Heinrich Stromer e a boa gestão de conflitos para uma vida saudável
Continua a fascinar-me quantas pessoas não veem – ou não querem ver? – a relação entre stress negativo e doenças. Conseguem identificar cadeias lógicas no trabalho, causas e efeitos, mas na gestão do próprio bem-estar parecem estar cegas. O que é que isso tem a ver com a prevenção e mediação de conflitos? Tudo, já lá vamos.
Em outubro passado, tive um momento único em Leipzig ao encontrar uma citação de Heinrich Stromer, um médico que identificou precisamente esta ligação há 500 anos. Estava a visitar a cidade alemã com o meu filho para ele ver se gostaria de se inscrever na Universidade de Leipzig. Pelo espírito tradicionalmente muito progressista, inovador e político da cidade, com uma profunda cultura de debate e diálogo, adorei a pré-seleção do meu filho. Foi em Leipzig que o povo alemão da antiga RDA começou a erguer-se contra o regime nas corajosas “manifestações de segunda-feira”. Foi também nesta cidade saxónica que em 1865 começou a luta das mulheres alemãs pela igualdade. E foi na Universidade de Leipzig que Johann Wolfgang von Goethe estudou Direito e frequentou a Auerbachs Keller, a espaçosa adega abobadada aberta em 1525 por Heinrich Stromer. Para mim, como grande fã de Goethe e, sobretudo, do seu Fausto com uma cena a decorrer na Auerbachs Keller, o jantar neste local histórico foi o auge da viagem. Na entrada encontrei informações e citações deste fascinante médico, reitor e professor da Universidade de Leipzig de espírito visionário. Consta dos livros que em 1525 serviu, pela primeira vez – que escândalo! – vinho aos estudantes. Heinrich Stromer apoiou Martinho Lutero na grande disputa de Leipzig em 1519, um debate público sobre as suas 95 teses e continuou em diálogo com o reformador, bem como com diversos humanistas.
Entre as informações, encontrei a sua sábia citação: “Sou médico há mais de quarenta anos e a minha experiência mostra-me que há mais pessoas a morrer de tristeza e de mágoa do que por violência.” Ora, o que causa a tristeza e a mágoa? Conflitos não resolvidos, por exemplo, tanto os internos como os relacionais. Causam ansiedade, stress, insónias e provocam doenças. Virando a medalha para o lado positivo, podemos tirar proveito disso e constatar que temos imensa influência no nosso bem-estar, o que é ótimo. Podemos ver o copo meio-cheio em vez de meio-vazio, alimentar-nos bem, dormir o suficiente, conviver com pessoas positivas e lidar bem com os conflitos. Isto significa, a nível pessoal, sermos sinceros e sinceras connosco e resolvermos os dilemas de forma ativa, em diálogo connosco, a elaborar um SWOT para, a seguir, tomar uma decisão e, assim, restabelecer a harmonia interna. Quanto aos conflitos com outras pessoas, muitos podem evitar-se através de uma comunicação proativa e positiva, que se aprende – nunca é tarde. Como a nossa influência positiva tem limites e engolir sapos não é saudável, vamos ter de resolver os conflitos à medida que se desenvolvem. Para os ligeiros, o diálogo franco com orientação para a solução é sempre uma boa receita. E os conflitos persistentes, profundos? Aqueles que entristecem mesmo? Recomendo resolver estes através de uma mediação de conflitos, quanto antes melhor. Porquê colocar a saúde em risco?
Silke Buss
938223762
sbuss@buss.pt
www.mediacao.buss.pt
BUSS Comunicação
Entre as informações, encontrei a sua sábia citação: “Sou médico há mais de quarenta anos e a minha experiência mostra-me que há mais pessoas a morrer de tristeza e de mágoa do que por violência.” Ora, o que causa a tristeza e a mágoa? Conflitos não resolvidos, por exemplo, tanto os internos como os relacionais. Causam ansiedade, stress, insónias e provocam doenças. Virando a medalha para o lado positivo, podemos tirar proveito disso e constatar que temos imensa influência no nosso bem-estar, o que é ótimo. Podemos ver o copo meio-cheio em vez de meio-vazio, alimentar-nos bem, dormir o suficiente, conviver com pessoas positivas e lidar bem com os conflitos. Isto significa, a nível pessoal, sermos sinceros e sinceras connosco e resolvermos os dilemas de forma ativa, em diálogo connosco, a elaborar um SWOT para, a seguir, tomar uma decisão e, assim, restabelecer a harmonia interna. Quanto aos conflitos com outras pessoas, muitos podem evitar-se através de uma comunicação proativa e positiva, que se aprende – nunca é tarde. Como a nossa influência positiva tem limites e engolir sapos não é saudável, vamos ter de resolver os conflitos à medida que se desenvolvem. Para os ligeiros, o diálogo franco com orientação para a solução é sempre uma boa receita. E os conflitos persistentes, profundos? Aqueles que entristecem mesmo? Recomendo resolver estes através de uma mediação de conflitos, quanto antes melhor. Porquê colocar a saúde em risco?
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