SEAT Tarraco 2.0 TDI;

E, num paralelismo com o SEAT TARRACO, este SUV familiar de 7 lugares é também ele importante para a marca poder competir num segmento de moda onde encontra muita concorrência. Daí também que o nome não seja uma escolha aleatória.
O SEAT mantém a estética consensual dominante em todos os seus modelos com linhas regulares e minimalistas que lhe permitem ganhar notoriedade e permitir que não canse com o passar do tempo.
A frente é dominada pela iluminação full led e pelos encorpados pára-choques com a típica grelha SEAT e, na traseira, uma linha luminosa horizontal minimalista que atualmente faz escola (e que aprecio).
Em termos de espaço interior, nada a apontar. Boa qualidade de construção e materiais com vários plásticos moles e espaço interior de sobra para 7 ocupantes (é verdade, os últimos dois ocupantes traseiros não vão tão bem sentados pois o espaço é mais exíguo e a posição do banco é distinta). Já com 5 ocupantes ficamos com uma bagageira enorme de quase 800 litros de capacidade.
Num SUV com 7 lugares e perto de 5 metros interessava também perceber as diferenças face ao 1.5 a gasolina – com os mesmos 150cv – que já tinha ensaiado.
Parece que, aos dias de hoje, o diesel começa a ser visto como um “outsider” pelo mercado, mas, dependendo dos kms efetuados, pode continuar a valer a pena. Dos muitos kms que calcorreei com o Tarraco, notei, face ao modelo a gasolina, uma maior rapidez nos arranques e sobretudo conseguir despreocupadamente efetuar consumos de cerca de 6 litros em média, sem preocupações com o pé direito.
Em cidade, é certo que passamos por um período de habituação devido ao tamanho, mas, depois, tranquilamente, conduzimo-lo pelas várias ruas, sendo que a estrada é o seu palco – confortável, disponível e “senhor” de um bom comportamento e conforto.
E é este o Tarraco que está disponível. Um SUV familiar com amplo espaço interior, muitas soluções de conforto interiores (tomadas usb, mesas nas costas dos bancos dianteiros, regulação das costas dos passageiros traseiros), tudo para viagens relaxadas.
Uma nota que quase sempre abordo são os sistemas de segurança. Hoje é raro não encontrar um automóvel com câmara de estacionamento traseiro, radar ativo, sensores para travagem autónoma, sensor de ângulo morto, manutenção na faixa de rodagem…. A diferença está em que uns têm o sistema bem parametrizado (é o caso) e outros são ainda muito bruscos na utilização dos mesmos (faltam uns upgrades no software).
Em termos da ergonomia e usabilidade no lugar do condutor, nada a apontar aos vários comandos nem ao software do ecrã central.
Já agora, nesta versão, os bancos e o volante eram aquecidos, o que deu bastante jeito.
Qual dos modelos escolheria? Pessoalmente, pelos kms que efetuo diariamente – e se tivesse o perfil para um SUV com capacidade de 7 lugares –, optaria pela versão a gasolina. Quem faça muitos kms com a viatura carregada é provável que o diesel faça mais sentido, mesmo tendo um preço ligeiramente superior e umas manutenções sempre a um valor mais alto. Tanto com o modelo a gasolina como a diesel será sempre um cliente satisfeito. Resta escolher.
Preço final cerca de 42.000J (começa nos 39.000J até aos 51.000J com tração total). Classe 1 nas portagens.