Consumidores chineses continuam relutantes em fazer despesas no pós-vírus;

Os dados da China, especialmente dados do retalho, desmentem esperanças de recuperação em V nas principais economias, segundo a informação veículada em Portugal pela corretora XTB. Enquanto o crescimento da produção industrial (amarelo na imagem da Bloomberg) saltou para território positivo, o crescimento das vendas (branco, na imagem) continua negativo.

A produção industrial aumentou 3,9% face a abril de 2019, mas as vendas do retalho tiveram uma queda de 7,5%. "Isso revela que o levantamento das restrições para que as pessoas possam voltar ao trabalho não significa que os consumidores voltem às lojas", indica a XTB. Os gastos com roupas, joias, restaurantes e telemóveis caíram significativamente. Os dados da China podem servir como indicador sobre o que esperar quando grandes economias como a Alemanha, Japão ou Estados Unidos reabrirem totalmente. "Os investimentos fixos permanecem pressionados e caíram 10,3% em relação ao ano passado. No entanto, a leitura foi amplamente ignorada pelos mercados. Até o cobre - barómetro para o crescimento global - está em alta", indica André Pires, analista da XTB.