Apoios às empresas a fundo perdido crescem 65%;

Défice das administrações públicas desce 2,2 mil milhões de euros
Apoios às empresas a fundo perdido crescem 65%
O défice das administrações públicas ascendeu a 6652 milhões de euros, até Novembro, o que se traduziu numa descida de 2219 milhões, devido ao facto de o crescimento da receita (8,6%) ter sido superior ao da despesa (5%), refere o Ministério das Finanças. A despesa primária aumentou 6,2%, devido às medidas extraordinárias e ao crescimento da despesa no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
A despesa com medidas extraordinárias de apoio à economia superou em mais de 80% o valor executado em igual período de 2020, sendo que a despesa se fixou em 6233 milhões de euros. “Os apoios concedidos pela Segurança Social ascenderam a 1815 milhões de euros, mil milhões acima do valor orçamentado para 2021, destacando-se os apoios ao emprego, os apoios extraordinários ao rendimento dos trabalhadores e os subsídios por doença e isolamento profilático. Os apoios às empresas a fundo perdido ascenderam a 2327 milhões de euros, ultrapassando em mais de 65% a execução de todo o ano 2020”, adianta o ministério liderado por João Leão.
A receita fiscal cresceu 5,1% e as contribuições para a Segurança Social aumentaram 6,6%, o que é explicado “pela evolução favorável do mercado de trabalho”. Destaque ainda para o acréscimo significativo da restante receita (23,3%), “em grande medida associado à antecipação de verbas no âmbito do instrumento de Assistência da Recuperação para a Coesão e os Territórios da Europa (ReactEU) e do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”. Já quanto à despesa do SNS, registou um crescimento de 10%, mais de mil milhões de euros, em termos homólogos. “O acentuado crescimento das despesas do SNS deveu-se ao acréscimo muito significativo das despesas com pessoal, em resultado do reforço do número de profissionais, e em aquisição de bens e serviços.”
Susana Almeida, 31/12/2021
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