Jaguar F-Pace PHEV r-Dynamic 404 cavalos. 2.0l - O eterno britânico
A Jaguar é uma daquelas marcas icónicas que, para o público mais jovem e o restante, continua a ecoar como uma marca reconhecidamente britânica e exclusiva. Com a aquisição pela indiana TATA poderia a marca reposicionar--se ou perder parte da sua identidade. Tal não aconteceu e o F-Pace é disso um exemplo.
Esteticamente este SUV de grandes dimensões mantém a estética da marca (mas também o glamour) com uma grelha sobredimensionada e uma assinatura luminosa horizontal esguia que lhe confere carisma. A traseira não é, em minha opinião de tão belo efeito visual, mas é suficientemente apelativa.
O interior tenta manter o ADN original adaptado aos tempos modernos, ou seja, muita pele, bons acabamentos, boa qualidade de construção, adornado por um desenho de todo o interior que cativa.
O painel de instrumentos é legível e user-friendly, totalmente digital; o ecrã central conjuga a maioria das funcionalidades do automóvel, reservando para a consola central o start stop, os vários modos de condução (aconselho o dynamic) e, a opção, entre condução em modo elétrico ou não.
A atmosfera transmite requinte, sem ser ostensivo; nota-se o cuidado da marca em manter a identidade da mesma.
O motor que o alimenta é um 2.0 com uma caixa de oito velocidades com patilhas no volante, o que, conjugado com o motor elétrico lhe proporciona 404 cavalos e tração total, sendo que nesta, versão possui mais módulos de baterias e, por isso mesmo, mais autonomia elétrica (até 65 quilómetros).
Em cidade é de fácil utilização, mas creio que isso acontece com todos os automóveis atuais, pois a utilização de muito software e muitos sensores, conjugado com a caixa automática, torna a tarefa do condutor bem mais fácil, sendo que a atenção do condutor recai somente nas dimensões do SUV.
Em estrada, é fácil gostar deste F-Pace pois é um veículo extremamente confortável, sólido, o que, com toda a potência disponível, se torna vigoroso na rapidez com que se desloca do ponto A para o ponto B.
A Jaguar conseguiu também colocar neste modelo uma sonoridade do motor diferente – envolvente – quase parecendo um 6 ou 8 cilindros (é um 4 cilindros).
Em termos de consumos e, acreditando na média mostrada no painel de instrumentos - 8.4 l aos 100 - é deveras interessante, mas convém dizer que inicialmente andei algum tempo em modo elétrico.
O F-Pace encontra-se recheado de equipamento, com bancos em pele totalmente elétricos (não possui aquecimento) com teto panorâmico, bagageira com menor capacidade devido à bateria elétrica, pintura metalizada, sistema de navegação e onde só falta o sensor de ângulo morto.
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