Empresas estão a dar prioridade à redução e otimização de custos
A ERA – Expensive Reduction Analysts está acrescer em Portugal, ultrapassando as duas centenas de clientes nos últimos cinco anos, com um volume global de 600 milhões de euros de custos analisados.
Segundo adiantou à “Vida Económica” Carlos Nunes, partner da ERA, “vivemos tempos desafiantes que obrigam as organizações a priorizar a redução e otimização de custos para, mais do que sobreviverem, prosperarem”.
“No total, desde 2019, assistimos a um aumento substancial de atividade, conseguindo poupar ao tecido empresarial mais de 25 milhões de euros”, acrescenta.
Segundo adiantou à “Vida Económica” Carlos Nunes, partner da ERA, “vivemos tempos desafiantes que obrigam as organizações a priorizar a redução e otimização de custos para, mais do que sobreviverem, prosperarem”.
“No total, desde 2019, assistimos a um aumento substancial de atividade, conseguindo poupar ao tecido empresarial mais de 25 milhões de euros”, acrescenta.
Vida Económica – Como opera a ERA – Expense Reduction Analysts no mercado?
Carlos Nunes - A Expense Reduction Analysts (ERA) é uma consultora especializada em redução de custos de funcionamento, pelo que opera em todos os setores de atividade. Fundada em 1992 no Reino Unido, conta com 17 anos de atuação em Portugal. A nossa operação é muito simples, mas muito profunda: começamos por realizar uma análise detalhada da situação de cada empresa, com particular foco nas categorias de custo mais expressivas e em que estimamos existir potencial de poupança.
Cada caso é um caso, pelo que, identificada a situação de partida, procuramos, via reformulação de processos e/ou renegociação de tarifas, colocar o nosso cliente alinhado com as melhores práticas do mercado. Há dois elementos chave que diferenciam a nossa proposta de valor: o primeiro é a garantia de resultados através da execução das recomendações validadas pelo cliente; e o segundo prende-se com o facto de os nossos honorários resultarem exclusivamente dos resultados gerados, existindo um nexo de causalidade direto entre ambos, assegurando que o cliente não corre qualquer risco uma vez que, se não gerarmos resultados, não nos paga nada. Otimizamos as despesas sem colocar em causa postos de trabalho, o funcionamento normal da empresa e a qualidade dos seus produtos e/ou serviços.
VE – Quais as principais dificuldades que se colocam à vossa atividade?
CN - O tecido empresarial português é maioritariamente dominado por micro, pequenas e médias empresas, existindo ainda, por esse motivo, alguma resistência para aderir à nossa metodologia. Numa empresa de menor dimensão, as exigências deste processo podem dificultar a tomada de decisão. Num segmento de grandes empresas, existe uma abertura maior, pelo que são essas que mais recorrem aos nossos serviços. De facto, atuamos sobretudo junto de organizações com faturação superior a 30 milhões de euros, localizadas maioritariamente na região Norte e Centro do país. Apesar desta dificuldade, temos registado, ano após ano, um crescimento significativo no número de novos clientes, o que pode ser um indicador positivo de mudança de mentalidade.
VE – Como se destaca a empresa num mercado bastante competitivo?
CN - Temos concorrência tanto a nível internacional como a nível local, mas não existe outra organização tão focada como nós nesta atividade e que apresente um leque tão variado de especialistas nacionais e internacionais nas mais diversas tipologias de custos. Porque os nossos consultores são profissionais experientes, com carreiras previamente desenvolvidas em cargos de Direção, garantimos que o trabalho entregue obedece aos mais elevados graus de exigência e excelência, e está alinhado com os objetivos do cliente. Este é outro fator distintivo da nossa proposta de valor.
No ano passado, iniciámos em Portugal mais de 200 novos projetos, um crescimento de 25% face ao final de 2022, que reflete também o crescimento de 22% no número de empresas que procuraram os nossos serviços, ultrapassando as duas centenas de clientes nos últimos cinco anos, com um volume global de 600 milhões de euros de custos analisados.
No total, desde 2019, assistimos a um aumento substancial de atividade, conseguindo poupar ao tecido empresarial mais de 25 milhões de euros. As áreas que revelaram poupanças médias mais elevadas foram a Logística e Transportes, as Telecomunicações, a Embalagem, a Energia e a Limpeza, seguidas de Marketing.
