Viseu precisa do investimento público nacional
A capacidade empreendedora tem dinamizado o crescimento e a sustentabilidade em Viseu. Fernando Ruas, presidente da câmara, elogia e atribui esse mérito às empresas e ao município. Dar às freguesias do interior as mesmas ferramentas de desenvolvimento e disponibilidades à capital do concelho. Critica no entanto a falta da mesma estratégia do poder central no que respeita à distribuição dos apoios comunitários.
A reabilitação urbana é outra das grandes apostas do município.
A reabilitação urbana é outra das grandes apostas do município.
De octogésimo concelho nos anos noventa, Viseu está agora nos 25 concelhos mais importantes do país. “Esta trajetória para um concelho do interior é quase caso único. Uma das razões deve-se à nossa capacidade empreendedora”, afirmou Fernando Ruas, presidente da Câmara Municipal de Viseu, durante a conferência “Crescimento e Sustentabilidade em Viseu”, organizada em parceria entre a Vida Económica e a Câmara de Viseu.
“Compete à câmara, como seguramente compete a todas as câmaras, ser uma entidade facilitadora do desenvolvimento. A câmara não cria empresas, apenas quando são empresas municipais ou do perímetro municipal, não mais do que isso. A nossa contribuição decisiva é criar políticas públicas adequadas e proporcionar as infraestruturas necessárias para o desenvolvimento.”
“É um motivo de orgulho, se atentarem ao mapa de Portugal, que este é o único concelho do interior do país que não é de baixa densidade. Isso, para uma cidade do interior, é um feito digno de registo.”
“Nós andámos durante muito tempo a ouvir dizer que não era aqui que morava o emprego, era o lado, mas não. É exatamente aqui. Todos os anos, temos o cuidado de fazer o inventário das empresas, das pequenas e médias empresas e das PME de excelência, das PME Gazela, que são aqui em maior número. Eu não tenho nenhuma responsabilidade na criação de empresas, mas não gostaria que aos nossos empresários não lhes fosse feito o tributo adequado. São eles que fazem as empresas e têm ainda feito. E a prova é que estão aqui. E é a grande maioria das empresas.”
“Depois também uma outra coisa: a capacidade hoteleira. E faço referência ao Hotel Grão Vasco. A câmara fez uma decisão acertada quando concedeu o terreno gratuitamente por protocolo para que uma empresa fizesse um hotel. Neste momento, temos uma capacidade hoteleira, penso que não nos envergonha, antes pelo contrário, de tal maneira que hoje podemos fazer congressos aqui em Viseu sem nenhum problema. Queria também manifestar aqui a minha gratidão a quem levou isto por diante.”
Apoios comunitários são mal distribuídos
Fernando Ruas criticou ainda a forma como os apoios comunitários são distribuídos: “Apesar de tudo isto, nós precisamos de investimento público nacional. Nos últimos tempos bem podíamos olhar para o horizonte que não vemos nenhum investimento nacional. Os investimentos que temos ou são de caráter municipal ou são aqueles que vêm dos fundos comunitários, que não são propriedade a ninguém, vêm exatamente para os países beneficiários para regiões como a nossa. E lembrava só isto porque ainda há muita gente distraída, se Lisboa, para não falar noutras regiões, fosse um país - e eu lembro que há países da União Europeia mais pequenos do que Lisboa, basta olhar para Malta ou para Chipre, - não era beneficiário, era contribuinte, portanto não se justifica que os dinheiros que vêm para os beneficiários vão parar a quem não devia estar na coesão”.
“Em que circunstância for, não me conformo com a falta de investimento público no interior do país. Esta é a razão da desertificação e de alguns flagelos que nos apoquentam, como os fogos florestais. Esta é a síntese do retrato que eu faço do desenvolvimento do meu concelho e eu espero sinceramente que continuemos a dar o contributo ao desenvolvimento do território nacional, até pelo conjunto de coisas boas coisas que temos aqui, um clima que às vezes é agressivo mas temos paisagens ótimas, temos uma história riquíssima e também um património arqueológico importante. Penso que há todas as razões para confiar no futuro, assim também nos tratem da melhor forma”.
“Compete à câmara, como seguramente compete a todas as câmaras, ser uma entidade facilitadora do desenvolvimento. A câmara não cria empresas, apenas quando são empresas municipais ou do perímetro municipal, não mais do que isso. A nossa contribuição decisiva é criar políticas públicas adequadas e proporcionar as infraestruturas necessárias para o desenvolvimento.”
“É um motivo de orgulho, se atentarem ao mapa de Portugal, que este é o único concelho do interior do país que não é de baixa densidade. Isso, para uma cidade do interior, é um feito digno de registo.”
“Nós andámos durante muito tempo a ouvir dizer que não era aqui que morava o emprego, era o lado, mas não. É exatamente aqui. Todos os anos, temos o cuidado de fazer o inventário das empresas, das pequenas e médias empresas e das PME de excelência, das PME Gazela, que são aqui em maior número. Eu não tenho nenhuma responsabilidade na criação de empresas, mas não gostaria que aos nossos empresários não lhes fosse feito o tributo adequado. São eles que fazem as empresas e têm ainda feito. E a prova é que estão aqui. E é a grande maioria das empresas.”
“Depois também uma outra coisa: a capacidade hoteleira. E faço referência ao Hotel Grão Vasco. A câmara fez uma decisão acertada quando concedeu o terreno gratuitamente por protocolo para que uma empresa fizesse um hotel. Neste momento, temos uma capacidade hoteleira, penso que não nos envergonha, antes pelo contrário, de tal maneira que hoje podemos fazer congressos aqui em Viseu sem nenhum problema. Queria também manifestar aqui a minha gratidão a quem levou isto por diante.”
Apoios comunitários são mal distribuídos
Fernando Ruas criticou ainda a forma como os apoios comunitários são distribuídos: “Apesar de tudo isto, nós precisamos de investimento público nacional. Nos últimos tempos bem podíamos olhar para o horizonte que não vemos nenhum investimento nacional. Os investimentos que temos ou são de caráter municipal ou são aqueles que vêm dos fundos comunitários, que não são propriedade a ninguém, vêm exatamente para os países beneficiários para regiões como a nossa. E lembrava só isto porque ainda há muita gente distraída, se Lisboa, para não falar noutras regiões, fosse um país - e eu lembro que há países da União Europeia mais pequenos do que Lisboa, basta olhar para Malta ou para Chipre, - não era beneficiário, era contribuinte, portanto não se justifica que os dinheiros que vêm para os beneficiários vão parar a quem não devia estar na coesão”.
“Em que circunstância for, não me conformo com a falta de investimento público no interior do país. Esta é a razão da desertificação e de alguns flagelos que nos apoquentam, como os fogos florestais. Esta é a síntese do retrato que eu faço do desenvolvimento do meu concelho e eu espero sinceramente que continuemos a dar o contributo ao desenvolvimento do território nacional, até pelo conjunto de coisas boas coisas que temos aqui, um clima que às vezes é agressivo mas temos paisagens ótimas, temos uma história riquíssima e também um património arqueológico importante. Penso que há todas as razões para confiar no futuro, assim também nos tratem da melhor forma”.
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