A trajetória do Presidente da empresa;

A trajetória do Presidente da empresa
Segundo o modelo de governo adotado, o presidente de uma empresa ou aglomerado de empresas, pode assumir um ou dois relevantes papéis: Chairman ou CEO.
  • Chairmain ou Presidente: o responsável máximo do órgão que lidera a empresa, assumindo funções de supervisão da equipa executiva, de contacto com os acionistas, com os “media” para fins institucionais, … o rosto da empresa;
  • CEO ou Presidente Executivo: liderança operativa da sociedade, sendo o responsável pela sua dinamização executiva e implementação dos planos acordados com os acionistas, assumindo estes a função de apreciação e supervisão do seu cumprimento.
O estudo da Russel Reynolds, ao analisar a trajetória do presidente das empresas familiares participantes no mesmo, evidenciou algumas curiosidades:
  • 2 em cada 3 presidentes têm origem na própria empresa; encontrando-se um equilíbrio na Alemanha e quase insignificância de origem externa na Espanha;
  • em cerca de 16% das empresas existe uma única pessoa que assume as funções de presidente e CEO (nenhuma na Alemanha).
Duas pessoas a assumirem estas distintas funções está a afirmar-se como uma das tendências das sociedades familiares, sendo mesmo um modelo muito interessante em períodos de coexistência de mais de uma geração na liderança da empresa.

Adelino Silva Matos é o presidente do grupo A. Silva Matos: mais de 20 empresas que atuam em três grandes áreas de negócio: Oil & Gás, Energias Renováveis e Equipamentos de Transporte e empregam, empregam mais de 400 pessoas e faturam um valor aproximado dos 50 milhões de euros.
Tudo começou em Sever do Vouga, em 1980, quando Adelino Matos se despede de Diretor Comercial duma metalomecânica onde trabalhou vários anos e funda, com a sua esposa Edite, a sociedade A. Silva Matos Indústria Metalúrgica, Lda: “tinha 10 anos de experiência na área da metalomecânica e 200 contos no bolso quando me lancei por conta própria” (Diário de Aveiro, 2010).  
O contexto difícil do país, que assistiu em poucos anos a duas intervenções do FMI, não imperou sobre a vontade férrea de singrar e a conjugação de múltiplas variáveis: uma dedicação total ao negócio; o apoio total da esposa; a preocupação com a satisfação dos clientes; a aposta na qualidade; a deteção de novas oportunidades; a integração e dedicação dos filhos; a realização de parcerias; … em síntese: o enorme prazer de ser empresário.
O grupo a que preside conta já com a liderança executiva de cada uma das áreas de negócio por parte dos três filhos, o que lhe permite assumir cada vez mais o papel de chairmain, integrador, supervisor e o rosto do grupo com o seu nome.

Temas para reflexão:

  • Que vantagens podemos extrair da existência de um presidente e um CEO?
  • Não será duplicar esforços e gerar potenciais conflitos?
  • Que perfil devem ter as duas pessoas?


António Nogueira da Costa
Especialista em Empresas Familiares
antonio.costa@efconsulting.pt
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Especialistas na consultoria a Empresas Familiares
e elaboração de Protocolos Familiares
Santiago – Porto   http://www.efconsulting.pt
 
#empresasfamiliaresdesucesso

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