ERA lança parceria inovadora para construtores e promotores imobiliários;

Novos serviços de apoio à nova construção 
ERA lança parceria inovadora para construtores e promotores imobiliários
A ERA lançou recentemente o projeto Obra Nova ERA, um programa de parceira inovador destinado a construtores e promotores imobiliários de todo o país.   
Esta iniciativa permitirá identificar as melhores oportunidades de construção, contribuindo para um crescimento mais rápido dos negócios.
Este modelo de parceria identifica as melhores oportunidades de construção, partilha relatórios com os preços, por metro quadrado, de construção, tipologias mais procuradas e promove os novos imóveis com as ferramentas de marketing mais eficazes.
Por exemplo, através deste programa Obra Nova, a ERA partilha com construtores e promotores imobiliários a informação que lhe chega através dos mais de 2200 agentes e 200 agências ERA que cobrem todo o território nacional.
Essa informação pode ser um alerta sobre novas oportunidades de negócio para construção ou as características de cada mercado, desde as preferências dos clientes compradores de cada região até às tipologias mais procuradas.
Esta parceria prevê ainda que a ERA promova os novos imóveis, com a chancela Casa Nova ERA, através de ferramentas de marketing de grande impacto, desde os meios tradicionais aos digitais.

“Há um desfasamento entre o tipo de oferta e de procura atualmente no mercado”
João Pedro Pereira, da Comissão Executiva da ERA, considera que esta é uma parceria para estimular a construção, promovendo “um novo modelo de negócio benéfico quer para o setor do imobiliário, quer para o da construção”.

Embora a construção de empreendimentos de obra nova esteja a aumentar, é visível que está aquém das necessidades já identificadas no mercado?
O mercado imobiliário tem sido um dos motores do crescimento da economia em Portugal, alavancado pelo crescimento do turismo e do investimento estrangeiro. A ERA tem cerca de 65 mil imóveis em comercialização, em todo o país. É evidente que há algumas zonas onde a oferta é mais escassa, como, por exemplo, nas grandes cidades e zonas periféricas, onde anos de estagnação na construção provocaram um desequilíbrio na oferta de novos empreendimentos. É preciso apostar mais em obra nova em várias regiões do país e foi para dinamizar esse segmento que a ERA lançou o programa de parceria Obra Nova, destinado a construtores e promotores imobiliários de todo o País.

Que falhas e lacunas identifica a ERA que dificultam o crescimento de um mercado de construção nova?
O principal responsável foi o crescimento da procura, que alterou as regras do setor em Portugal. Outro fator foi a crise dos anos da “troika”, altura em que a construção de obra nova estagnou. A burocracia que ainda existe no âmbito de todo o processo de licenciamento de obra nova é outro dos fatores que impedem o crescimento mais acelerado deste mercado.

Tanto nas cidades do litoral como no interior, é visível a falta de oferta de habitação destinada a uma gama média de clientes. Considera que a razão financeira é o único entrave que explica esta situação?
É unânime no setor a opinião de que há um desfasamento entre o tipo de oferta e o tipo de procura que existe atualmente no mercado. O setor da construção foi um dos mais atingidos pela crise e a recuperação não se faz de um dia para o outro. Por outro lado, tem-se assistido a um investimento muito acentuado em reabilitação. Portanto, não são apenas razões financeiras que explicam a falta de oferta. Os dados da APEMIP indicam que, no primeiro semestre de 2018, foram licenciados 7510 edifícios para construção nova em Portugal, dos quais 5591 serão dirigidos para habitação familiar. Um número muito aquém das 70 mil casas novas no mercado necessárias para resolver alguns problemas da habitação.
Susana Almeida, 07/12/2018
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