MIPIM 2023 mostrou alguns dos melhores projetos públicos e privados que se fazem no país;

MIPIM 2023 mostrou alguns dos melhores projetos públicos e privados que se fazem no país
O Fuse Valley, nomeado para os prémios MIPIM na categoria de Best New Development, tem previsto o início de construção para breve no concelho de Matosinhos.
O imobiliário nacional esteve bem representado na nova edição do MIPIM 2023, uma das mais importantes feiras de cidades e imobiliário do mundo, que se realizou em Cannes até hoje, sexta-feira. A região de Lisboa voltou a marcar presença no evento, num stand conjunto dinamizado pela InvestLisboa, mas também o Grande Porto reforçou a presença no stand Greater Porto, que reúne os expositores do Porto, Gaia e Matosinhos.
“No MIPIM 2023 juntam-se ao Greater Porto mais de 20 empresas, que reconhecem a importância de integrar este projeto, com características únicas em Portugal”, refere fonte ligada à organização.
No evento, as empresas participaram em diversas iniciativas, que promovem a interação com os participantes do certame. Por exemplo, será concretizada uma ação com Barcelona, cidade espanhola com uma zona envolvente altamente atrativa em diversas áreas, do turismo ao imobiliário, da indústria aos serviços. Durante todo o evento será promovido no espaço do Greater Porto o Adding Value and Energy to our Day (business beakfast). “É essa marca que queremos deixar – uma marca de valor e de energia”, refere.
A mesma fonte refere que neste momento, “o Greater Porto já está a atrair talento, startups e empresas internacionais. Este exemplo de liderança estará igualmente em destaque no MIPIM 2023, numa outra mesa-redonda intitulada “Collaborative Cities: Designing, implementing, and sustaining strategic partnerships “. Alguns dos participantes, como o centro empresarial Lionesa Business Hub, em Leça do Balio, ou as empresas Revito, Chave Nova e Retail Mind, bem como o grupo The Fladgate Partnership, personificam este desejo de promover novas oportunidades de negócio, recuperação do edificado e desenvolvimento urbano sustentável para todos”.
No caso do Greater Porto destaque para a presença de empresas como a Adriparte, Castro Group, Chave Nova, Civilria, Emerge, Mota-Engil Real Estate Developers; Garcia, Garcia; GEO Investimentos; K&A - Kendall & Associados; Lionesa Business Hub; LYA Porto; Omega Group; Predibisa Real Estate; Promiris; Retail Mind; Revito; Telles; VPM Real Estate; Qualiv; Horizonte e Mais Urbano.
Já a região de Lisboa apresentou-se com a representação institucional dos municípios de Lisboa, Almada e Vila Franca de Xira, acompanhados por mais de 20 empresas parceiras, que aproveitaram a oportunidade da presença da capital para potenciar a atração de investidores e a realização de negócios.

Porto, Matosinhos e Gaia privilegiaram grandes projetos públicos

Os três concelhos, Porto, Matosinhos e Gaia, reunidos no Greater Porto apresentaram um conjunto de projetos municipais de grande impacto para a região.
No Porto, existem importantes projetos públicos na área da reabilitação e da regeneração urbana, sobretudo para promover a habitação acessível. Uma das operações urbanísticas prevista acontecerá nos terrenos municipais existentes em Lordelo do Ouro, cuja construção será suportada pela autarquia. O plano prevê a construção de cinco edifícios, com a disponibilização de mais de 370 fogos destinados ao mercado de habitação acessível, orçados em 46 milhões de euros.
O projeto do Monte Pedral estará igualmente em destaque, já que é a maior operação neste conjunto de investimentos relativos à política de habitação municipal a rendas acessíveis, sendo concretizado no antigo Quartel de Monte Pedral, entre as ruas da Constituição, Serpa Pinto e Egas Moniz. A operação corresponde a uma área de construção superior a 50 mil metros quadrados, com um número de fogos situado entre as 330 e as 370 unidades. Neste caso, pretende-se estabelecer uma parceria com privados, que ficarão responsáveis pela construção e exploração da habitação, através da colocação de fogos no mercado de arrendamento acessível ou com a eventual absorção dos mesmos no programa de rendas acessíveis do município.
Seguindo o mesmo modelo, será desenvolvido um empreendimento com mais de 230 fogos no terreno do Monte da Bela, na freguesia de Campanhã.
Paralelamente, será apresentada a futura Avenida Nun’Alvares, que estabelecerá ligação entre a Praça do Império e a Avenida da Boavista, com a urbanização das áreas envolventes, estando prevista uma capacidade construtiva total de cerca 177.000m2, distribuída por diferentes tipologias e proprietários.
 Em Gaia, há um projeto absolutamente central para o desenvolvimento da cidade, que preserva a sua memória e projeta o futuro: o Gaia Museu-Ambiente. Em 2020, foi lançado um concurso internacional de conceção para a construção deste museu inovador, que se enquadra no projeto de valorização do eixo urbano “Devesas-Câmara de Gaia”. Será instalado no complexo industrial da antiga Fábrica de Cerâmica e de Fundição das Devesas – um dos mais relevantes imóveis com valor histórico-cultural.
O Gaia Museu-Ambiente assume-se como a construção de uma paisagem análoga aos terraços e varandas características das margens do Douro. Com a requalificação do espaço histórico, a cidade e as suas gentes vão usufruir de um novo pólo histórico e cultural de lazer, fruição pública e atração turística. O investimento previsto totaliza aproximadamente 40 milhões de euros.
Nos terrenos do Parque de Campismo da Madalena vai nascer a Gaia Innovation City, um tech hub de inovação com capacidade para atrair gigantes empresariais e criar 15 mil postos de trabalho. O projeto prevê espaços de escritórios, co-working, serviços e uma unidade hoteleira.
Gaia terá igualmente um novo Centro de Congressos, com capacidade para 2.500 pessoas. O edifício, uma torre de 30 andares, terá apartamentos e um hotel de cinco estrelas com com vistas panorâmicas sobre Gaia e Porto. O projeto é assinado pelo arquiteto Eduardo Souto Moura, que dispensa qualquer apresentação.
Por último, o Hotel Kopke, do grupo Sogevinus, vai oferecer mais de 150 unidades de alojamento. Outro exemplo de que o turismo é um setor essencial para a região e um motor da economia local.
 Em Matosinhos, o projeto Lionesa  tem vindo a crescer exponencialmente sendo um marco do território, por se assumir como disruptivo, inovador e um pólo de crescimento sustentável.
No município, há ainda a destacar o Fuse Valley, nomeado para os prémios MIPIM na categoria de Best New Development. O promotor Castro Group escolheu a inovação, a sustentabilidade e o bem-estar como conceitos centrais neste projeto que terá uma área de construção de cerca de 140.000 m2, distribuídos para escritórios, um hotel com 72 quartos, espaços comerciais, restaurantes, ginásio e spa. Também com o cunho do Castro Group, vai estar em destaque o projeto Spark Matosinhos, que dará vida a um antigo complexo industrial.

 

17/03/2023
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