Redução e otimização de custos
VE – Têm entre os vossos clientes alguns dos maiores distribuidores a operar em Portugal. Quais os principais desafios que se colocam na vossa abordagem ao mercado do retalho?
CN - Vivemos tempos desafiantes que obrigam as organizações a priorizar a redução e otimização de custos para, mais do que sobreviverem, prosperarem. Existem alguns desafios iminentes que exigem uma adaptação do setor do retalho, como é o caso da rápida evolução do comportamento do consumidor. A transição para o digital pressionou os retalhistas a adaptarem-se a novos modelos e canais de venda, exigindo maior atenção à otimização de processos, nomeadamente através da Inteligência Artificial (IA). Em paralelo, o consumidor atual é mais consciente em relação a questões ambientais, éticas e sociais, obrigando a um olhar mais atento para a sustentabilidade e o desenvolvimento de processos, produtos ou serviços que respondam a essa procura. Não obstante, a principal dificuldade continua a ser a falta de tempo e de recursos das empresas. Adicionalmente, a inexistência de know-how específico de determinadas categorias e das melhores práticas de mercado ou o receio da mudança podem ser um desafio também a equacionar. Por vezes, até são identificadas internamente áreas de oportunidade, mas a implementação das ações necessárias para as materializar não ocorre por falta de foco ou de recursos.
VE – Como podem as novas tecnologias (IA) alterar o cenário atual do retalho?
CN - A IA tem o potencial de ser a maior mudança nos últimos 10 anos na forma como se faz Retalho. Os algoritmos são especialmente úteis quando temos de trabalhar grandes volumes de dados e o retalho tem evoluído no sentido de fazer convergir a loja física com a loja digital, permitindo a recolha de grandes volumes de informação sobre hábitos de consumo. Os benefícios são evidentes, especialmente na melhoria da experiência de compra, tornando-a mais personalizada, imediata e simplificada. O foco principal desta adoção para as empresas tem sido na gestão de stocks, onde a IA tem desempenhado um papel crucial na redução de desperdícios e custos, enquanto otimiza a disponibilidade de produtos tanto nas lojas físicas quanto online.
Carlos Nunes - A Expense Reduction Analysts (ERA) é uma consultora especializada em redução de custos de funcionamento, pelo que opera em todos os setores de atividade. Fundada em 1992 no Reino Unido, conta com 17 anos de atuação em Portugal. A nossa operação é muito simples, mas muito profunda: começamos por realizar uma análise detalhada da situação de cada empresa, com particular foco nas categorias de custo mais expressivas e em que estimamos existir potencial de poupança.
Cada caso é um caso, pelo que, identificada a situação de partida, procuramos, via reformulação de processos e/ou renegociação de tarifas, colocar o nosso cliente alinhado com as melhores práticas do mercado. Há dois elementos chave que diferenciam a nossa proposta de valor: o primeiro é a garantia de resultados através da execução das recomendações validadas pelo cliente; e o segundo prende-se com o facto de os nossos honorários resultarem exclusivamente dos resultados gerados, existindo um nexo de causalidade direto entre ambos, assegurando que o cliente não corre qualquer risco uma vez que, se não gerarmos resultados, não nos paga nada. Otimizamos as despesas sem colocar em causa postos de trabalho, o funcionamento normal da empresa e a qualidade dos seus produtos e/ou serviços.
VE – Quais as principais dificuldades que se colocam à vossa atividade?
CN - O tecido empresarial português é maioritariamente dominado por micro, pequenas e médias empresas, existindo ainda, por esse motivo, alguma resistência para aderir à nossa metodologia. Numa empresa de menor dimensão, as exigências deste processo podem dificultar a tomada de decisão. Num segmento de grandes empresas, existe uma abertura maior, pelo que são essas que mais recorrem aos nossos serviços. De facto, atuamos sobretudo junto de organizações com faturação superior a 30 milhões de euros, localizadas maioritariamente na região Norte e Centro do país. Apesar desta dificuldade, temos registado, ano após ano, um crescimento significativo no número de novos clientes, o que pode ser um indicador positivo de mudança de mentalidade.
VE – Como se destaca a empresa num mercado bastante competitivo?
