Setor da saúde tem de passar por reformas corajosas

A integração do sistema de saúde como um todo permite aumentos de eficiência, na perspetiva de Cristina Campos.
O setor da saúde precisa de reformas corajosas. É necessária uma perspetiva de longo prazo. Por seu lado, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) deve ter a capacidade de evoluir para dar resposta aos desafios que se colocam. Neste contexto, surgem os Top Health Awards, que pretendem premiar e destacar as iniciativas com impacto no ecossistema da saúde. “Queremos impulsionar o talento em saúde e reconhecer projetos e pessoas que contribuam para criar mais valor” – referiu à Vida Económica Cristina Campos, family Business partner e cofundadora da Associação Top Health.
Vida Económica - O que é necessário fazer para que o SNS dê uma resposta adequada às necessidades dos portugueses?
Cristina Campos - Em saúde são precisas reformas corajosas, lideranças humanas e empáticas, organizações colaborativas e projetos focados em impacto. É necessário um pensamento de longo prazo e uma capacidade de gerir múltiplas prioridades, simultaneamente com um sentido de sustentabilidade e uma integração de várias variáveis e interlocutores. O SNS tem de ter a capacidade de evoluir para fazer face aos desafios sócio-demográficos e de sustentabilidade económica e social. Como os desafios são complexos, acreditamos que todos os incentivos podem ajudar e que a colaboração inclusiva e genuína poderá ser o modelo de sucesso para dar tração às mudanças necessárias.
VE – Até que ponto o setor privado pode beneficiar o SNS?
CC - A integração do sistema de saúde como um todo permite aumentos de eficiência, optimização na gestão de recursos humanos e tecnológicos, com minimização de desperdício e ganhos ou resultados em saúde. Há vários exemplos de colaboração pública-privada que o evidenciam. A verdade é que a população saudável e as pessoas com doença procuram, acima de tudo, um parceiro de saúde e soluções ágeis e de qualidade, independentemente da origem pública ou privada das mesmas.
VE – De algum modo os prémios da Top Health pretendem chamar a atenção para os problemas com que se depara o SNS?
CC – As quatro categorias de prémios centram-se em áreas estratégicas para a resolução de problemas no sistema de saúde. Mas o intuito principal é dar visibilidade e estimular boas práticas e projetos com impacto em saúde que reúnam um ecossistema de interlocutores, em modelo colaborativo e integrativo.
Os Top Health Awards
VE – Em que consistem os TOP Health Awards?
CC - Os TOP Health Awards são uma iniciativa que visa premiar as pessoas e instituições que mais se têm destacado pelo seu impacto no ecossistema da saúde. Com esta iniciativa pretendemos impulsionar o talento em saúde e reconhecer pessoas e projetos que contribuam para criar mais valor e resultados em saúde de forma inovadora e colaborativa, com foco na excelência e nos resultados e centrados nas pessoas com doença e nas populações. Trata-se de um movimento com um ciclo de acontecimentos ao longo dos meses (desde a divulgação, passando pelo processo de candidaturas e a selecção dos finalistas, até à cerimónia de entrega de prémios aos vencedores) que visam dar visibilidade a talentos e organizações com propósito e impacto no setor da saúde. São quatro as categorias em destaque: Literacia em saúde; Integração de cuidados de saúde; Tecnologia e dados ao serviço dos resultados em saúde; Sustentabilidade social.
VE – Qual a entidade que promove estes prémios e quem pode participar?
CC - Os Top Health Awards são uma iniciativa da Associação Top Health, uma entidade privada e sem fins lucrativos. Contamos com uma grande variedade de parceiros representados por individualidades e instituições de diferentes quadrantes da saúde ou de áreas que colaboram com o setor da saúde, reconhecidas pela isenção e pelo rigor e que têm tido um contributo único no desenvolvimento de mais valor neste setor, em Portugal. Podem participar pessoas, equipas ou organizações, investigadores e profissionais na área das ciências da vida e que contribuem em toda a cadeia de valor do setor da saúde, nomeadamente pessoas e equipas da indústria farmacêutica, consultoras, seguradoras, distribuição, tecnologia, hospitais, unidades de saúde, farmácias, associações de doentes e associações de cuidadores.
VE – Qual a opinião dos promotores sobre a atual realidade no setor da saúde?
CC - Esta iniciativa nasceu de uma necessidade, identificada pelos promotores, de estimular as boas notícias e contribuir para um clima de optimismo realista, onde o impacto real terá de ter evidência. Os últimos tempos vieram mostrar a importância de um ecossistema da saúde forte, sobretudo devido ao dinamismo em torno da gestão da pandemia, reforçando também a notoriedade do setor da saúde. No entanto, a iliteracia e a desinformação em saúde, bem como a incerteza e complexidade dos tempos que vivemos, são bloqueios a um desenvolvimento sustentável do setor. Notícias positivas e bons exemplos podem e devem ser partilhados e estimulados de forma mais visível e articulada com a perspetiva de amplificar caminhos de mais otimismo e exponenciar o impacto positivo na saúde de todos.
O setor da saúde tem um forte dinamismo e contribuição para a prevenção da doença, a promoção da saúde e para o bem-estar da população, assim como para a economia. A gestão da pandemia contribuiu, em certa medida, para o aumento da notoriedade e interesse da população em relação à saúde, em geral, pelo que este é o momento ideal para reconhecer a importância das boas práticas do setor para a promoção de mais inovação e de crescimento, alicerçadas na colaboração entre diferentes áreas e stakeholders e na criação de mais valor em saúde para fazer face aos desafios e para contribuir para melhores resultados em saúde. O intuito desta iniciativa é reconhecer e partilhar o talento que muitas vezes está pouco visível e que é o cérebro e o coração dos projetos. Acreditamos que são as pessoas que fazem a diferença e que as organizações que as catalizam também devem ser reconhecidas. Este projeto visa ser um incentivo para uma mudança da realidade que vivemos e dar mais luz ao que é possível fazer de diferente, apesar das dificuldades e dos desafios que o setor atravessa.
