Preços da habitação arriscam agravamento da instabilidade financeira;

Fundo Monetário Internacional avisa
Preços da habitação arriscam agravamento da instabilidade financeira
A instituição liderada por Christine Lagarde chama a atenção para um mercado habitacional que levanta sérias preocupações. 
O Fundo Monetário Internacional alerta que os riscos da subida dos preços da habitação e a sua posterior quebra podem representar mais um fator importante para a instabilidade financeira global. Isto numa altura em que a economia está num processo de desaceleração, tal como sucedeu durante a última crise financeira mundial há pouco mais de uma década.
 
O fundo defende que o rápido aumento dos preços das casas em muitos países, nos últimos anos, suscita algumas preocupações quanto às crescentes possibilidades de uma descida dos mesmos, com consequências nefastas para a economia, em termos gerais. Começa a desenhar-se um cenário que levanta receios, designadamente um menor impulso dos preços, a sobreavaliação, o crescimento excessivo do crédito e uma maior capacidade financeira, que levam a pensar em maiores riscos de baixa nos próximos três anos. Ou seja, em vários mercados desenvolvidos e emergentes, o mercado da habitação corre sérios riscos, na perspetiva da instituição liderada por Christine Lagarde.
O FMI admite que os preços da habitação não são objetivo das políticas monetárias, mas a ligação entre as medidas políticas e os riscos em baixa dos preços das casas podem ter impacto na relação das vulnerabilidades do setor e a estabilidade financeira. Trata-se de um setor que tem reflexos muito fortes e quase imediatos a nível da economia global, como ficou bem patente na anterior crise financeira, a qual se ficou a dever essencialmente ao “subprime” nos Estados Unidos. O fundo avisa para a necessidade de serem tomadas as devidas cautelas para evitar nova recessão. 
Susana Almeida, 11/04/2019
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