“A percentagem mais baixa de yield em cidades como Lisboa explica-se pelo elevado preço dos imóveis disponíveis para compra, face ao retorno efetivo esperado do arrendamento. Mesmo com o preço das rendas a subir mais de 30% entre 2021 e 2022, o mercado de arrendamento na capital já não é tão atrativo, com retornos baixos e cada vez menos oferta de imóveis”, adianta a imovendo. Apesar da instabilidade do mercado e da economia, o valor das rendas em Portugal cresceu 21,1% em janeiro, face a igual período do ano passado e a tendência vai manter-se no primeiro trimestre. A seguir a Lisboa, o crescimento do preço das rendas foi mais expressivo nos concelhos vizinhos de Oeiras (+ 24,5%) e de Cascais (+ 32,9%), cidades onde o retorno também é baixo. “É expectável que 2023 seja um ano de moderação e, apesar da tendência para maximizar os investimentos, será necessário estudar cuidadosamente o mercado e evitar cidades sobrecarregadas como Lisboa.”
 A imovendo aponta assim para um ano de 2023 com preços de arrendamento elevados, sem uma previsão ainda para abrandamento e o alívio de pressão dos preços carece de medidas mais estruturadas que não apenas apoios temporários. “Será necessário ir mais além da taxa liberatória a que estão sujeitos os rendimentos provenientes de rendas. Uma descida generalizada do IRS não irá levar a uma descida de preço nem aliviará a pressão no mercado imobiliário”, conclui a consultora.