A Empresa Familiar decide de forma simples e rápida;

Reflexões sobre Empresas Familiares
A Empresa Familiar decide de forma simples e rápida
O processo de decisão é um dos principais fatores competitivos de uma qualquer entidade, pelo que não deve ser deixado ao acaso ou livre-arbítrio. 
Associando-se esta afirmação a ideia de que uma decisão está essencialmente dependente de três aspetos:
  • processo de preparação e disponibilização dos elementos necessários à construção de opções;
  • tempo definido para a decisão congruente com os objetivos da organização e
  • definição clara e poder do órgão ou pessoa que pode deliberar,
é importante que não caiamos no erro típico de “não decidir”, pois esta situação é equivalente a tomar uma decisão: a de não fazer nada, ficando tudo como estava.
Felizmente que nas organizações de índole familiar a conjugação desses três elementos costuma ser exemplar, o que permite que estas empresas possuam uma agilidade e capacidade de resposta que bem as diferenciam de quaisquer outras entidades.

Fundada há quase um século por Diogo Barbot, atualmente posiciona-se como a terceira marca no ranking do s
etor das tintas em Portugal.
Nascida no Porto, no rescaldo da I Guerra Mundial, esta empresa familiar regia-se pelos princípios do rigor, segurança, qualidade e serviço ao cliente.
Em 1958 foi construída uma nova fábrica em Laborim, Vila Nova de Gaia, já sob a responsabilidade de Carlos Aires Pereira, sucessor de Diogo Barbot, sendo que em 1962 a gestão da empresa é assumida por Zaida Barbot, filha do fundador, nascendo a tinta Dioplaste – uma tinta inovadora e que marcou a história das tintas em Portugal.
Em 1982,o seu filho Carlos Barbot assume a gestão da empresa e lidera o processo de expansão da produção, dando-se a transferência das instalações do Porto para Vila Nova de Gaia.
As 16:20 de sábado, 6/6/15, foi a hora de início de um incêndio numa destas fábricas da Barbot em Laborim. Apesar de uma situação difícil, dada a natureza dos materiais que esta indústria utiliza e a localização próxima de zona habitacional, cerca de quatro horas depois era dado como extinto.
Nesse dia Carlos Barbot disse à agência Lusa: “O que ardeu foi a parte antiga. É uma unidade que constitui apenas 6% da produção total das Tintas Barbot. Vamos redirecionar a produção daquele local para outras unidades e tomar as medidas necessárias”.
Menos de 10 dias depois, os trabalhadores, com a garantia de que os postos de trabalhos estavam assegurados, já estavam de regresso à empresa que, em anúncio em alguns jornais nacionais, comunicou: “A fábrica que fez correr muita tinta vai continuar a produzir muita tinta”.
Para se conseguir estas ações implementadas em tão curto espaço de tempo, só se pode constatar que o processo de decisão nesta sociedade familiar é de facto muito ágil.

 


Temas para reflexão:
  • Quem tem poder de decisão na nossa empresa?
  • As principais decisões são de responsabilidade de um órgão ou de uma pessoa?
  • A rapidez de decisão é alicerçada nos valores da empresa?
António Nogueira da Costa
Especialista em Empresas Familiares
antonio.costa@efconsulting.pt
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Especialistas na consultoria a Empresas Familiares
e elaboração de Protocolos Familiares
Santiago – Porto   www.efconsulting.pt
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