Foco nas pessoas e não nos relatórios – O papel fundamental dos recursos humanos
Na Alemanha, as férias escolares de verão duram seis semanas. Muito tempo para fazer novas experiências! Que tal aproveitar, conhecer a empresa do meu pai por dentro e ganhar algum dinheiro? Tinha 15 anos quando, pela primeira vez, trabalhei na NTS, uma fábrica têxtil em Gronau, no noroeste da Alemanha, que empregava 100 pessoas.
Levantava-me às 6 da manhã e ia de bicicleta até ao edifício enorme de quatro andares para começar às 7. Trabalhei em diferentes áreas de produção e de logística. Cada manhã, entre as 9 e as 10 horas, o meu pai dava a sua volta pela fábrica para conversar com os seus colaboradores e as suas colaboradoras. Sabia os nomes de todas as pessoas e fixava detalhes para utilizar no dia seguinte. Curioso é que a função do meu pai tenha sido a de chefe de vendas e a do seu sócio a de responsável da produção, mas esse senhor raras vezes lá meteu os pés e, quando lá ia, passava a ritmo acelerado sem olhar para o lado.
Em 2016, numa empresa em Palmela, surgiram-me essas imagens do meu pai em conversa com o pessoal da fábrica quando conheci a diretora de recursos humanos. Não, respondeu--me ela, não tinha esse hábito, raras vezes passava pela produção, não tinha tempo, tinha de escrever muitos relatórios, as pessoas poderiam ter com ela, a porta estava sempre aberta. Fiquei sem palavras. Que atitude era essa? Ainda por cima, a diretora de recursos humanos seria um elo fundamental da estratégia de comunicação da nossa agência com o propósito de introduzir um novo modelo de turnos. Contei--lhe a história do meu pai e tentei entusiasmá-la para conversas proativas e regulares com os colaboradores e as colaboradoras. Como poderia escrever os relatórios em menos tempo? Torná- -los mais concisos? Criar modelos-base? Melhorar a datilografia? Elaborá-los noutra altura, sem interrupções? Delegá-los? Há tantas possibilidades! Onde há vontade, há caminho.
Conheci e colaborei com outras diretoras de recursos humanos do mesmo estilo, com foco nos relatórios e não nas pessoas. No que diz respeito aos conflitos, considero esse padrão preocupante. Claro que pode ter sido coincidência, no entanto, a escolha da profissão reflete a personalidade e há personalidades mais extrovertidas e mais introvertidas, de inovação ou de manutenção, de mais energia ou de menos energia. Enfim, em dezenas de workshops de coaching, apenas uma vez apareceu um diretor de recursos humanos no início das nossas ações de formação para criar ligação e nos confiar a sua equipa.
Uma cultura empresarial de diálogo aberto é fundamental para prevenir conflitos. Há empresas que realizam pequenos almoços regulares com funcionários, funcionárias e responsáveis, o que é uma excelente ideia. Ainda mais importante, mesmo essencial é ter um diretor ou uma diretora de recursos humanos em estreito contacto com o pessoal, que domine a escuta ativa e as perguntas de coaching. Desta forma, pode influenciar o clima de trabalho, contribuir para o bem-estar e a motivação das pessoas e representar a ponte entre elas e a direção.
Silke Buss
938223762
sbuss@buss.pt
www.mediacao.buss.pt
BUSS Comunicação
Em 2016, numa empresa em Palmela, surgiram-me essas imagens do meu pai em conversa com o pessoal da fábrica quando conheci a diretora de recursos humanos. Não, respondeu--me ela, não tinha esse hábito, raras vezes passava pela produção, não tinha tempo, tinha de escrever muitos relatórios, as pessoas poderiam ter com ela, a porta estava sempre aberta. Fiquei sem palavras. Que atitude era essa? Ainda por cima, a diretora de recursos humanos seria um elo fundamental da estratégia de comunicação da nossa agência com o propósito de introduzir um novo modelo de turnos. Contei--lhe a história do meu pai e tentei entusiasmá-la para conversas proativas e regulares com os colaboradores e as colaboradoras. Como poderia escrever os relatórios em menos tempo? Torná- -los mais concisos? Criar modelos-base? Melhorar a datilografia? Elaborá-los noutra altura, sem interrupções? Delegá-los? Há tantas possibilidades! Onde há vontade, há caminho.
Conheci e colaborei com outras diretoras de recursos humanos do mesmo estilo, com foco nos relatórios e não nas pessoas. No que diz respeito aos conflitos, considero esse padrão preocupante. Claro que pode ter sido coincidência, no entanto, a escolha da profissão reflete a personalidade e há personalidades mais extrovertidas e mais introvertidas, de inovação ou de manutenção, de mais energia ou de menos energia. Enfim, em dezenas de workshops de coaching, apenas uma vez apareceu um diretor de recursos humanos no início das nossas ações de formação para criar ligação e nos confiar a sua equipa.
Uma cultura empresarial de diálogo aberto é fundamental para prevenir conflitos. Há empresas que realizam pequenos almoços regulares com funcionários, funcionárias e responsáveis, o que é uma excelente ideia. Ainda mais importante, mesmo essencial é ter um diretor ou uma diretora de recursos humanos em estreito contacto com o pessoal, que domine a escuta ativa e as perguntas de coaching. Desta forma, pode influenciar o clima de trabalho, contribuir para o bem-estar e a motivação das pessoas e representar a ponte entre elas e a direção.
Silke Buss
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