Cristina Campos - Em saúde são precisas reformas corajosas, lideranças humanas e empáticas, organizações colaborativas e projetos focados em impacto. É necessário um pensamento de longo prazo e uma capacidade de gerir múltiplas prioridades, simultaneamente com um sentido de sustentabilidade e uma integração de várias variáveis e interlocutores. O SNS tem de ter a capacidade de evoluir para fazer face aos desafios sócio-demográficos e de sustentabilidade económica e social. Como os desafios são complexos, acreditamos que todos os incentivos podem ajudar e que a colaboração inclusiva e genuína poderá ser o modelo de sucesso para dar tração às mudanças necessárias.
VE – Até que ponto o setor privado pode beneficiar o SNS?
CC - A integração do sistema de saúde como um todo permite aumentos de eficiência, optimização na gestão de recursos humanos e tecnológicos, com minimização de desperdício e ganhos ou resultados em saúde. Há vários exemplos de colaboração pública-privada que o evidenciam. A verdade é que a população saudável e as pessoas com doença procuram, acima de tudo, um parceiro de saúde e soluções ágeis e de qualidade, independentemente da origem pública ou privada das mesmas.
VE – De algum modo os prémios da Top Health pretendem chamar a atenção para os problemas com que se depara o SNS?
CC – As quatro categorias de prémios centram-se em áreas estratégicas para a resolução de problemas no sistema de saúde. Mas o intuito principal é dar visibilidade e estimular boas práticas e projetos com impacto em saúde que reúnam um ecossistema de interlocutores, em modelo colaborativo e integrativo.
Os Top Health Awards
VE – Em que consistem os TOP Health Awards?
CC - Os TOP Health Awards são uma iniciativa que visa premiar as pessoas e instituições que mais se têm destacado pelo seu impacto no ecossistema da saúde. Com esta iniciativa pretendemos impulsionar o talento em saúde e reconhecer pessoas e projetos que contribuam para criar mais valor e resultados em saúde de forma inovadora e colaborativa, com foco na excelência e nos resultados e centrados nas pessoas com doença e nas populações. Trata-se de um movimento com um ciclo de acontecimentos ao longo dos meses (desde a divulgação, passando pelo processo de candidaturas e a selecção dos finalistas, até à cerimónia de entrega de prémios aos vencedores) que visam dar visibilidade a talentos e organizações com propósito e impacto no setor da saúde. São quatro as categorias em destaque: Literacia em saúde; Integração de cuidados de saúde; Tecnologia e dados ao serviço dos resultados em saúde; Sustentabilidade social.
VE – Qual a entidade que promove estes prémios e quem pode participar?
CC - Os Top Health Awards são uma iniciativa da Associação Top Health, uma entidade privada e sem fins lucrativos. Contamos com uma grande variedade de parceiros representados por individualidades e instituições de diferentes quadrantes da saúde ou de áreas que colaboram com o setor da saúde, reconhecidas pela isenção e pelo rigor e que têm tido um contributo único no desenvolvimento de mais valor neste setor, em Portugal. Podem participar pessoas, equipas ou organizações, investigadores e profissionais na área das ciências da vida e que contribuem em toda a cadeia de valor do setor da saúde, nomeadamente pessoas e equipas da indústria farmacêutica, consultoras, seguradoras, distribuição, tecnologia, hospitais, unidades de saúde, farmácias, associações de doentes e associações de cuidadores.
VE – Qual a opinião dos promotores sobre a atual realidade no setor da saúde?
CC - Esta iniciativa nasceu de uma necessidade, identificada pelos promotores, de estimular as boas notícias e contribuir para um clima de optimismo realista, onde o impacto real terá de ter evidência. Os últimos tempos vieram mostrar a importância de um ecossistema da saúde forte, sobretudo devido ao dinamismo em torno da gestão da pandemia, reforçando também a notoriedade do setor da saúde. No entanto, a iliteracia e a desinformação em saúde, bem como a incerteza e complexidade dos tempos que vivemos, são bloqueios a um desenvolvimento sustentável do setor. Notícias positivas e bons exemplos podem e devem ser partilhados e estimulados de forma mais visível e articulada com a perspetiva de amplificar caminhos de mais otimismo e exponenciar o impacto positivo na saúde de todos.
O setor da saúde tem um forte dinamismo e contribuição para a prevenção da doença, a promoção da saúde e para o bem-estar da população, assim como para a economia. A gestão da pandemia contribuiu, em certa medida, para o aumento da notoriedade e interesse da população em relação à saúde, em geral, pelo que este é o momento ideal para reconhecer a importância das boas práticas do setor para a promoção de mais inovação e de crescimento, alicerçadas na colaboração entre diferentes áreas e stakeholders e na criação de mais valor em saúde para fazer face aos desafios e para contribuir para melhores resultados em saúde. O intuito desta iniciativa é reconhecer e partilhar o talento que muitas vezes está pouco visível e que é o cérebro e o coração dos projetos. Acreditamos que são as pessoas que fazem a diferença e que as organizações que as catalizam também devem ser reconhecidas. Este projeto visa ser um incentivo para uma mudança da realidade que vivemos e dar mais luz ao que é possível fazer de diferente, apesar das dificuldades e dos desafios que o setor atravessa.
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