EMAF esgota espaço disponível com 431 empresas expositoras;

Amélia Estevão, diretora de marketing da Exponor, revela
EMAF esgota espaço disponível com 431 empresas expositoras
“A transformação digital terá um forte impacto nas operações futuras das empresas nos próximos anos – este é o maior desafio e uma prioridade”, afirma Amélia Estêvão.
“Transformação Digital da Indústria” é o mote da 19ª edição EMAF – Feira Internacional de Máquinas, Equipamentos e Serviços para a Indústria, que se realiza de 31 de maio a 3 de junho, na Exponor – Feira Internacional do Porto. De lotação esgotada, com 431 empresas expositoras, guardam-se “elevadas expetativas” para a realização desta feira, revela Amélia Estêvão, diretora de Marketing da Exponor.
Partilha de conhecimento, inspiração e busca de soluções para os desafios que as empresas enfrentam, nomeadamente a transformação digital, é o grande objetivo da realização da EMAF

Vida Económica – Que expetativas estão reservadas para a 19ª edição da EMAF?
Amélia Estêvão -
Guardamos elevadas expectativas. Estamos a regressar à dinâmica pré-pandemia e estamos muito satisfeitos com a adesão das empresas. Temos a lotação esgotada há algum tempo, o que significa que vamos ver o nosso recinto completo com 431 empresas expositoras, nacionais e internacionais.
Além disso, destacamos o mote desta edição: “Transformação Digital da Indústria”. Vamos reunir empresários, consultores, projetistas, gestores e decisores, das mais variadas áreas industriais,em torno do tema. Juntamente com os nossos parceiros, organizamos diversas dinâmicas de modo a reunir todos os nossos visitantes em momentos de reflexão sobre o futuro do setor.
A agenda de atividades paralelas traz seminários, conferências e ainda o Concurso Inovação. Organizado em parceria com a Revista Robótica, premeia a inovação dando palco às empresas que apresentam projetos que de alguma forma marcam o presente e o futuro do setor.
Nesta edição, destacamos também, momentos de debate sobre os desafios que as empresas enfrentam atualmente, numa lógica de partilha de conhecimento, inspiração e busca de soluções, que é, em última análise o grande propósito das feiras profissionais.

VE – No atual contexto económico, que importância pode ter este certame?
AE -
O setor industrial tem vindo a ser testado pelo contexto social, político e económico dos últimos anos, trazendo diversos desafios aos seus decisores, o que merece a atenção da EMAF. Acreditamos no debate, reflexão e cooperação entre as empresas para um futuro promissor, por isso reunimos os mais variados setores, acolhendo ainda uma forte componente internacional, fazendo da EMAF um epicentro europeu do setor industrial.
Além disso, acreditamos que este evento é crucial para o nosso país, porque permite que as empresas expositoras nacionais se coloquem numa posição de destaque na União Europeia. A existência de uma feira com esta importância e dimensão, coloca-nos no grupo da frente desta indústria, que tem uma enorme concorrência dos outros estados europeus.

Setor exporta mais de 23 mil milhões de euros

VE – O facto de ocorrer no Norte do país é importante?
AE -
A Exponor está orgulhosa e confiante na organização da feira e de toda a responsabilidade que uma organização desta envergadura acarreta. É muito importante para nós sermos o parceiro de referência de um setor, com um volume de negócios de 35 mil milhões e que exporta mais de 23 mil milhões de euros, evidenciando a relevância que este certame traz ao norte do país.
Destacamos, é claro, que esta é também uma opção estratégica, uma vez que é na região Norte que predomina o setor industrial.

VE- Quais os desafios futuros para as empresas do setor?
AE -
Os desafios são muitos, fundamentalmente ao nível ambiental, social e económico. Vão desde os constrangimentos da passagem para a indústria 4.0 e 5.0, a necessidade em atrair e cativar recursos humanos, pugnar por baixar os custos de contexto nas diversas áreas, tais como a justiça, o sistema fiscal, tornar a legislação menos anacrónica e, finalmente, erradicar algumas burocracias. Ainda assim, com todos os desafios existentes, é de salientar que as empresas portuguesas são caraterizadas pela sua capacidade de resiliência e já desenvolveram mecanismos para enfrentar todas estas dificuldades.
Edição após edição, tentamos trazer um mote que represente um desafio, mas também uma oportunidade para as empresas do setor. Não poderíamos ter optado por outro senão este, da transformação digital, pois este é, sem dúvida, transversal aos principais players do setor. Este tema está na ordem do dia,com empresas proativas que já estão a implementar iniciativas digitais, mas ainda é um longo caminho a percorrer. Não podemos esquecer que o tecido empresarial português é composto maioritariamente por PME, que ainda não reúnem as melhores condições para atingir este objetivo. Contudo, estamos convictos que a transformação digital terá um forte impacto nas operações futuras das empresas nos próximos anos – este é o maior desafio e uma prioridade.
VIRGÍLIO FERREIRA (virgilioferreira@grupovidaeconomica.pt), 25/05/2023
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