Zarph triplica volume de negócios e tem um crescimento de 200%;

Tecnologia portuguesa de gestão de dinheiro preferida por banco alemão
Zarph triplica volume de negócios e tem um crescimento de 200%
Pedro Mourato Gordo, CEO Zarph, esteve sete meses em Silicon Valley, nos Estados Unidos, para testar a sua tecnologia de gestão de dinheiros e perceber se a solução era válida num mercado maduro e mais liberal do que o europeu. 
A Zarph, empresa especialista em Cash Management, focada na criação de soluções nas áreas de gestão de tesouraria e sistema de pagamentos, cresceu 200% e triplicou o volume de negócios, alcançando o meio milhão de euros em 2015. 
A empresa, com tecnologia 100% portuguesa, foi a preferida do banco alemão ProCredit, que implementou primeiramente a solução Zarph no mercado da Bulgária, tendo atualmente cerca de 35 máquinas naquele país, e que, quando resolveu entrar na Grécia, quis fazê-lo já com a tecnologia portuguesa integrada, contando já com oito máquinas. 
 


“O nosso modelo de internacionalização assenta na escolha do parceiro local porque fala a língua, tem a cultura e tem os contactos, logo acelera a nossa entrada no mercado, porque, se quiséssemos montar um escritório Zarph, ainda estávamos a criar a network, seria muito mais complicado e perdíamos o momento da startup em que a tecnologia já foi posta à prova e acolhida pelo mercado”, acentua Pedro Mourato Gordo, CEO Zarph, em entrevista à Vida Económica. E acrescenta: “O grande passo foi ajustarmo-nos em termos de suporte técnico de primeira linha a um cliente que utiliza a nossa solução para os seus clientes e não para colaboradores, o que em termos de suporte é completamente diferente”.
Depois da Grécia, surgiu o Equador, o quarto mercado de exportação para a Zarph, sempre através do parceiro ProCredit, “banco com um cunho tecnológico muito vincado e que, pelo facto de ser de origem alemã, contribui para a validação mais acentuada da solução oferecida pela Zarph nos vários mercados”, frisa Pedro Mourato Gordo.
“O ProCredit cria uma validação ao ligar a Zarph ao sistema core de um banco, com toda a segurança que isto implica, e esta foi uma validação que ainda não tínhamos, e foi também muito importante porque nos preparou para podermos escalar a solução a nível global”, explica o CEO Zarph.
Kosovo e Macedónia foram os destinos que seguiram em termos de internacionalização mais recentemente.   
A Zarph também está em Angola, porém, dada a conjuntura económica do país, não tem neste momento forma de progredir naquele mercado.
“O nosso projeto começou em 2012, numa lógica de resolvermos um problema dos bancos relacionado com a ausência de liquidez e porque tínhamos uma experiência grande na área de pagamentos e tratamento de dinheiro”, conta Pedro Mourato Gordo à Vida Económica. 
“Durante sete meses fizemos o teste ácido à solução nos Estados Unidos, por este ser um mercado maduro nas tecnologias de automação bancária e muito mais liberal do que a Europa e para percebermos se estávamos a resolver de facto um problema e se, ao resolvê-lo, nos tornaríamos os melhores da nossa rua ou se seria escalável”, relata.
“Estive em Silicon Valley não apenas à procura de financiamento porque aquilo é uma indústria, mas também a criar uma rede internacional e ganhar experiência em como começar uma start up, fazer apresentações a investidores, entre outros”.
José de Mello Saúde foi o primeiro cliente a quem resolveram o problema de gestão de dinheiro, nos hospitais e outros negócios, em Portugal. Neste momento constam também do portefólio de clientes nacionais da Zarph a EMEL, Brisa e Barraqueiro Transportes. 
Em 2015, venderam cerca de 50 equipamentos em Portugal no que concerne à gestão de tesouraria. Existem várias dimensões de equipamentos deste género – pequeno, médio e grande - e este último é que está a ser implementado a nível internacional, permitindo depositar mil notas por minuto e 35 mil por dia. 
Para 2016, os objetivos da Zarph são “triplicar novamente o volume de negócios, ter uma faturação de 1,5 milhões de euros e isso prende-se, claro, com a consolidação da nossa presença nestes mercados, e ir à procura de outros clientes neste mercado”, vinca Pedro Mourato Gordo. 
Na Zarph trabalham sete pessoas, das quais cinco estão alocadas à área de Desenvolvimento.
Susana Almeida, 30/06/2016
Partilhar
Comentários 0