CN - Temos concorrência tanto a nível internacional como a nível local, mas não existe outra organização tão focada como nós nesta atividade e que apresente um leque tão variado de especialistas nacionais e internacionais nas mais diversas tipologias de custos. Porque os nossos consultores são profissionais experientes, com carreiras previamente desenvolvidas em cargos de Direção, garantimos que o trabalho entregue obedece aos mais elevados graus de exigência e excelência, e está alinhado com os objetivos do cliente. Este é outro fator distintivo da nossa proposta de valor.
No ano passado, iniciámos em Portugal mais de 200 novos projetos, um crescimento de 25% face ao final de 2022, que reflete também o crescimento de 22% no número de empresas que procuraram os nossos serviços, ultrapassando as duas centenas de clientes nos últimos cinco anos, com um volume global de 600 milhões de euros de custos analisados.
No total, desde 2019, assistimos a um aumento substancial de atividade, conseguindo poupar ao tecido empresarial mais de 25 milhões de euros. As áreas que revelaram poupanças médias mais elevadas foram a Logística e Transportes, as Telecomunicações, a Embalagem, a Energia e a Limpeza, seguidas de Marketing.
Redução e otimização de custos
VE – Têm entre os vossos clientes alguns dos maiores distribuidores a operar em Portugal. Quais os principais desafios que se colocam na vossa abordagem ao mercado do retalho?
CN - Vivemos tempos desafiantes que obrigam as organizações a priorizar a redução e otimização de custos para, mais do que sobreviverem, prosperarem. Existem alguns desafios iminentes que exigem uma adaptação do setor do retalho, como é o caso da rápida evolução do comportamento do consumidor. A transição para o digital pressionou os retalhistas a adaptarem-se a novos modelos e canais de venda, exigindo maior atenção à otimização de processos, nomeadamente através da Inteligência Artificial (IA). Em paralelo, o consumidor atual é mais consciente em relação a questões ambientais, éticas e sociais, obrigando a um olhar mais atento para a sustentabilidade e o desenvolvimento de processos, produtos ou serviços que respondam a essa procura. Não obstante, a principal dificuldade continua a ser a falta de tempo e de recursos das empresas. Adicionalmente, a inexistência de know-how específico de determinadas categorias e das melhores práticas de mercado ou o receio da mudança podem ser um desafio também a equacionar. Por vezes, até são identificadas internamente áreas de oportunidade, mas a implementação das ações necessárias para as materializar não ocorre por falta de foco ou de recursos.
VE – Como podem as novas tecnologias (IA) alterar o cenário atual do retalho?
CN - A IA tem o potencial de ser a maior mudança nos últimos 10 anos na forma como se faz Retalho. Os algoritmos são especialmente úteis quando temos de trabalhar grandes volumes de dados e o retalho tem evoluído no sentido de fazer convergir a loja física com a loja digital, permitindo a recolha de grandes volumes de informação sobre hábitos de consumo. Os benefícios são evidentes, especialmente na melhoria da experiência de compra, tornando-a mais personalizada, imediata e simplificada. O foco principal desta adoção para as empresas tem sido na gestão de stocks, onde a IA tem desempenhado um papel crucial na redução de desperdícios e custos, enquanto otimiza a disponibilidade de produtos tanto nas lojas físicas quanto online.
Mercado do retalho na linha da frente da inovação
“ O mercado do retalho em Portugal continua na linha da frente da inovação e das melhores práticas. Os seus stakeholders estão permanentemente focados na importância de otimizar as suas estruturas de custos e incrementar a transparência no relacionamento com o mercado. Por exemplo, num cenário em que os consumidores exigem, cada vez mais, uma maior transparência em relação às origens dos produtos e às práticas de sustentabilidade das marcas, o mercado retalhista tem mostrado estar preparado ao adotar tecnologias como a blockchain para fornecer rastreabilidade detalhada dos produtos, desde a origem até a loja”, afirma Carlos Nunes. Segundo o mesmo responsável, “o comportamento do consumidor tem vindo a alterar-se, mas, como resposta, o mercado tem apostado em várias mudanças tecnológicas significativas, como o investimento e crescimento no comércio eletrónico, mas também a otimização da cadeia de abastecimento através da IA”. |