Guerra comercial já está a “passar fatura” à economia mundial;

Fundo Monetário Internacional alerta
Guerra comercial já está a “passar fatura” à economia mundial
Guerra comercial já está a “passar fatura” à economia mundial
O Fundo Monetário Internacional (FMI), agora liderado por Kristalina Georgieva, alerta que a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China já está a “passar fatura” à atividade económica mundial, em geral, e ao setor industrial, em particular. 
 
No seu primeiro discurso, a economista búlgara assegurou que o comércio mundial travou quase por completo. Em grande medida devido às tensões comerciais, a atividade industrial mundial e o investimento estão a sofrer penalizações substanciais. A realidade é que existe um grave risco de os serviços e o consumo sofrerem muito em breve as consequências dessas tensões. Atualmente, as disputas comerciais estendem-se a vários países e a outras áreas críticas para o crescimento mundial. Devido ao facto de as economias estarem ligadas entre si, muitos outros países vão sofrer o impacto e verem as suas economias travar. 
Georgieva lembrou que as divisões atuais a nível comercial podem resultar em alterações que duram uma geração, desde logo com problemas graves em termos de distribuição. Ou seja, todos acabam por perder com uma guerra comercial. O efeito acumulado dos conflitos comerciais em curso poderá representar uma perda de cerca de 700 mil milhões de dólares, no ano que vem, o que se traduz em cerca de 0,8% do PIB mundial. Neste contexto, o FMI diz que as respostas a estes problemas têm de ser coordenadas. Considera ainda a economista que é preciso mudar, para desbloquear o potencial que existe nos serviços e ao nível do comércio eletrónico. O “Brexit” e as tensões geopolíticas são outros dois fatores de desaceleração que atravessa a economia global. A conjugação destes três fatores pode resultar numa crise grave, com características diferentes de outras crises anteriores, tornando a sua resolução ainda mais complicada, já que será algo de novo, ao contrário do que aconteceria caso estivesse em causa o sistema financeiro. 
Susana Almeida, 17/10/2019
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