Renault Captur e-Tech Plug-in;

Ensaio
Renault Captur e-Tech Plug-in
Porque devo comprar um Captur!
Ensaiei três vezes o Captur. Como conceito em voga atualmente a moda dos SUV parece-me interessante, na perspetiva da total segmentação do cliente. Mas confesso que o primeiro modelo, em minha opinião, não descolava, não se diferenciava em demasia do Clio e, com isso, se tivesse de escolher uma viatura a adquirir, a minha opção iria recair sobre o Clio.
Situação diferente surgiu com o novo Captur. Ganhou em elegância, diferenciação, qualidade e espaço a bordo. Com o Captur híbrido ainda mais a minha opinião se robusteceu na (boa) escolha deste modelo.
Vamos então por partes!
O que mudou na elegância? A estética é um dos primeiros elementos a ser analisado na escolha do consumidor e o Captur capitalizou isso muito bem. Jantes de grandes dimensões, desenho jovem, atrevido e dinâmico, sobrelevado, com a típica imagem da dianteira Renault mas reforçada com pára choques mais robustos e “fora-de-estrada”. Na traseira, a antiga assinatura luminosa passa hoje a ser minimalista e com dois C invertidos e mais esguia.
No interior, surge a grande novidade do painel central… ao estilo Tesla, de grandes dimensões e concentrando quase toda a informação do modelo. Ficam de fora, em botões, o sistema híbrido, a escolha dos modos (pure, sport e my sense), as câmaras 360º e o sistema de manutenção da faixa de rodagem.
Além disso e totalmente “fora da caixa”, quase todos (!!) os painéis a bordo são em plástico mole, onde a qualidade percecionada sobe bastante. Alie-se a isso uma consola central estilizada e “suspensa” (mas por vezes de efeito prático não muito percetível), bancos com bom apoio lateral e confortáveis e uma caixa automática. O espaço a bordo convence pela qualidade e pelo espaço a bordo (na traseira permite aumentar ou diminuir a capacidade da mala, alterando a posição do banco traseiro).
Em estrada, arranca sempre privilegiando o modo elétrico, mas o que sobressai, para além da facilidade de condução e da precisão da direção e chassis, é o modo expedito como se move, seja na cidade como fora dela, mantendo consumos reduzidos. Pode dizer-se que o Captur quer competir neste segmento colando-se ao topo do mesmo – e fá-lo com competência. Em termos de usabilidade do sistema de “infotainment” não está ao nível do Tesla mas também não é o segmento onde compete.
Num momento das nossas vidas em que as compras de produtos se fazem cada vez mais no online e onde compramos sem ver/tocar no produto, este automóvel pode bem figurar na prateleira digital de qualquer stand online, sem necessidade de ensaio prévio.
Motor 1.6 com 158cv.
A  bateria de 9.8 kWh (400V) confere-lhe uma autonomia de até 65 km, em modo 100% elétrico, em ciclo urbano (WLTP).
Os modelos híbridos de produção partilham e beneficiam de tecnologias originalmente desenvolvidas para a Fórmula 1.



Jorge Farromba (jorgefarromba@gmail.com), 31/03/2021
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