvabilidade é de 2,35 e o de liquidez geral de 1,41. Entretanto, para este ano estão previstos o lançamento do novo site, a distribuição por todos os profissionais do “Livro da contabilidade”, a certificação de qualidade, o VII Congresso, a plataforma de formação em “streaming” e as clínicas de saúde para os contabilistas certificados (Lisboa, Porto, Coimbra, Faro e Braga).
08/06/2022
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