Estados Unidos batem recordes na produção e exportação de energia;

No ano passado
Estados Unidos batem recordes na produção e exportação de energia
Perto da sua independência energética, os Estados Unidos tendem a aumentar ainda mais as emissões de dióxido de carbono. 
Os Estados Unidos bateram todos os recordes de consumo, produção e exportação de energia da sua história, no ano passado. O que se ficou a dever ao crescimento económico e ao forte impulso de produção de gás e petróleo de xisto. O país está em vias de ganhar a independência energética, mas arrisca também aumentar as emissões de CO2.
 
A produção cresceu a um ritmo mais rápido do que o consumo, enquanto as exportações contribuíram para reduzir o défice da balança comercial. Se o crescimento americano e o inverno frio sustentaram a procura, os valores recordes também se explicam pelo avanço na produção de petróleo e gás de xisto, colocando os Estados Unidos entre os primeiros produtores mundiais. As energias fósseis representam ainda 80% do total consumido na maior economia mundial. O crude e o gás natural representam 57% da produção de energia americana. Apenas a produção de carvão sofreu um recuo, no ano passado. 
Estes desempenhos afastam os norte-americanos dos seus objetivos de redução das emissões de CO2. Sobretudo devido ao setor dos transportes, com destaque para a aviação. A Agência Internacional de Energia admite que o consumo de energia vai abrandar nos próximos anos, especialmente devido à melhoria da eficácia energética. Por sua vez, a tendência é para a produção continuar a aumentar nos próximos anos. Entretanto, a política energética poderá sofrer alterações a partir das próximas eleições, tendo em conta as visões muito diferentes de democratas e republicanos para a área da energia. 
Os democratas estão mais virados para a energia verde, enquanto os republicanos apostam num “mix”. Seja como for, os Estados Unidos vão continuar a ter um papel central nas políticas energéticas a nível global. As próximas eleições presidenciais serão determinantes em termos de estratégias energéticas.
Susana Almeida, 16/05/2019
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