Festas do amor e da paz... e dos conflitos familiares
Discussões nas Festas? Um clássico! Corre mal, mais uma vez e apesar de termos dado os “briefings” habituais aos familiares mais críticos para evitar temas irritantes, do género “promete não falar sobre a religião”, “não abordes a orientação sexual do tio” ou “evita assuntos políticos, por favor”.
Tensões familiares parecem programadas face aos vários fatores propícios para provocar mau ambiente: muito tempo, muita gente, pouco espaço, bebidas alcoólicas. São de tudo inevitáveis? Alguns conflitos sim, outros não. Os conflitos profundos e entranhados são uma bomba-relógio, podem implodir a qualquer altura do ano e raras vezes se resolvem sem mediação. Aqui não há nada a fazer nem a prevenir e até é bom quando estes conflitos finalmente desbravam caminho para poderem ser resolvidos. Dediquemo-nos então aos conflitos ligeiros e espontâneos.
Como evitar conflitos ligeiros? Aqui a prevenção passa por duas vertentes, a prática e a teórica. Primeiro, as dicas práticas. Jantar de Natal: dividir tarefas e partilhar a responsabilidade pelo sucesso do jantar. Convívio: flexibilizar e incluir “escapes” como passeios, atividades ao ar livre e momentos individuais de descanso. Prendas: combinar a quantidade e eventualmente valores. Convites: comunicar que a participação é livre e que recusas são bem aceites.
A teoria é igualmente importante. Sabe como surge um conflito? O conhecimento dos mecanismos permite matar um conflito à nascença. De forma simplificada, podemos dizer que um conflito surge quando alguém, durante uma conversa, sente o seu ego ferido ou ameaçado. A reação natural é querer equilibrar as pratas da balança. É aqui mesmo que está o momento de liberdade, precisamente entre a emoção e a reação. É o tal momento decisivo para iniciar um conflito ou para impedir que ele aconteça. Com o conhecimento de que a nossa sensação é a consequência da nossa interpretação, temos o poder sobre o automatismo e a liberdade de escolher uma reação diferente. Interpretei uma afirmação como ofensa. Será que interpretei bem, a intenção foi mesmo ofender-me? Quais as outras interpretações possíveis? Conscientes do momento, podemos aproveitá-lo para, mentalmente, relaxar, relativizar ou distanciar-nos. E se chegarmos à conclusão que a afirmação foi mesmo ofensiva, podemos ter bom senso e adiar a discussão para outra altura, já que é Natal e que estamos num grupo e a dinâmica de grupo é algo incontrolável com potencial explosivo.
Outra consciência importante é a dos nossos vários papéis familiares. Eu, por exemplo, tenho sete: sou mãe, filha, mulher, prima, nora, tia e cunhada. Cada papel tem ancorados vários padrões cuja consciência faz com que possamos decidir sobre os nossos atos e evitar reações automatizadas. Assim, uma excelente preparação é refletir sobre os papéis e os respetivos desafios.
E se, afinal, depois de tomar medidas preventivas e refletir sobre o desencadeamento de conflitos e os papéis, acontecerem discussões na mesma? Respire fundo! Fez tudo o que estava ao seu alcance.
Boas Festas!
Silke Buss 938223762 | sbuss@buss.pt
www.mediacao.buss.pt
BUSS Comunicação
Como evitar conflitos ligeiros? Aqui a prevenção passa por duas vertentes, a prática e a teórica. Primeiro, as dicas práticas. Jantar de Natal: dividir tarefas e partilhar a responsabilidade pelo sucesso do jantar. Convívio: flexibilizar e incluir “escapes” como passeios, atividades ao ar livre e momentos individuais de descanso. Prendas: combinar a quantidade e eventualmente valores. Convites: comunicar que a participação é livre e que recusas são bem aceites.
A teoria é igualmente importante. Sabe como surge um conflito? O conhecimento dos mecanismos permite matar um conflito à nascença. De forma simplificada, podemos dizer que um conflito surge quando alguém, durante uma conversa, sente o seu ego ferido ou ameaçado. A reação natural é querer equilibrar as pratas da balança. É aqui mesmo que está o momento de liberdade, precisamente entre a emoção e a reação. É o tal momento decisivo para iniciar um conflito ou para impedir que ele aconteça. Com o conhecimento de que a nossa sensação é a consequência da nossa interpretação, temos o poder sobre o automatismo e a liberdade de escolher uma reação diferente. Interpretei uma afirmação como ofensa. Será que interpretei bem, a intenção foi mesmo ofender-me? Quais as outras interpretações possíveis? Conscientes do momento, podemos aproveitá-lo para, mentalmente, relaxar, relativizar ou distanciar-nos. E se chegarmos à conclusão que a afirmação foi mesmo ofensiva, podemos ter bom senso e adiar a discussão para outra altura, já que é Natal e que estamos num grupo e a dinâmica de grupo é algo incontrolável com potencial explosivo.
Outra consciência importante é a dos nossos vários papéis familiares. Eu, por exemplo, tenho sete: sou mãe, filha, mulher, prima, nora, tia e cunhada. Cada papel tem ancorados vários padrões cuja consciência faz com que possamos decidir sobre os nossos atos e evitar reações automatizadas. Assim, uma excelente preparação é refletir sobre os papéis e os respetivos desafios.
E se, afinal, depois de tomar medidas preventivas e refletir sobre o desencadeamento de conflitos e os papéis, acontecerem discussões na mesma? Respire fundo! Fez tudo o que estava ao seu alcance.
Boas Festas!
Silke Buss 938223762 | sbuss@buss.pt
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