Desafios e oportunidades no setor imobiliário português: Uma análise abrangente de 2024
O ano de 2024 apresenta ao mercado imobiliário inúmeros desafios motivados pelas complexidades económicas, ambientais, jurídicas e evoluções tecnológicas que se destacam pela necessidade de abordagens flexíveis e inovadoras de forma a superar novos obstáculos e capitalizar as potencialidades emergentes de novas possibilidades de investimento, assegurando assim, na minha opinião, um desenvolvimento sustentável e resiliente do setor.
Pese embora as inúmeras alterações legislativas e a sua complexidade inerente, nomeadamente os “vistos gold”, o regime de residentes não habituais e o simplex no licenciamento urbanístico, na minha perspetiva, estas transformações normativas alicerçadas em fatores económicos como a escassez de imóveis, e o receio dos investidores, serão determinantes e irão instigar este setor uma reflexão profunda sobre o futuro, exigindo uma abordagem cautelosa e adaptativa, sendo imperativo considerar que a dinâmica e a constante mutação do mercado imobiliário será certamente propícia, quanto a oportunidades mesmo nos momentos mais desafiantes.
Na minha perspetiva, é premente manter-se uma postura otimista e consciente da resiliência do setor imobiliário, no qual o turismo surge como um pilar fundamental para sustentar o mercado, e poderá mitigar impactos adversos, proporcionando maior estabilidade e abrindo portas para investimentos mais sólidos, bem como, a ênfase na logística e no comércio também serão impactantes para uma transformação positiva.
Por outro lado, os mercados emergentes, tais como o litoral alentejano, a Madeira e os Açores, apresentam novas oportunidades de investimento, destacando-se pelo desenvolvimento turístico, preços mais acessíveis e uma procura crescente de investidores por áreas menos densamente povoadas.
Será ainda expectável que a capacidade de adaptação do mercado a tendências emergentes se destaque por uma integração ainda mais profunda de soluções digitais, redefinindo assim a interação entre os participantes no setor, marcado pela inovação da inteligência artificial como um elemento diferenciador que nos trará maior ênfase na avançada capacidade de análise de dados e avaliação oportunidades de investimento, mantendo-se, contudo, como um papel essencialmente complementar à intervenção humana.
Em 2024, o mercado imobiliário português enfrenta uma encruzilhada, entre desafios prementes e oportunidades promissoras, contudo será necessário destacar-se a necessidade de abordagens inovadoras para superar os obstáculos e capitalizar todas as potencialidades emergentes de investimento que irão surgir.
Assim, considero que este período configura-se como um percurso complexo e desafiante para o setor imobiliário, no qual a adaptação às alterações legislativas, a evolução tecnológica e os novos investimentos serão pontos essenciais, bem como, o otimismo, associado à resiliência do mercado e que também me caracteriza, serão benéficos para se enfrentarem as adversidades e permitir um desenvolvimento sustentável, sólido e resiliente do mercado imobiliário em 2024.