Ana Godinho+SizaVieira: Boa Bazuca 1 ;

Ana Godinho+SizaVieira: Boa Bazuca 1
Muitos falam do novo normal, poucos o fazem. Há décadas temos problemas estruturais, como descrevi no PRÓS E CONTRAS 2010, há vários anos. O PRR beneficia burocratas e carteéis e pouco ao cidadão.
SAÚDE: Mais hospitais e camas atacam o efeito, não a causa. Melhora-se a saúde com alimentos saudáveis e frescos e atividade física, o que implica em regular a indústria alimentar e a distribuição de horti-fruti, i.e, travar os cartéis que nos dominam.
REMÉDIO: Os remédios vendidos pelo cartel da indústria não curam, remedeiam, e dão lucros brutais. Ele já não investiga, mas contrata novas drogas a pequenos laboratórios. A certificação, por métodos as vezes dúbios, deve ser atualizada para que estes “labs” a obtenham. A fabricação é simples e devemos acabar com o monopólio das cartelas para pílulas; o que garante a higiene é a mão do cliente, não a embalagem.

EDIFÍCIOS: Há 326 edifícios a mais na administração central, como há 40 mil chefes a mais. Lisboa está poluída de amigos da corte que usarão os fundos para negociar o seu poder.
Siga o bom exemplo de muitos outros países onde na capital só ficam os ministros e a AR. Quem executa deve estar a 2-3 hs de comboio de Lisboa, perto do cidadão. Ofereça reforma antecipada aos 40 mil e ceda os edifícios à sociedade civil.
SOCIAIS: Com raras exceções, o bom apoio social é repassar verbas a instituições locais, como as Stª Casas. Temos o exemplo de alimentos, coletados a nível nacional e distribuídos pelo local. Não construa, elas obtêm equipamentos, mas precisam de euros para pagar pessoal e alimentos.
HABITAÇÃO: Há 400 mil fogos à venda há quinze meses, o triplo do normal. A especulação e um BdP que nada controla permitiu aos amigos da corte emprestar para construir o que poucos podem comprar. Quando a moratória acabar, a banca tomará 70 mil fogos, contabilizados a preços irreais. É preciso o Governo travar a banca, exigir que o BdP execute a política pública e não dos lucros dos amigos de Bruxelas. Deixe-a assumir o prejuízo causado pela especulação.
INOVAÇÃO: Muita da investigação feita na Academia por cá tem pouco uso prático. É genérica ou abstrata. Já há muita inovação no mundo que os cartéis não permitem chegar, pois a nossa regulamentação é antiga ou não aplicada pelas agências que a deveriam controlar.
A série de webinars planeada para este verão, com 15 oradores de 6 países, mostrarão detalhes que se aqui aplicados poderiam nos levar a muita exportação e melhor usar a competência dos nossos profissionais que há muito emigraram, à procura de boas condições de trabalho.
AUTOCARROS limpos: Como transformar carros a gasolina para gás, é fácil mudar autocarros a diesel para biogás ou biodiesel. Basta certificar umas nove oficinas, uma por região, e financiá-las e não ao cartel do transporte rodoviário.
TGV: há muito ultrapassado. Há países, como China e Japão, que baixaram a velocidade máxima, pois usa muita energia e o tempo de aceleração e travagem nas estações não compensa. A Alemanha cortou paragens, roda 40 min, i.e, 220 km. Se usado cá, iria sem parar de Lisboa ao Porto e a Albufeira. Mas o bom do comboio é interligar o interior do País. A solução é Light-Alfa, que usa a melhorada infraestrutura existente e roda com muita gente a 250km/h. Economico, pára a cada 80 km.
ENERGIA: Enquanto a EDP mandar no Governo, ao contrário de outros países, não compensa investir no fotovoltaico. A Alemanha tem mil horas de sol por ano e tem três vezes mais painéis solares do que nós, com três mil horas.
MOBILIDADE: Devemos regular os preços de compra e venda de energia, como os nórdicos. Elevar o imposto sobre automóveis poluentes e eliminá-lo dos elétricos. Como noutros países, obrigar as bombas ao longo das estradas a cada 60-80km instalar carregador rápido, a permitir longas viagens com pausa para um café.
DIGITAL: Amigos da corte têm digitalizado mal o serviço público. Ali há softwares em crash com sistemas operativos mais antigos ou de pouco uso por cá, como Linux. No Norte da Europa deixaram de obrigar o cidadão a usar o digital, por não terem softwares compatíveis com todos. Quando muitos por cá reclamam disto, p.ex, o VIA-CTT, são ignorados e a AT exige coimas, ignorando as provas dos utentes.
APOIAR PME: Todos reclamam da lentidão desses apoios e quando chegam a oportunidade da PME de exportar e lucrar já era. Usemos o método húngaro, que acabou com a burocracia comunista. O AICEP/IAPMEI lá repassava recursos a projetos das miniassociações locais, em resposta aos quesitos de cada Concelho. Passo a passo, pequenos apoios é que resultam. O SEBRAE do Brasil seguiu este modelo com muito sucesso.
SOLUÇÃO: Um Conselho PRR externo, que decide em oito dias.
Jack Soifer, 31/03/2021
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