Maioria das empresas portuguesas não tem ainda uma estratégia digital;

A indústria e as PME nacionais necessitam de se preparar para a transformação digital e para a reinvenção dos modelos de negócio, pois “quem perder o comboio da transformação digital não sobreviverá no mercado global”, começa por dizer Nuno Amaral Frazão.
Admitindo que existe nas empresas uma “consciência geral de que as plataformas digitais são incontornáveis”, o CEO da Isobar e da Iprospect afirma porém que, “a partir daqui, imperam duas visões opostas”. “Existe uma ‘visão utópica’ considera que tudo é fácil, que basta um website bem desenhado e ‘alimentar’ as plataformas digitais para tudo acontecer naturalmente, incluindo os resultados. E depois há a ‘visão ansiosa’ que vê o digital como ameaça e recusa aceitar que os modelos de negócio sejam insuficientes ou obsoletos”.
Para além disso, existe ainda uma “ínfima minoria de empresas que recusa estas visões mas sente-se perdida na escolha do caminho digital a seguir.  Por isso, criamos o Programa de Parceria Digital para as Pequenas e Médias Empresas (PME) e indústria do norte para preparar as empresas para a transformação digital, a reinvenção dos modelos de negócio e a conquista dos mercados externos”, explica o responsável.
“Infelizmente, a maioria das empresas não tem sequer uma estratégia digital, um plano estratégico concreto, apoiado ao mais alto nível, que defina uma direção e um orçamento adequado. É prioritário diagnosticar a situação atual, aferir a maturidade digital da empresa e fazer o ‘benchmark’ da concorrência. É necessário desenvolver uma visão de futuro que defina objetivos concretos e possa ser partilhada com os recursos-chave da empresa, dando prioridade à formação digital desses recursos. Devemos pensar na abolição das fronteiras territoriais ao refletir sobre os negócios. A dimensão do mercado nacional é o maior inimigo da nossa expansão: faz-nos pensar pequenino. Se queremos competir no mundo usando plataformas digitais temos de saber escolher os profissionais. É preciso extinguir esta prática do ‘desenrasca’ e do ‘caçar com gato’ nas empresas portuguesas”, alerta Nuno Amaral Frazão.
Questionado sobre que tipo de apoios têm as empresas ao seu dispor para colmatar estas lacunas, o empresário indica que a maioria dos apoios públicos concentra-se nos processos de produção e fabrico, na parte da cadeia de valor intrínseca ao produto ou serviço. “Não existem apoios públicos no território do marketing, como se os negócios pudessem existir sem ele. Foi por isso que lançámos o nosso Programa de Parceria Digital, um programa inovador que incide no go to market e configura uma parceria voluntária entre empresas privadas, totalmente financiada pela Isobar e a iProspect, que pretendem ser parceiras das empresas do norte na modernização digital dos seus negócios”.

“Há uma consciência vaga sobre a profundidade das mudanças em curso”

