Brasil: momento para investir?;

Depois de registar em Agosto a maior subida mensal desde janeiro de 2012, o Ibovespa (que agrupa as 50 maiores empresas brasileiras que cotam em bolsa) tem, este ano, apresentado uma importante recuperação, após as descidas verificadas nos anos de 2012 e 2013.
 
Apesar do início do mês de setembro ter trazido correções ao índice da primeira economia da América Latina, o saldo anual continua positivo. Os especialistas atribuem as recentes descidas às incertezas derivadas do processo eleitoral em curso, que culminará no próximo dia 5 de Outubro. Atualmente as sondagens apontam para a reeleição de Dilma Rousseff para a presidência da República. No entanto, a candidata do Partido dos Trabalhadores é seguida de perto por Marina Silva, do Partido Socialista Brasileiro.
 
Assim, a nível global, as subidas estão ainda a marcar o desempenho do principal índice brasileiro durante o ano de 2014. No entanto, o Ibovespa está ainda distante dos máximos históricos (em 2008 chegou a superar os 70.000 pontos), havendo, por isso, “a possibilidade do índice continuar a valorizar”, acredita Luís Santos, analista da IG. Apesar de verificar que o índice encontrou uma forte resistência em torno aos 60.000 pontos, o estratega entende que o Ibovespa “tem ainda margem para continuar a variação positiva”, uma vez que se encontra ainda a recuperar das perdas registadas em anos anteriores”. Trata-se, portanto de um mercado interessante para os traders europeus que pretendam diversificar a sua carteira de investimentos a nível geográfico.
 
Os investidores deste lado do Atlântico têm a possibilidade de operar com exposição ao mercado brasileiro através da negociação de ETFs que replicam o desempenho do índice bolsista da sétima maior economia mundial.
 
Sublinhando que a negociação de ETFs permite o “acesso a mercados que normalmente não estariam disponíveis para um investidor europeu”, Luís Santos destaca ainda como vantagens deste tipo de produtos a sua “liquidez e a transparência”. Também a “flexibilidade” é apontada como um dos fatores atrativos dos ETFs, uma vez que possibilitam a abertura de posições de short selling, permitem o recurso à alavancagem, e a utilização de ordens limit e stop para restringir possíveis perdas.
 
Assim, embora haja mercados de acesso mais restrito como o brasileiro, também há outras formas de investir como o trading de ETFs. Uma vez que combinam numa única transação aquilo que, de outro modo, seriam vários investimentos diversos, os ETFs permitem ainda uma poupança no que diz respeito às comissões, garantindo, ainda, a cobrança de dividendos.
 
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