Salientando que a primeira componente da parceria passa por uma campanha de consciencialização dos empresários para o impacto do marketing digital na globalização comercial e industrial, nas mudanças tecnológicas e nas transações comerciais, Nuno Amaral Frazão adianta que serão quatro as tendências que irão moldar o futuro e para as quais os empresários nacionais se devem preparar: o ‘big data’ responsável, a personalização qualificada, tudo ‘as a service’ e a mudança do ‘business as usual’ para o ‘unusual as business’.
“Mas o que significa isto na prática? Significa utilizar dados para maximizar uma comunicação eficaz e assertiva que, por ser interessante e relevante, deixará de ser intrusiva e tornar-se-á oportuna para o consumidor. Da mesma forma, o segredo da personalização qualificada será falar menos e melhor, com as pessoas certas, na altura adequada. Ou seja, será a criação de conteúdos digitais personalizados, adequados a um perfil comercialmente relevante, explorando a oportunidade da sua difusão”.
Para além disto, acresce que “as novas gerações substituíram o desejo de possuir pelo de usufruir”, o que explica o sucesso global das empresas da economia da partilha (sharing). “Tudo é vendido como um serviço. As pessoas não querem ter, querem poder usar quando precisam. Isto obrigará a repensar todo o negócio”.
A terminar, Nuno Amaral Frazão adiantou ainda que o próximo workshop com os empresários do Norte realiza-se já no próximo dia 8 de fevereiro em Vila Nova de Famalicão, no edifício Citeve, conjuntamente com a Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP). Antevendo o evento, a ‘Vida Económica’ ouviu Paulo Vaz, diretor geral da ATP, que reconheceu “que a economia digital é crítica para o futuro do setor e da indústria”.
“Embora a ATP e as indústrias do setor estejam na vanguarda da indústria 4.0, na questão da comunicação e das vendas existe ainda um atraso a colmatar”. Por esse motivo, o dirigente associativo reconhece que esta parceria com a Isobar, empresa com “experiência no setor da comunicação e na maneira como interagem com os clientes e os consumidores”, “é imprescindível para as empresas nacionais”.

Estrutura Parceria Digital A parceria digital é totalmente financiada pela Isobar e consiste em 4 componentes: Campanha de informação e consciencialização dos empresários para a nova realidade digital, ferramentas disponíveis para explorar oportunidades de negócios e a abordagem digital ao mercado global. A campanha incide numa fase fundamental da cadeia de valor - go to market – que não está coberta pela panóplia de apoios públicos (PT2020) à modernização da indústria e empresarial. A ISOBAR e o seu CEO deslocam-se aos locais de implantação das empresas para interagir com os empresários em workshops gratuitos sobre marketing digital e transformação digital dos negócios. Após os workshops, a Isobar faz um questionário às empresas participantes para identificar as suas necessidades A parceria digital é totalmente financiada pela Isobar e consiste em 4 componentes: Campanha de informação e consciencialização dos empresários para a nova realidade digital, ferramentas disponíveis para explorar oportunidades de negócios e a abordagem digital ao mercado global. A campanha incide numa fase fundamental da cadeia de valor - go to market – que não está coberta pela panóplia de apoios públicos (PT2020) à modernização da indústria e empresarial. A ISOBAR e o seu CEO deslocam-se aos locais de implantação das empresas para interagir com os empresários em workshops gratuitos sobre marketing digital e transformação digital dos negócios. Após os workshops, a Isobar faz um questionário às empresas participantes para identificar as suas necessidades específicas na área digital. Com esses dados, a Isobar avalia a criação de novos workshops dirigidos às necessidades específicas identificadas; Depois, a Isobar realiza um diagnóstico preliminar à componente digital dos negócios de cada empresa parceira, avalia as suas forças e fraquezas e desenha uma primeira abordagem (roadmap) de estratégia digital a desenvolver para explorar oportunidades de negócio nos mercados globais. As empresas parceiras da Isobar usufruem destes serviços a título gratuito. Segue-se a cooperação regular e troca de informação relevante (newsletter, encontros; conferências) sobre tendências, e evolução e oportunidades criadas no domínio das tecnologias e do marketing digital, case-studies, divulgação de histórias de sucesso dos parceiros. específicas na área digital. Com esses dados, a Isobar avalia a criação de novos workshops dirigidos às necessidades específicas identificadas; Depois, a Isobar realiza um diagnóstico preliminar à componente digital dos negócios de cada empresa parceira, avalia as suas forças e fraquezas e desenha uma primeira abordagem (roadmap) de estratégia digital a desenvolver para explorar oportunidades de negócio nos mercados globais. As empresas parceiras da Isobar usufruem destes serviços a título gratuito. Segue-se a cooperação regular e troca de informação relevante (newsletter, encontros; conferências) sobre tendências, e evolução e oportunidades criadas no domínio das tecnologias e do marketing digital, case-studies, divulgação de histórias de sucesso dos parceiros.